O Labor de João Ruibosvaldo Tanto Laboro

Fala-se que João Ruibosvaldo Tanto Laboro, vulgo Cada Qual Tem o Nome que Lhe Convém, tinha seus momentos de criador/produtor/labutador. Fazia como formiga que ajunta sua colheita de inverno: incansavelmente!

Até desformigar-se.

Perdia o fio da meada, da moeda, da marmelada, do mau-me-quer.

Ficava a colher colheitas incolhíveis, coçar o saco, sacar cocada, cocar o gonzo.

Enroscava-se em procurar cabelo em ovo, chifre em ave, asa em cavalo e por aí vai...

Um dia desses, quando saiu dos voos meta-surfísticos em “Lugar Algum”, foi travar conversa com seu martelo de bater.

Bate Poc! daqui e bate Poc! delá e não é que o cabo do martelo de bater quebra!

Também deu de desformigar-se.

Aí João, vulgo Cada Qual conjecturou: “se máquina que é máquina faz dessas de não querer fazer nada, não se sabe bem porquê, quem dirá nós, homo fabers!”

Esta devia ser a condição do bicho formigante e desformigante.

Quem saberá?

Macaco Studado
Enviado por Macaco Studado em 17/05/2012
Código do texto: T3673700
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