epico renascer - a taberna.
Meus passos estão pesados, encharcados e meu ombro arde, nunca imaginei que aquela luz bruxuleante estava tão longue, bate com força na porta.
_ Está fechado, vai embora, não abrimos para estranhos, principalmente à noite.
Bato novamente, agora com força redobrada. A voz se repete
_ Já disse, vá embora antes que eu corte sua cabeça fora.
_ Só quero uma jarra de vinho! Respondeu.
_ Não vai... Crass. A porta se parte ao ponta-pé do Guerreiro, neste interim uma nuvem de espadas afiadas chega a um milímetro do meu peito.
_ Que queres forasteiros, ou você é um demônio dos pântanos que devoram nosso amimais?
_ Não sou, mas se esse é o problema de um punhado de agricultores medrosos, seus problemas estão resolvidos.
_ Como? Pergunta um dos mais velhos, parecendo ser o lider do grupo.
_ Quando cheguei aquela serpente estava para devorar sua montaria.
Ao lado dos cavalos estava uma víbora monstruosa com a cabeça decepada e o sangue ainda jorrava fresco.
_ Como conseguiu isso forasteiro, és tu um demônio mais feroz que aquela serpente?
_ Não, sou de carne e osso como vocês, apenas mais corajoso, e além do mais tive sorte, a serpente estava concentrada em em sua refeição.
_ Ganhou vinho para uma semana forasteiro, só não temos o que comer...
_ Me disseram que a carne de serpentes do pântano é tenra e saborosa, acho que podemos negociar.
_ Sim entre forasteiro, como se chama.
_ Ainda me chamo Menellau, mas não por muito tempo.
_ Está proximo da morte Guerriero.
_ Não, ainda não, mas estou perto do meu destino.
Menellau é levado a uma mesa, uma jarra de vinho é servido e alguns homens com facas afiadas vão ao encontro da serpente para esquartejá-la. Ao passarem, Menellau agarra um deles pelas barbas e diz:
_ O primeiro maco de carne que sair das brasas trago-o a mim estou com fome.
Trêmulo, o velho agricultor acena com a cabeça com um gesto de aprovação. Menellau senta novamente e bebe com seu novo amigo. Enquanto bebe corre os olhos pelo recinto, uma espécie de taberna tosca e muito velha, mas ao fundo muitas mulheres, loiras e ruivas o observam com um misto de admiração, medo e sensualidade.
_ O que se passa aqui amigo, porque tantas mulheres?
_ São escravas, vamos vende-las à caravanas que passam, mas precisamos ter certeza da qualidade dos produtos, entende Guerreiro?
Menellau olha bem no fundo dos olhos do velho lider e nada diz, apenas observa.
Neste interim chega um dos homens que arrasta uma mulher pelos cabelos, tenta, porém ela o agride como pode, unhas dentes e gritos.
_ Não sou escrava seu canalha, não sou e nunca serei, prefiro a morte.
O homem já sem paciência saca sua adaga e num golpe fulminante teria rargado a garganta daquela mulher corajosa, porém a espada de Menellau arrancou a adaga do homem levando junto sua mão que vôou pelo recinto e berros de dor ressou pela taberna. O pobre homem sacou sua espada com a outra mão e partiu para cima do Espartano, que num leve movimento sai de seu banco e sua espada trespassa o ventre do pobre agressor.
_ Barbaro, barbaro, uma mulher vale a vida de um homem honrado?
_ Não há honra em maltratar uma mulher indefesa, mas seu Guerreiro e corajoso e merece ser morto como tal. Dizendo isso a espada de Menellau desce como um raio e a cabeça do guerreiro e separada de seu corpo.
A mulher de cabelos sesodosos e olhos castanhos olha abrupta para Menellau, mas não demostra medo, apesar da cena.
_ Porque fez isso, achas que vai ganhar minha gratidão?
_ Não, mulher, eu não quero sua gratidão, mas a partir de agora é livre, mas se quiser. Apenas se quiser, pode me arrumar algo para comer.
Seus olhos de cruzam e uma áurea de sensualidade e desejos percorre seus corpos.
_ Vou fazer o melhor assado de serpentes que possa comer em sua vida, a ti e ao seu amigo.
Menellau e o velho lider se entreolham e por um instante parece que uma carneficina irá inciar, porém a experiência do ancião salva a sua vida.
_ Ela está livre, ela é propriedade do Espartano, ninguém a toca.
A mulher olha para o ancião com ódio e veneno nos olhos e repete.
_ Não sou escrava de ninguém velho. Num ato ágil ela saca a adaga do velho e coloca no seu pescoso e prossegue. _ Vou fazer umas das coisas que sei fazer bem... assado de víboras. Assim ela sai do recinto.
Menellau e o velho Guerreiro se entreolham novamente.
_ Isso sim é que é uma mulher! Grita o Espartano.
E uma gargalhada ressoa no recinto, e todos voltam a beber, dançar e se divertir.
_ De onde vem Espartano?
_ Venho do Égito, onde passei quase um ano como monge, aprendendo a arte de domar... Domar serpentes.
_ Você não tem cara de monge Espartano.
_ Por isso estou aqui. Menellau conta suas aventuras no Égito e as horas passam, até que um cheiro agradável invade suas narinas.
Uma cuba é literalmente jogoda na mesa com um fumegante e delicioso assado de vibora ainda soltando fumaça.
_ Acho que estou quites com você Guerriero, posso ir agora?
_ Você não é minha escrava, não gosto de ser e nem se escravizar pessoas, mas se quiser pode sentar comigo, beber e comer e ser uma de nós.
_ Nosso povo Espartano, não senta na taberna com mulheres. Asseverou o velho guerreiro.
_ Qual o seu nome velho?
_ Meu nome é Craco, filho de Odim, filho de belzebu, filho de Loke.
_ Chega, chega, chega, você é apenas Craco, meu amigo que agora bebe e come com mulheres, não é mesmo cozinheira de víboras, ou prefere enfrentar a noite sombria, ai fora está cheio de perigos.
_ Está bem eu sento com vocês, porque eu tenho tanto direito como qualquer destas mulheres que aqui estão.
Espartano já meio embriagado sobe na mesa e grita.
_ Euuuuuuuuuuu, Menelau, decreto que a partir de agora todas mulheres podem sentarem, comerem e beberem com seus homens na taberna.
Um silêncio violento toma conta do recinto, pode se ouvir até os ratos no porão, porém alguém levanta seu copo e grita...
_ Viiiiiiiiiiiiiiiva o Guerreiro Espartano e sua nova lei. E um frenesi toma conta do recinto e as mulheres são incluidas na festa.
Menellau senta na sua mesa, olha para a mulher, e agora ele observa seu decote, seu corpo sensual, seus cabelos sedosos, seus olhos grandes e cheios de ternura.
_ Mulher, mulher, mulher, você será minha maldição. Qual é mesmo seu nome?
_ Liliath é meu nome Espartano, Liliath, uma mulher que nunca faz o que não quer.
_ Lilith, o demônio dos povos hebreus, a primeira mulher?
_ Não Espartano indolente, eu sou Liliath, e não Lilith.
Espartano, já nada ouve, a beleza desta mulher exuberante invade seus sentidos, e ela corresponde a toda aquela comoção
Menellau e Liliathe estão perdido...
(- prossegue no próximo episódio -)