Vozes e Coração

Retornando para o meu lar, depois de passar algumas horas a observar o vento impetuoso a derrubar as flores do meu jardim.

As primeiras gotas da tempestade que vem chegando começam a cair e molhar o meu rosto, o meu olhar está repleto de solidão, a minha pele está pálida e a aparência desfalecida.

O silêncio reina a ponto de poder ouvir minha própria respiração e os gritos de socorro que ecoam pelo minha alma.

Abro as portas e tentarei deixar a tempestade chegar, deixando-a lavar o que ainda apodrece a minha alma. Os gritos de horror serão abafados dentro do seu coração por fantasmas de medo e de tristezas, dizem as vozes todas de uma vez só em alto e bom som.

A tempestade não vem para alagar, ela vem para te fazer adormecer sem medo isso é o que diz meu coração, mas não é isso que eles querem, eles querem me calar, eles querem me machucar, eles tentam me fazer sangrar.

A minha sala está tão escura, as cortinas se movimentam com o vento que vem de fora, as portas já foram abertas, mas ainda existe uma grande guerra sendo travada entre as vozes e o meu coração.

Sou lançada contra meu espelho, onde o olhar de ódio dos meus olhos me auto consomem impiedosamente, eles são capazes de condenar a mim mesma, e um sentimento de ódio vai tomando de conta do meu ser.

As vozes gritam em minha cabeça, são muitas delas e me enlouquecem, elas precisam parar, por todos os cantos dessa casa existem pegadas do meu sangue, eu não consigo mais relutar, elas são muitas, tomam de conta da minha cabeça, querem a todo custo acabar comigo, eu vou me render vou me entregar pois já não aguento mais.