O TEMPO E A FELICIDADE

Uma vez, a Dona Felicidade falando com o Senhor Tempo

perguntou a ele. – Senhor Tempo eu dependo do senhor para viver?

E o Senhor Tempo invisivelmente distante lhe disse. –Mas claro!

Eu sou senhor absoluto de todas as coisas, e sua também...

Então a Dona Felicidade, pensou e lhe disse. –És também o Senhor

da escuridão? No que o Senhor Tempo meio que confuso,

lhe redargüiu pacientemente de forma costumaz. –Sim, mas é claro

sou o senhor da escuridão também. E a Dona Felicidade embatucada.

Não se dando por vencida, falou pro Senhor Tempo. –Então o Senhor

Não é dono de nada por que para ti, tu não existes assim como a escuridão, que é apenas a ausência da luz?!

E o Senhor Tempo, já impaciente bradou à Dona Felicidade. –Eu sou o Senhor de todos os Impérios, tudo levanto e ergo, mas também a tudo destruo com a mesma facilidade, sou absoluto. E falando, ainda continuou meio que esbaforido num desabafo,

já quase sem fôlego. Tomou ar e foi falando. –Eu como Senhor do Tempo, dou a mesma medida e porção a todos, todos possuem a mim de igual forma e maneira, dou tanto

para o mendigo, como para os grandes menestréis como Einstein, Sócrates, Madre Tereza de Calcutá entre outros, enquanto uns reclamam pela falta, outros já os tem demais, no entanto, a todos dou o que uns aproveitam por excesso, e que outros desperdiçam por nada.

Atenta a todos os comentários do Senhor Tempo, concordando com tudo o que ele dissera lhe falou um pouco aliviada. –Quer dizer então que é assim, que acontece comigo também só quem não me sente, não me tem?! Fico tão feliz Senhor Tempo lhe agradeço

por essa sua linda explicação. –Mas é claro, querida Dona Felicidade... Mas vou lhe dizer algo, para que a Senhora que sempre é feliz vou

confessar um segredinho. –Pois então diga logo, estou curiosa.

Então o Senhor Tempo já calmo novamente, tomou fôlego e foi em frente. –É o seguinte:

Os humanos é que me inventaram e por isso os sirvo, na verdade inventaram um relógio uma espécie de algema, que eles usam para se escravizarem, que marca as horas(Pseudônimo que me colocaram) que só existem pra eles e para eles, eu vivo voando.

Mais na verdade, eles é que passam por mim, como a ampulheta pó após pó, pé após pé! Na verdade tanto eu como eles somos uma ilusão, mas não espalhes por favor minha querida

este segredo, Dona Felicidade! Porque muitos pensarão que a Senhora também não existe. – Agora já vou buscar novas crianças, que com a pressa acabam chegando com sete meses ainda! E a Dona Felicidade agradeceu ao Senhor Tempo e ainda falou. Obrigada

Senhor do Tempo, porque eu não dependo do Senhor, para estar em quem acredita que eu existo, pois o nosso segredo são eles que guardam... E ambos partiram.