Janelas Imaginárias

Todos devemos compreender que para cada ação existe ou existirá uma consequência, boa ou ruim. Quando tomamos uma decisão, devemos levar em consideração isso. Tomei uma decisão errada e agora devo assumir as consequências do meu erro.

Estou preso em um plano diferente do meu, nunca vi um lugar como esse. Minha prisão lembra um prédio e eu estou no último andar, confinado e isolado. Aqui tenho direito a duas janelas, com elas, posso observar o mundo que me cerca. Outros, assim como eu, foram mandados para cá e estão em suas respectivas prisões. Todos nós desejamos retornar à nossa antiga liberdade, que agora se restringe à essas simples janelas.

Elas são a nossa única forma de interagir e entender esse outro mundo, um mundo em que a espécie dominante é um tanto quanto peculiar, pois é a única que se autodestrói que já vi até então. Peculiar também por destruir seus meios de sobrevivência, ser individualista e sem escrúpulos.

Existem ao todo cinco tipos de janela destribuídos em vários andares da prisão, uso-as como único passatempo e tento entender essa espécie enigmática que se assemelha às prisões, estas que em média duram de setenta a cem anos. Depois desse período, as janelas se fecham e param de funcionar, então deixamos esse plano com a crença de que estaremos voltando para casa ou com a esperança de estarmos indo para um lugar melhor.