O Conto do Três vezes Três - parte dois
Os Contos dos Três Vezes Três
Segunda parte
Texto retirado de uma carta encontrada enterrada num terreno ha muito tempo atrás:
"Eu posso ser quem eu sou mesmo quando não agrado a todo mundo ou devo ceder as futilidades por anos praticada? Eu decidi que sim, posso ser quem eu sou mesmo que não agrade. Não vou sentir dó e culpa, porque estes serão sentimentos abandonados nesta jornada. É necessário alguns hábitos mudarem a partir de agora, já que vim pra ser quem sou. Nunca me sentindo preso por nada nem ninguém, fui fiel à vários amores, cada uma de um jeito, com um gosto, um cheiro e um sabor. Corações partindo, mas nada ouvindo. Isso me lembra que eu tenho várias cópias minhas espalhadas. Considerando isso, ainda vejo uma vitória. As cópias defeituosas mereciam meu castigo, diariamente, castigos. Lágrimas caindo, mas nada ouvindo. Tudo para eu ser eu mesmo, paguei muitos preços, altos e baixos. Mas o jogo mais baixo da vida, é a parte da morte. E essa parte vou ter que fumar um cigarro pra continuar, é mais tensa..."
- Porque trouxeram essa coisa pra mim? - perguntou a mulher acuada
-Não sei, cumpro ordens senhora, e a ordem era lhe entregar essa carta.
Ficou ali parada, tentando desarquivar todas memórias de sua cabeça velha consumida pelo fumo. Sua testa suava. Acendeu um cigarro, sem ligar o fato ao da história, nem percebeu. Mordeu os lábios desnorteada.