O grito do silêncio- Parte 1
A contadora de histórias
Em um certo pantano, morava um ogro, um grande ogro amarelo.Juntamente com ele vivia uma contadora de histórias, que além de ser sua melhor amiga era a única capaz de faze-lo dormir.
Um certo dia a contadora de histórias morreu, e de seu crânio decomposto, surgiu uma fria e asquerosa larva. Apesar de sua extrema tristeza, o senhor ogro sabia que aquela larva um dia seria muito especial. Então ele cuidou da insignificante criatura como se fosse sua filha.
Os anos se passaram e a larva se tornou uma bela menina , porém ela não tinha boca, o que era estranho já que se tratava de uma contadora de histórias.E por isso com lágrimas nos olhos, ogro teve que deixa-la, pois já não dormia a eras e estava morrendo aos poucos. A pobre menina correu aos prantos pelo pantano sem saber o que fazer.
Depois de andar por horas, ela chegou em um lago , onde cantavam as Nereidas, e uma delas perguntou o motivo de tanto desespero e a menina explicou o que havia ocorrido, e comovida com o que acabara de ouvir a ninfa a levou até o seu pai.
Chegando ao castelo das profundezas do lago, o rei Nereu disse que havia esperança, ele conhecia um grande nobre chamado Lord Creep era um bom homem e iria ajuda-la.
Já na superficie, Efyra pediu para que a menina atravessasse a floresta dos abortos em silêncio: ” se pelo menos um dos fetos acordar, nunca mais iram lhe encontrar”, disse a Nereida, informou também que olhasse para o céu, por que logo depois da floresta um corvo a guiaria.
Passos cautelozos e firmes, ela andava nas pontas dos pés, e de longe viu uma forte luz de uma das gigantescas árvores que abortavam os terriveis seres chamados humanos. Chegou perto, bem perto, perto demais.Ele se mexia, parecia que estava acordando de um profundo sono. Ela o tocou, e ele percebeu sua presença. A menina olhou para aquela enorme bolsa, que parecia mais uma maçã: ” sera que tem gosto de maçã?”,perguntou a aventureira, foi quando neste momento a placenta estorou, e consequentimente todas as outras começaram a estourar e então os que da bolsa saiam, rastejavam indo em direção a menina, que corria ofegante.