Um Dia de Mistérios em Obscury

Numa tarde fria, uma jovem chamada Anne andava pelas ruas do bairro de Obscury à procura dos preparativos para a festa de sua irmã, Lara, de doze anos.

Anne era uma pessoa mística e muito distraída, voltada para os fundamentos dos cosmos em que acreditava interferir no seu futuro. Quando estava perto de um beco, avistou uma loja de revistas astrais, que fez com que a persuadisse a entrar.

Ela, ao andar pelos corredores, teve a intuição de comprar a Revista Guia Estrelar, uma revista que informa os conselhos astrológicos para o dia a dia de cada signo, prevendo o seu futuro.

Nela, constava que nessa data, os astros indicavam perigos e momentos despercebidos para Touro; sugeria que fizesse compras de alimentos, tido como regeneradores da alma. Um dia de mistérios e pressentimentos estava por vir.

Então, Anne resolveu ir ao mercado que ficava logo perto, conhecido por poucos por ser macabro, mas, nisso ela não acreditava. Logo em seguida entrou. Andou pelos corredores e, quando veio à mente tomates, logo percebeu que havia uma prateleira a sua frente. Ficou confusa, mesmo estar distraída. Em seguida, pensou nos pães de forma para preparar os lanches e, de repente também estavam a sua frente. Andou mais um pouco, mesmo que agora os corredores parecem ter encurtado no espaço. Pensou nos ovos brancos para a confecção da massa do bolo; a prateleira estava ao seu lado. Pegou uma caixa de bombons de cereja, uma toalha para a mesa e o pó de pudim de côco. Depois, havia se lembrado do leite e os biscoitos Liane, e estes, também estavam a poucos centímetros de seu alcance.

Anne já não andava mais entre os grandes espaços do mercado, pois sempre que pensava em algum alimento, de repente ela percebia que estavam a seu alcance. O mercado agora era pequeno para entre os corredores.

Quando voltou para sua casa, lá estavam lhe esperando sua mãe e tia. Foram para a cozinha já preparar os alimentos para a festa e, Anne contou sobre os fatos estranhos ocorridos no mercado; disseram lhe que era mesmo verdade de ele ser macabro, porém ela não ligou.

Começaram a fazer os lanches para que ficassem fresquinhos para os visitantes. Então pegaram os ingredientes e começaram a montá-los enquanto conversavam sobre o dia.

Foi anoitecendo e, quando já eram sete horas da noite pouco a pouco os convidados iam chegando, a maioria sendo membros da família, pois era uma festa mais familiar.

No decorrer da festa, pressentimentos estranhos aconteciam com os convidados, até que a energia acaba e a casa fica totalmente às escuras. Os convidados se assustam. Percebem que as irmãs sumiram, ao tentarem chamá-las.

De repente, ouviram gritos quase silenciosos, como que distantes da festa. Vinham do porão que ficava atrás da casa. Alan, pai de Anne e Lara, resolveu pegar uma lanterna para ver o que ocorria lá, e no caminho, encontrou vestígios do que caracterizou de sangue. Correu ao porão rapidamente, desesperado, e quando abriu a porta as duas irmãs estavam vivas; não havia mais ninguém no porão além delas.

Anne contou ao pai que havia ido ao porão quando as luzes se apagaram, e que chamou Lara para lhe acompanhar. O sangue era falso, pois na verdade, no momento em que Anne corria pelo caminho, com o propósito de ligar o disjuntor de energia no porão para nada de errado ocorrer na festa, ela teria deixado cair o molho de tomate; os gritos vindos de dentro do porão eram por causa de ratos que haviam lá.

Tudo não passava de pressentimentos durante os acontecimentos, mas os mistérios que ocorriam no mercado levaram Anne a comprar os alimentos que vinham em sua mente, naquele dia de supostos mistérios.

Júliaf
Enviado por Júliaf em 09/12/2013
Código do texto: T4605072
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