Morto de ferias... (EC)

Inicialmente, peço devidas escusas por conceber texto talvez indevido por brincar com assunto tão sério!

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Como sói acontecer na maioria dos nossos desafios por aqui, não foi diferente desta feita...

De imediato veio à minha memória casos de pessoas que podem sofrer de um ataque de catalepsia e em especial os rumores que ouvi algum tempo após o falecimento do renomado ator Sérgio Cardoso que davam conta que o ator faleceu vitimado por um ataque cataléptico.

Esses rumores sugeriam que o ator havia sido enterrado vivo, sendo posteriormente negados por parentes e amigos.

Como faço comumente, fui pesquisar e encontrei na Wikipédia:

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Catalepsia patológica é uma doença rara em que os membros se tornam moles, mas não há contrações, embora os músculos se apresentem mais ou menos rijos, e quem passa por ela pode ficar horas nesta situação.

No passado já existiram casos de pessoas que foram enterradas vivas e na verdade estavam passando pela catalepsia patológica. Muitos especialistas, contudo, afirmam que isso não seria possível nos dias de hoje, pois, já existem equipamentos tecnológicos que quando corretamente utilizados não falham ao definir os sinais vitais e permitem atestar o óbito com precisão.

O estado de morte aparente pode surgir em casos de asfixia, intoxicação, soterramento, afogamento, enfarte fulminante ou hipotermia.

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Sigismundo vivia apregoando: “Não quero ser enterrado vivo! Na hipótese de minha morte, chamem um médico especialista para comprovar o meu passamento...”.

Inexorável, passado bom tempo passou e Sigisminho, como era conhecido, expirou!

A dor da perda, as lamentáveis idas e vindas em busca das autorizações para o enterro, o recolhimento das taxas para realização do féretro, fizeram com que o insistente pedido do ‘de cujos’ fosse relevado.

Após o período regulamentar de velório, cerimônia de ‘encomenda da alma’, seguiu o séquito logo após o carrinho fúnebre até a cova onde seria depositado o caixão.

Sob intensa comoção, sob solicitação emocionada da viúva e dos filhos, fugindo um pouco às regras impostas pela Administração do cemitério, os coveiros permitiram a abertura da urna funerária por uma última vez!

Tão logo foram retirados os fechos da tampa da urna, para estupefação geral, ela literalmente voou com um solavanco, caindo diretamente na rasa cova que já providenciada aguardava o sepultamento.

Com gritos apavorados, desmaios aqui e acolá, o defunto ‘ressuscitado’ sentou-se no caixão agora aberto, lançou mão de uma coroa de flores que se encontrava à mão, colocou-a no pescoço e vociferou:

--- Pô, gente! Organizaram uma tremenda festa e não quiseram me convidar!

Este texto faz parte do Exercício Criativo - A Revolta dos Defuntos

Saiba mais, conheça os outros textos:

http://encantodasletras.50webs.com/arevoltadosdefuntos.htm