LEMBRANÇAS DE VIDAS PASSADAS
Sentada em sua poltrona, ela meditava sobre sua maneira de ser.
Vinha de longe, de muito longe, essa sensação de pertencer ao universo.
Nunca se sentira parte de um único reduto, ao mesmo tempo, em que se sentia parte de tudo.
Lembrou-se, que desde menina, adorava sentar em algum canto quieto e escondido do jardim de sua casa, para sonhar. Ali, sua imaginação fértil criava asas, e sua alma alcançava tempos remotos. Neles via-se, vestida com roupas antigas, que nessa vida nunca chegara a ver. Perambulava por lugares de paisagens, totalmente diferentes daquela que na realidade lhe cercava, nessa existência.
Esse hábito a acompanhou por toda a vida, e bem mais tarde veio a saber através de estudos, que agindo dessa maneira ela fazia viagens astrais. Nessas experiências, seu espírito fazia uso somente de seu perispírito, deixando seu corpo fisíco, repousando.
Nessas ocasiões, voltava a contemplar-se em outras existências, e era tão real, que quando regressava delas, chegava a trazer os cheiros, e as sensações do que vivenciara.
Com o tempo foi aprendendo a conviver com a dualidade do ontem e do hoje, e a separar a realidade atual da pregressa. Com isso foi reconhecendo-se em alguns personagens que via em suas viagens astrais.
Ela não via mistério nisso, a vida sempre seguia em frente, o espírito a cada nova etapa, envergava um novo corpo, e voltava ao palco da vida material, sempre na tentativa de ganhar virtudes e alijar defeitos.
Para ela, onde iria renascer, que condição social iria desfrutar, que cor teria sua pele, que idioma falaria, ah, isso nunca teve a mínima importância.
Tinha consciência do presente imenso que era um novo renascer.
Apegos, só cultivava por entes queridos. Por lugares, objetos, há muito excluira de seus sentimentos.
(foto da autora- Central Park)
Sentada em sua poltrona, ela meditava sobre sua maneira de ser.
Vinha de longe, de muito longe, essa sensação de pertencer ao universo.
Nunca se sentira parte de um único reduto, ao mesmo tempo, em que se sentia parte de tudo.
Lembrou-se, que desde menina, adorava sentar em algum canto quieto e escondido do jardim de sua casa, para sonhar. Ali, sua imaginação fértil criava asas, e sua alma alcançava tempos remotos. Neles via-se, vestida com roupas antigas, que nessa vida nunca chegara a ver. Perambulava por lugares de paisagens, totalmente diferentes daquela que na realidade lhe cercava, nessa existência.
Esse hábito a acompanhou por toda a vida, e bem mais tarde veio a saber através de estudos, que agindo dessa maneira ela fazia viagens astrais. Nessas experiências, seu espírito fazia uso somente de seu perispírito, deixando seu corpo fisíco, repousando.
Nessas ocasiões, voltava a contemplar-se em outras existências, e era tão real, que quando regressava delas, chegava a trazer os cheiros, e as sensações do que vivenciara.
Com o tempo foi aprendendo a conviver com a dualidade do ontem e do hoje, e a separar a realidade atual da pregressa. Com isso foi reconhecendo-se em alguns personagens que via em suas viagens astrais.
Ela não via mistério nisso, a vida sempre seguia em frente, o espírito a cada nova etapa, envergava um novo corpo, e voltava ao palco da vida material, sempre na tentativa de ganhar virtudes e alijar defeitos.
Para ela, onde iria renascer, que condição social iria desfrutar, que cor teria sua pele, que idioma falaria, ah, isso nunca teve a mínima importância.
Tinha consciência do presente imenso que era um novo renascer.
Apegos, só cultivava por entes queridos. Por lugares, objetos, há muito excluira de seus sentimentos.
(foto da autora- Central Park)