O grito do silêncio- Parte 2

O corvo, o mestre e a esperança.

Gigantescos vermes de pele cinza, com sede de sangue, sugadores de dons e sonhos, sim, eram esses os humanos.Entre galhos, pedras e a lama entrando em seus sapatos, o grito de desespero, e no céu de Creepville, um anjo negro, pura sombra, pousou na frente dela e a levou para os ares.

Enfim chegaram ao castelo, o corvo se revelou como Cornelius Claus, afilhado de Lord Creep.Era um belo rapaz, alto, morbido, de longos cabelos negros e um verdadeiro cavalheiro, mas não, ainda não havia paixão, somente o encanto.

Arquitetura gótica, parecia não ter fim, tinha vida e sussurrava canções de ninar nos ouvidos alheios.Descia pela escada ele, o tal nobre, rei e deus de creepville, criador e criatura desse mundo de atmosfera púrpura.

Sentaram-se, os três, no jardim de rosas carnivoras que havia no castelo e o interesse foi dito:

- Entendo o que queres, é algo muito valiozo para um ser como você, mas nada é assim, tão fácil e nem um final caba com um "feliz para sempre", isso nunca existiu, nem mesmo com o único santo,entende?

Te darei os lábios, mas terá que fazer um sacrifício.A menina aceitou.

Lord Creep não era como os outros, era um ser misterioso e sedutor, tinha os olhos penetrantes, ao mesmo tempo era frio,e não, não havia paixão, era apenas um temor a ele.

"Até algum dia”,foram as palavras pensadas por Lord creep. Esta aventura não iria ser tão assustadora, não se a pequena ignorasse o fato de que poderia morrer, mas seria ela fantástica demais para a mortalidade?

A menina iria ser mandada para o mundo dos sonhos que era dominado pelo "homem de areia", o mestre dos disfarses, do surrealismo e criador dos pesadelos:

-CORNELIUS, NUNCA A DEIXE SÓ.Gritou Lord enquanto seu afilhando se curvava dizendo" sim, meu senhor."

Como companhia Cornelius permanecia em silêncio puxando a pequena pela mão para fora do castelo em direção ao desconhecido.

- Onde fica o mundo dos sonhos? Perguntou a menina.

-Eu não sei querida.Foi a resposta de Cornelius

-Como iremos encontrar algo desconhecido?

-Se eu soubesse, não teria graça.

Thaísa Yukari
Enviado por Thaísa Yukari em 04/10/2011
Reeditado em 04/10/2011
Código do texto: T3256321
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