VIAGEM À VERONA
Vejo-me como um homem alto, robusto, vestes longas de cor açafrão.
Caminho por ruas de pedra e estamos no século XV, em Verona, Itália.
As pessoas que vejo parecem estar de mau humor e são muitos desconfiadas.
Caminho até um casebre para visitar um jovem que está doente.
Ele tem 16 anos de idade e contraiu uma doença causada por um mosquito.
A mãe dele abre a porta para nós.
Fica contente com a nossa visita.
Estou com Mestre Lyan que tem túnica de algodão e sandálias antigas além de cabelos e barba castanhos.
O jovem quando nos vê fica muito feliz.
Ele sabe que está indo embora do lugar onde sempre viveu.
E diz:
___ Fico muito feliz em vê-lo, mestre. Estou partindo deste mundo. E espero reencontrá-lo em outro plano.
O mestre toca a testa dele com amor e diz:
___ Sim, filho, Sei disso.
O jovem olha para o mestre agoniado e pergunta:
___ Mestre, sofrerei muito ao partir?
O mestre sorri e responde:
___ Não, filho. A morte é o bálsamo que liberta o espírito da “prisão condicionada” chamada de vida. Você irá tranqüilo. Não se preocupe com sua passagem. Apenas, permita ao seu corpo sair do plano, libertando o espírito.
Então, o mestre olha para mim e diz:
___ Dê um passe energético sobre ele sem tocá-lo e veja o que é preciso para que o espírito daqui a pouco como se fosse um pássaro, levante vôo e vá para o lugar que lhe é destinado.
Aproximo-me do jovem enquanto a mãe dele olha com pesar.
Ela sabe que o filho não escapará.
Movimento as mãos e delas saem uma luz verde com dourada.
Esta energia é inteligente.
Nada preciso pensar nem sentir.
Apenas fazer.
As energias que saem de minhas mãos vão direto para o chacra laríngeo e cardíaco,e, depois ancoram e permanecem no chacra raiz.
Passam-se cinco minutos exatos.
O mestre avisa-me que agora podemos ir.
A mãe agradece pelas nossas presenças.
E o jovem percebendo a nossa retirada de sua casa, fala em êxtase:
__ Abençoados sejam as mãos e os pés que me favorecem neste momento derradeiro. Agradeço a Jesus, meu “pastor” e à luz enviada em forma de ajuda. Fui ouvido e agora sou grato. Muito obrigado.
O mestre e eu nos retiramos e a porta daquela casa se fecha.
Continuamos a andar e a olhar para esta cidade.
Meu pensamento olha para trás e de onde me encontro vejo um filete dourado elevando-se daquele local em que estivemos.
Vejo o jovem desfalecido como corpo físico e pessoas chegando e chorando.
A vida é isto: um contrato de risco com a morte.
E a morte é o verdadeiro contrato de luz com a eternidade onipresente no espaço e no tempo.