Entre o céu e a terra (Cap 6)

Na segunda-feira, o sono de Claire foi tçao longe, que nem o alarme conseguiu acordá-la. Bruce teve que fazer isso.

-Eii... Claire... acorda, maricota! - Ele tocou levemente, fazendo-a se mexer.

-Ahn...Bruce... que horas são?

-Quase 7:30. Mamãe pediu pra chamá-la. Ela viu que seu sono estava pior do que sono de hipópotamo magro!

A garota sorriu.

Sentou-se na cama, espreguiçando-se, e dando uma leve coçada no olho, levantou.

-Já pode sair, B. - ela falou, vendo-o ainda sentado na cama.

Ele levantou-se e saiu.

Claire foi até o banheiro, deu uma olhada no espelho. Estava se sentindo uma zumbi. Dormira pouco, de tanto que pensara no tal Oliver.

Tomou banho, e foi até o guarda roupa. Escolhera uma calça jeans, já que quase não aceitavam monitoras de shorts. Pegou uma blusa estampada, que ganhara de Nathan no último Valentine's Day.

Correu de volta pro banheiro. Uma sensação leve percorreu sua pele. Era uma sensação... quase que como um toque. Seus braços estavam visivelmente arrepiados. Se vestiu rapidamente, preocupada.

Penteou o cabelo, pegou a mochila e desceu.

-Bom dia, família. - Ela falou, num tom de seriedade

Os pais dela, junto com Bruce estavam sentados, tomando café da manhã. Claire pôs a mochila no sofá da sala, e se encaminhou para a cozinha.

-Oi mãe, oi pai, Oi B. - Ela falou calmamente.

-Oi Claire. - John sorriu, pra filha,

- Faz algumas horas que o Nathan viajou.

-É eu sei, pai. Ele me falou que sairia cedinho de RoseLand.

Rose sorriu.

Enquanto comia, os pais dela conversavam sobre a CCHS.

-Acho que é hoje que vão abrir as investigações do incêndio.

-É, soube que só será a tarde. Pois a sala onde morreram, está ocupada esta manhã. -a mãe falou

-Coitado do Sr Martin... perder o filho e a esposa de uma vez!

Ficaram calados.

O coração de Claire pulsava de nervosismo.

-Era como o nome do rapaz? Tão jovem.. tão bonito... - Rose continuava.

-hm... acho que... OLIVER! Era esse o nome dele

Instantaneamente, Claire, que tomava café, ao ouvir aquele nome que agora lhe soava tão familiar, engasgou.

-Claire? Filha? -John se levantou da mesa, ao perceber o estado da garota. Jorrou café pela roupa e pela mesa, onde ela estava sentada.

Minutos depois, quando Claire correu pra trocar de blusa, os pais dela a aguardavam no sofá da sala:

-Reunião em família?

-Só queríamos nos certificar de que está bem agora. O que foi aquilo na mesa?

-Gente, só me engasguei com café. Vocês sabem o quão desastrada sou..

John levantou-se e a olhou.

-Está tudo bem, então?

-Sim, papai. - ela sorriu, tentando parecer confiante.

Claire pegou a mochila e correu para a caminhonete.

Passaram o curto trajeto sem se dirigirem uma palavra.

-Tchau pai!

-Tchau querida! Pego você no almoço?

-Uhum.

Ela fechou a porta e caminhou em direção á CCHS.

John a observava, da caminhonete.

-Sim, minha garotinha... cresceu! - Ele falou, com um quase sorriso.

Enquanto entrava na diretoria, encontrou Silvie, sentada, na cadeira de visitas, muito séria,

-Bom dia silvie!

-Oh.. Oi Claire! - ela falou, com um fio de voz.

-T-tudo bem?

-Você será liberada mais cedo, tudo bem? Ligarei para seus pais, os avisando.

-Okay. Aconteceu alguma coisa?

-hm.. não!

Claire sorriu, e foi assinar a lista de presença.

Então, se afastou, rapidamente em direção ás escadas.

-Á medida que subia, o nervosismo e a adrenalina só aumentavam. Então, imersa nos pensamentos, subiu o último degrau.

FOI em direção á porta da sala, onde de longe, viu as crianças sentadas nos tapetes.

Instantes depois, ele apareceu. Mais lindo que nunca. Mais jovem, mais misterioso.

-É hoje - ela pensou - É hoje que eu dou uma prensa nesse garoto!

Quando entrou,as crianças a olharam sorrindo.

O tempo passou voando, e quando notou, já era o recreio das crianças.

Assim que elas saíram, o olhar dela pairou sobre ele.

-Oliver... preciso falar com você! -tentou parecer não-nervosa.

Ele a olhou, curioso.

-Pode dizer...Sou todo ouvidos, C.

-Como sabe que meu apelido é C?

-Lógica.

Ela caminhou em direção a porta, e a fechou.

-Sei o que você é!

Ele parou. A olhou, pálido.

Foi até as janelas e as fechou.

-Sei que é um fantasma que está morto. Sei que está acabando com minha mente, me fazendo pensar em voê 24 h por dia, sei que alguém mandou tocar fogo aqui, SEI DE TUDO.

Oliver tinha perdido a cor. Ela sabia. Mas nem metade.

-NÃO VAI FALAR NADA? VAI ME DEIXAR FALAR TUDO? -A voz de Claire estava exaltada.

-Acalme-se. - Ele se aproximou dela. -Sente-se que contarei tudo.

Então, no momento brusco de fazê-la sentar, ele a tocou.

Ela sentiu a pele macia dele. Que jamais seria pele de defunto.

E então, naquele toque de peles, iniciaria-se uma conexão.

-V-você p-pode me sentir? Eu posso tocá-lo? -Claire se sentiu confusa, por um momento.

-Sim. Mas primeiro, quero contar-lhe sobre mim.

Larissa Siqueira
Enviado por Larissa Siqueira em 16/12/2013
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