O Espelho estro espiritualista
O espírito alista o espinhoso poeta cético. O espírito “materializa-se” num espelho (a obra de sobra humana), com intuito absurdo, de, relembrar ao surdo que o mudo não fala. Falha a concepção, às vezes. Passa o Poeta cético a frente dum espelho – passa rápido – porém ver o reflexo tal qual um vulto. No meio desses passos poéticos, o Poeta escuta uma voz dócil. Era o espelho que dizia:
_ Volte amigo. Diga-me o que se passa, além dos seus passos empoeiráveis e sórdidos.
_ Quem está aí?! – Disse o poeta, com receio e medo do que seus olhos não queriam enxergar.
_ Poeta, Poeta meu, há alguém mais mentiroso do que eu?! – Respondera o espelho com o tom um quão sagaz.
O poeta voltara ao espelho. Dessa vez, não passara com rapidez! Via seu rosto. Entretanto, não o dominava – ele tinha vida própria – ao ponto de: gesticular; chorar; gritar e ete cetera... O poeta por ser cético, via a tal situação iludente e ilógica. O reflexo re-fixa que ele tem vida independente e promulgara:
_ Sei das suas dores repentinas, por falta duma poesia-mátria. Teus conceitos ateus... Ah, teus concertos encobertáveis de razões pluralistas. E tua nosofobia.
_ Sabes?! Então tu sabes também da minha prisca paixão obtusa. E conheces as dores desse poeta fajuto – Abre coração o Poeta. Cora a ação sem cores; sem razões plausíveis. – Disse o Poeta.
_ Sim, sim. Conheço tua incompetência amorosa.
O espelho rira tal qual uma hiena, rira da situação, do ceticismo do Poeta. E bradara:
_ Tua ternura amorosa tens cura?! Que tal um remédio? Um prédio? – Para se lança o corpo no asfalto –, que tal um natal? – na tal concepção, falava num tom de deboche.
O poeta sente um nó-nas-tripas. Sente-se menos plausível, em relação sua filosofia, e tudo se tornam uma inócua filosofice.
_ Não adianta ter uma rosa, uma hialina prosa. O coração sempre chora no final da prova... – Disse o Poeta. E continuara a promulgar:
_ Ó grande reflexo meu! Como esqueço essa ígnea paixão?!
_ Tens um caixão?! – Perguntou o espelho.
_ Sim, sim... Já reservei meu futuro! – Respondera o Poeta, ironicamente.
O espelho incontestado com a resposta irônica, respondera brevemente – quase em forma de pirríquio.
_ Pois bem, teu futuro, Poeta... Cabe apenas um!