Algo assim de sentir - In contos do dia e da noite

Um sorriso me olhou atemporal; parece que via além mim. Despia-me esse olhar vendo o que fui, o que sou, o que serei.

Um Olhar Eterno de tantas vidas que tantas experiências espelhava

naqueles olhos tão serenos, pequenos, divinos de tanto espaço que abrangia o ser que olhava.

Transparecia, à vezes, uma faca a atravessar as costas, vezes outras,

um carinho de leve aprovando, de vezes, maioria, reprovando os atos.

Um olhar este que incomodava por desnudar assim, e o que parecia imenso demonstrava sombra tão diminuta que parecia não sermos o que o Ego dizia.

Ególatra todo ser assim que se desvia do Olhar Atemporal, escondendo de si mesmo que se é. Todos aqueles que fazem boas obras vem para a luz.

Fugindo de si mesmo e da luz, cria-se espaços de idolatria do Ego que,

veramente, diz sou realidade e verdade de mim.O Universo é uma imagem distante , apensas eu sou real, o caminho, a vida.

Distanciando-se do Atemporal Olhar a pálida imagem do que somos desaparece no Infinito.

gerson chechi
Enviado por gerson chechi em 06/09/2012
Reeditado em 27/11/2012
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