O meu cabideiro
As expressões de alegrias são como fumaça no ar. As alegrias como chuva de verão. O meu olhar se perde no tempo sabendo que o amanhã me devolve a rotina nas veias e a sabedoria de novamente saber que tenho de encobrir meus diversos rostos com as milhares de mascaras guardadas ali no meu cabideiro, onde minhas máscaras ficam á esperar a minha chegada de uma saída talvez sem volta.
Quem as colocaria para esconder as marcas no rosto? Quem as cansaria de molha-las por dentro? Em qual rosto elas caberiam perfeitamente se não no meu?
Onde as cicatrizes já se ajustaram e criaram o seu lugar dentro delas?
Não! Ninguém as suportaria, em nenhum rosto elas caberiam, elas foram criadas por mim, foram adequadas a mim e a ninguém mais cabe o peso no rosto.