Em uma noite de verão na Areia Branca, onde a torneira se abre, e escuta-se cair a água que não molha.
Areia Branca de Guareí, onde vivia o velho Naide Cordeiro, assim era conhecido la.
Homem bom para todo o povo, que fazia muitos rirem, e outros chorarem de raiva e inveja. Dono de um pequeno sitio onde cuidava das lavouras e porcos, animais que estimava na sua fartura em sua mocidade.
Ali, sempre vivreu, e cuidou de seus nove filhos com sua esposa Belmira. Na mesma casa sempre morou seus filhos solteiros, Ármiro (Miro), Antonio(Nico), Aparecida(Cidã). Muitos iam na sua casa para visita-lo passarem, as horas conversando geralmente na boca do fogão de lenha, pois era muito popular naquela região, e la não tinha TV, computador, e muito menos eletricidade nesta época, apenas um radiosinho de pilha que mal funcionava.
Em uma certa noite, calorosa, uma de suas filhas a dona Maria com o um dos jeros o senhor Jonas com seu filho, estavam passando as ferias de verão, e durante a noite, estavam contando os casos da vida e os fatos que viviam ali no sitio, e sem mais notar a hora ia-se aproximando da meia noite, pois as historias estavam tão intrigantes que nem viram as horas passarem. foram se despedindo para poderem dormir, um foi para um lado, outros para o oposto, mais ambos em um todos iam dormir. Em camas feitas por eles mesmo, camas de sapé, e palmeiras, pois eram as únicas que existiam para eles, sem contar a casa feita de bambu e barro, alguns diziam que era boa, embora outros sempre diziam que muito mal fazia, mais isso tudo depende do ponto de vista de cada um.Mais quando todos já estavam deitados para dormir, e apos um boa noite no geral do senhor Naide Cordeiro, todos se calaram para então repousar um sono longamente profundo apos o velho dono do sitio apagar a unica lamparina que la existia.
"Quando de-repente o todos escutam abrir-se a torneira da pia da cozinha, e arrastadamente o copo se moveu como fosse pegar um copo de água para beber, a torneira se abre, enche o copo, lentamente se fecha e então vagarosamente o como rola na pia".
e então o velho Cordeiro grita do seu aposento:
-Quem levantou para beber água essas horas, porque não fez isso antes de deitar-se, ou então pedisse que acendia a luz.
Todos pasmos, responderam assustadamente como um corro:
-Ninguém levantou Naide, estamos todos deitados.
O velho como sempre teimoso foi então tirar a prova de seu argumento. Levantou-se, foi acendeu a lamparina, e alguns levantaram junto dele, para ver o fato, e quando na pia da cozinha chegaram para ver, nada de água estava na pia e nem copo, pois a pia estava totalmente seca, e sem nada em seu interior, porque como de costume de alguns sitiantes, era normal secar bem a pia e colocar a uma tampa no local onde a água vasa, para ali não entrar algum pequeno bicho durante a noite.
Assustadamente todos juntos tremolos olharam para o relógio e os ponteiros marcava exatamente meia noite, Medronhos todos juntos correram e sem dar um pio se quer voltara para os seus aposentos e assutados ficaram por um bom período, e logo então dormiram uma longa noite de espanto e medo, pois assim foi como puderam ficar naquela noite...
Apos finalizar a noite, no amanhecer quando iam no curau para tirar o leite das vacas que cuidavam, pasmadamente todos olharam um para o outro e diziam:
-Como pode isso aconteceu, meu bom Deus do céu...
Então o velho Naide disse que de vez em nunca, la acostumava aparecer um velho senhor, que sempre chegava em seu sitio para poder tomar o ultimo cafe da noite em sua casa. Ate que por um longo período ele parrou de frequentar o sitio por algum motivo, não foi mais la tomar o ultimo cafe.
Dai explicou que um certo dia, passou caminhão na estrada de terra próximo ao sitio e havia atropelado e o matado instantaneamente o velho homem. E então de vez em nunca escutava-se algo de diferente e sempre o Naide cordeiro acredita que seja a alma do velho homem que estava indo visita-lo naquela noite de verão.