Cap 42- Entre o Céu e a Terra.

Cap 42- Entre o Céu e a Terra.

- Mas a moça está grávida... ele a quer assim mesmo?

- Uhum. Ordens do patrão, mulher.

Eles planejavam raptar a garota a mando de alguém.

Depois do jantar, Bonnie e Claire subiram.

- Você já viu alguma vez esses mendigos?

- Não... nem sabia que existiam na cidade. - ela falou indo pro quarto.

Naquela mesma noite, Claire acordou por volta da meia-noite.

Abriu a porta, vagarosamente.

Foi até a cozinha, beber água.

A casa totalmente escura, exceto pelo abajur da sala, fazia ela sentir calafrios.

Bebeu a água, e logo subiu. Correndo. O medo atingia suas veias.

Entrou, batendo a porta mais forte do que queria.

Foi até à janela. O luar iluminava o céu. E as estrelas eram meros enfeites, diante daquilo.

Olhou então pra baixo.

A Rua em que morava, estava pouco iluminada. Mas Claire claramente percebia dois vultos encostados às antigas árvores de Roseland. Um arrepio percorreu a espinha dela, mas logo passou.

Não deu muita importância, e voltou pra cama.

Dormiu muito pouco.

Na manhã seguinte, Claire e o Pai iriam até o roseiral, colher algumas rosas para o casamento de uma das tias dela, que morava em Skycity.

A três horas dali.

- Querida, vista algo mais confortável. Essa calça e essa blusa, nao aperta a barriga? - John falou, olhando-a.

Rose e Bruce ficaram pasmos.

- N-não... papai! O meu bebê está seguro.

Claire sentiu uma ponta de entusiasmo.

Mas concordou e foi se trocar.

Estava feliz. Pelo menos o pai dela, o durão, nas horas vagas, estava

Começando a amolecer.

Entrou no quarto, e lá estava Oliver.

Sentado na cama, ele estava de cabeça baixa.

- Aconteceu alguma coisa, amor?

Oliver a olhou, levantando a cabeça.

Olhos vermelhos.

- V-Você estava chorando?

- Não foi nada. - Ele falou, tentando sorrir.

Claire o olhou, suplicando-lhe que ele dissesse o que estava acontecendo.

Ela tocou a barriga. A gota d'água para que Oliver resolvesse falar.

- T-Tudo bem. Hoje estive no conselho celestial. Vi e falei com a minha mãe, e..

- E?

Oliver olhou pra barriga de Claire, e a alisou.

- E acontece que fiz um pedido a eles, mas eles querem me testar e ver se podem me conceder o que quero. Desde que a conheci que peço.

Claire ficou calada.

Nem imaginava o que ele havia pedido.

- O que foi que você pediu?

- Pra me deixar ficar na Terra. Vivo. Para não ser mais fantasma.

Claire o olhou, espantada.

- C-Como assim?

E de repente a porta se abriu.

- Desculpa atrapalhar a DR, mas, C, seu pai está lhe chamando. Ah.. e ainda não se trocou? Anda!

Bonnie avisou, saindo logo.

Claire foi até o guarda roupa, pegando um macacão preto.

- E... e... eles vão conceder?

- N-não sei.

Claire se trocou rapidamente, e o abraçou.

- Vai dar tudo certo, está bem? - Ela alisou o rosto dele.

- CLAAAAAIRE! - ouviram alguém gritar no lá embaixo.

- TÔ INDOOOO! - ela gritou de volta.

Deu um beijo rápido em Oliver, e saiu.

Não desceu as escadas rapidamente, como fazia antigamente. Tinha todo um cuidado.

- claire... que demora minha filha! Vamos! Preciso mandar Essas rosas ainda hoje.

- Vamos, pai.

E saíram. Os mesmos mendigos estavam no mesmo lugar. Estenderam a palma das mãos.

John puxou algumas moedas do bolso, e as colocou nas mãos da mulher.

Estavam entrando na caminhonete, quando a mulher falou:

- mão de vaca. - Ela falou indignada, apontando para as moedas. - Estão indo pro roseiral. Liga pro chefe e vamos logo! - a mulher avisou.

Quando chegaram no roseiral, Claire sentiu uma leve nausea, que passou rapidamente.

John retirou as cestas, e entregou uma delas, à garota.

- Quero 25 rosas brancas, C.

- Vou retirar as vermelhas. Vai pra esse lado, e assim que acabar, venha pra caminhonete, entendeu?

-Uhum.

E tomaram fileiras de rosas intercaladas por mais duas.

Estavam distantes duas fileiras.

Um pouco longe dali, os mendigos andavam cuidadosamente bem próximos á fileira que Claire colhia as rosas.

Quando a viram, se aproximaram lenta e vagarosamente.

Com uma flanela branca, com um liquido, a agarraram por trás, colocando a flanela bem no nariz dela para que inalasse o líquido.

Ela tentou gritar, mas não conseguiu.

Desmaiou nos braços do homem.

Quando acordou, estava deitada numa cama dura e velha. Olhou sem levantar, para as paredes negras de sujeira, no que parecia ser um quarto velho. Não o reconhecia.

Quando ia levantar, percebeu que as mãos estavam acorrentadas.

- Ai... meu... Deus!

Ela ia gritar, pedindo socorro. Até ouvir passos vindo na direção de onde ela estava.

Deitou-se devagar. E fingiu dormir.

- Ela está aqui chefe A voz familiar feminina, aparecera.

- Está dormindo. Quer vê-la?

O homem falou.

O mendigo.

E cada vez mais os passos se aproximavam.

- Veja, senhor.

Passos mais fortes surgiram.

Claire sentiu um toque em sua barriga.

- E-Então é verdade... - O tal chefe falou.

- N-nÃo conseguimos pegar o velho.

- Tudo bem.

Aquela juventude presente na voz da pessoa, dava certa impressão de que Claire já o conhecia.

- Hmm... dêem-lhe comida e água.. mas não a deixem escapar... Claire é minha.

O homem falou, saindo do local. Os passos foram se distanciando dos ouvidos de Claire, até não haver mais barulho.

Claire abriu os olhos, espantada. Aquela voz. Ela sabia de quem era.

- Oh.. meu Deus! N-não é possível...

E Sentou-se em choque.

A voz familiar. Era de Nathan Fields

Larissa Siqueira
Enviado por Larissa Siqueira em 03/02/2014
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