Reabitação do mundo
Era noite e eu via todas as estrelas do céu, que iluminava todo o jardim. Os fogos estouravam no céu em ritual de comemoração de ano novo. Os vizinhos abriam champanhe e se abraçavam, boêmios.
Ali sozinho pensei quais planos e expectativas teriam para o ano recém nascido. Pobres coitados, mal sabiam eles, leigos que o fim estava próximo. E que segundo nosso calendário, tudo ia se reconstruir.
Sou de um novo tipo de humano, vou me reproduzir e construir um mundo mais motivado, menos preguiçoso, mais inteligente e menos banal, para dar mais importância a novas descobertas, menos violência para com o outro, sem tanta bebedeira e feriados desnecessários.
Os homens atuais são muito mal acostumados, sempre fazem suas mandingas, promessas ou crenças novas, mas usam clichês demais e agem de menos. Precisamos de pessoas mais compromissadas. Não estou dizendo que precisamos ser máquinas e pensar apenas na razão, afinal, sem sentimentos pioraríamos muito mais a situação, mas continuar como está também não é mais cabível.
Vim de um planeta distante, mas tenho as mesmas características do Homo sapiens, a única diferença é que somos menos ganância e mais rigor com as responsabilidades. Neste exato momento despenca uma chuva com substâncias extremamentes corrosivas e apenas nós sabemos como nos defender, o restante diluirá como o açúcar na água, provando de seu próprio egoísmo e decadência. E só assim, finalmente será a vez do mundo real.