Divino louco
Ali estava o divino entre eles.
Era louco, metódico, mas de religiosidade equilibrada.
Assim era a sua crença, e seu eu prevalecia;
Não discutia, mas vivia, sem eira nem beira.
Mas quando se aproximavam dele, sem saber como, contava história.
De imediato ajoelhava-se de frente ao pequeno oratório bala que carregava em viagem,
E rezava, rezava.
Tão logo terminava, recuperava sua loucura.
Todos sabiam, a sobriedade dele era plena de religiosidade.
Era o divino, que inspirava aquele louco, e fazia dele especial.
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(*) Inspirado em minha visita a Ouro Preto.