O dia em que pela primeira vez vi o mundo
Estou perdido em pensamentos que me levam ao dia em que vi, pela primeira vez, o mundo.
Não sei quando foi, mas me dou conta, havia muita conversa. Falavam de tanta coisa, mostravam tanta coisa que meus olhos não davam conta de enxergar tanta novidade.
Ainda sou assim. Quando há muita gente, custo a ver todos, é devagarzinho que vou percebendo um a um.
Primeiro noto as expressões do rosto, depois enxergo o conjunto. Mergulho primeiro na felicidade ou na angústia e depois nos gestos, abertos ou não. Costumo me fixar no olhar porque sou convencido que é deles que emana a alma.
O olhar diz tudo. É por isso que me perco nos relacionamentos virtuais, não conversar com os olhos nos olhos. Dali se vê a verdade ou a tentativa dela, basta que você se fixe mais um pouco para verificar com atenção Mas admito, porém, que não se torna menos verdadeira a conversa longa e estirada que se pode manter. É só mais trabalhosa. Ah como quisera conversar com os olhos em seus olhos!...
Este aprendizado (olhar nos olhos) se faz através do tempo. No dia em que vi o mundo pela primeira vez, achei que tudo era verdadeiro. Era bom, no começo, pensar assim. Bem, naquele tempo eu tinha quem olhasse ao redor por mim.
Agora não mais, preciso me concentrar nas diferentes direções. Não posso (posso?) mais acreditar no primeiro gesto nem na primeira palavra. O gesto vem do olhar e ele pode, também, aberto ou não, falar com verdade ou em sua tentativa.
Por fim ouço as palavras, ditas com delicadeza ou apatia, firmeza ou simpatia ou arrogância. Gosto de tons mais suaves, de preferência que aumentem o volume num momento mais empolgante. Aí até cabe uma boa gargalhada, daquelas que lavam a alma e a elevam igualmente.
Gosto de cara boa, de conversa boa, sem muitas reviravoltas nem muita palavra a toa. Gosto de pensar no meio da conversa. Gosto tanto que até esqueci o que a gente estava conversando e me perdi em pensamentos enquanto ouvia você falar, com este sorriso feliz... Acho você sempre feliz...! Acho que você está feliz...!
E enquanto isto, enquanto te leio (não te ouço), te observo em suas frases, devagarinho... e me perco de vez no plano de fundo da tela deste computador onde seu rosto está com um olhar lindo. Te observo... devagarinho... e me perco de vez nessa viagem teclada através das sutilezas da alma.
Quando vi o mundo pela primeira vez!?!
Ainda não te vi, não vi...
Vi...
Vi ou sonhei?
Estou perdido em pensamentos que me levam ao dia em que vi, pela primeira vez, o mundo.
Não sei quando foi, mas me dou conta, havia muita conversa. Falavam de tanta coisa, mostravam tanta coisa que meus olhos não davam conta de enxergar tanta novidade.
Ainda sou assim. Quando há muita gente, custo a ver todos, é devagarzinho que vou percebendo um a um.
Primeiro noto as expressões do rosto, depois enxergo o conjunto. Mergulho primeiro na felicidade ou na angústia e depois nos gestos, abertos ou não. Costumo me fixar no olhar porque sou convencido que é deles que emana a alma.
O olhar diz tudo. É por isso que me perco nos relacionamentos virtuais, não conversar com os olhos nos olhos. Dali se vê a verdade ou a tentativa dela, basta que você se fixe mais um pouco para verificar com atenção Mas admito, porém, que não se torna menos verdadeira a conversa longa e estirada que se pode manter. É só mais trabalhosa. Ah como quisera conversar com os olhos em seus olhos!...
Este aprendizado (olhar nos olhos) se faz através do tempo. No dia em que vi o mundo pela primeira vez, achei que tudo era verdadeiro. Era bom, no começo, pensar assim. Bem, naquele tempo eu tinha quem olhasse ao redor por mim.
Agora não mais, preciso me concentrar nas diferentes direções. Não posso (posso?) mais acreditar no primeiro gesto nem na primeira palavra. O gesto vem do olhar e ele pode, também, aberto ou não, falar com verdade ou em sua tentativa.
Por fim ouço as palavras, ditas com delicadeza ou apatia, firmeza ou simpatia ou arrogância. Gosto de tons mais suaves, de preferência que aumentem o volume num momento mais empolgante. Aí até cabe uma boa gargalhada, daquelas que lavam a alma e a elevam igualmente.
Gosto de cara boa, de conversa boa, sem muitas reviravoltas nem muita palavra a toa. Gosto de pensar no meio da conversa. Gosto tanto que até esqueci o que a gente estava conversando e me perdi em pensamentos enquanto ouvia você falar, com este sorriso feliz... Acho você sempre feliz...! Acho que você está feliz...!
E enquanto isto, enquanto te leio (não te ouço), te observo em suas frases, devagarinho... e me perco de vez no plano de fundo da tela deste computador onde seu rosto está com um olhar lindo. Te observo... devagarinho... e me perco de vez nessa viagem teclada através das sutilezas da alma.
Quando vi o mundo pela primeira vez!?!
Ainda não te vi, não vi...
Vi...
Vi ou sonhei?