mini conto "estava tudo perfeito"
Acordei com a luz radiante do sol que invadia minha janela,trazendo um leve calor que afugentou o frio desta noite d’inverno..
Olhei pela janela e assisti ,maravilhado o coral de passarinhos que entoavam pequenas canções que ,mais pareciam uma sinfonia concertante de Mozart.O sabiá laranjeira emitia seu cantar triste, cadenciado,a semelhança de um sentido adágio a nos remeter a sentimentos nostálgicos,esquecidos de nós mesmos.Logo,porem,dois sanhaços violinos ,buliçosos iniciavam um movimento alegro ,um presto
verdadeiro desafio entre gênios canores!
E,aquela camélia,flor da covardia que me enganava ao produzir belíssimo botão rubro e,quando estava prestes a desabrochar,murchava
e ocultava sua intimidade para sempre,pois,caia no solo e se dissolvia
na terra entre pedras e gravetos.Implorava de mãos supinas,para que ela me desse a dádiva de uma simples flor aberta,atraísse o pequeno colibri
que,desesperançado,prometera,voar para outro jardim...
Aquele dia,porem,tudo estava mudado!No que o raio luminoso aqueceu a camélia,ela,bem lentamente,foi se abrindo e uma beleza maiasica, inebriante brindou meu olhar.Ao longe,ouvi o pastoral som de uma flauta doce que emitia a linda peça de Grieg o amanhecer de peer gynt !
Tudo,deveras, estava perfeito!!
Meu querido cachorro Kollya,ainda sonolento,veio se aproximando com seu “ar submisso”,porem,alegre e ,a meu lado,se deixou ficar...
A felicidade me invadiu,a dominação beatifica foi total !Dentro de casa,minha esposa e filhas dormiam tranquilamente...
Olhei ,lentamente,a toda volta,fixei o olhar,mais uma vez,naquela deslumbrante camélia vermelha.Percebi,súbito,que meu cachorro olhava fixo para mim,e não percebera.Vi que seu olhar lacrimejava como que intuísse o que sentia e estava prestes a lhe dizer...
Inspirei fundo e disse:”Meu amigo,que lindo dia!Hoje,eu vou morrer!...
Os.utilizei a palavra maiasica ,um neologismo relacionado a MAIA ilusão,natureza,aquela que revela,mas,oculta a presença de Deus.
Acordei com a luz radiante do sol que invadia minha janela,trazendo um leve calor que afugentou o frio desta noite d’inverno..
Olhei pela janela e assisti ,maravilhado o coral de passarinhos que entoavam pequenas canções que ,mais pareciam uma sinfonia concertante de Mozart.O sabiá laranjeira emitia seu cantar triste, cadenciado,a semelhança de um sentido adágio a nos remeter a sentimentos nostálgicos,esquecidos de nós mesmos.Logo,porem,dois sanhaços violinos ,buliçosos iniciavam um movimento alegro ,um presto
verdadeiro desafio entre gênios canores!
E,aquela camélia,flor da covardia que me enganava ao produzir belíssimo botão rubro e,quando estava prestes a desabrochar,murchava
e ocultava sua intimidade para sempre,pois,caia no solo e se dissolvia
na terra entre pedras e gravetos.Implorava de mãos supinas,para que ela me desse a dádiva de uma simples flor aberta,atraísse o pequeno colibri
que,desesperançado,prometera,voar para outro jardim...
Aquele dia,porem,tudo estava mudado!No que o raio luminoso aqueceu a camélia,ela,bem lentamente,foi se abrindo e uma beleza maiasica, inebriante brindou meu olhar.Ao longe,ouvi o pastoral som de uma flauta doce que emitia a linda peça de Grieg o amanhecer de peer gynt !
Tudo,deveras, estava perfeito!!
Meu querido cachorro Kollya,ainda sonolento,veio se aproximando com seu “ar submisso”,porem,alegre e ,a meu lado,se deixou ficar...
A felicidade me invadiu,a dominação beatifica foi total !Dentro de casa,minha esposa e filhas dormiam tranquilamente...
Olhei ,lentamente,a toda volta,fixei o olhar,mais uma vez,naquela deslumbrante camélia vermelha.Percebi,súbito,que meu cachorro olhava fixo para mim,e não percebera.Vi que seu olhar lacrimejava como que intuísse o que sentia e estava prestes a lhe dizer...
Inspirei fundo e disse:”Meu amigo,que lindo dia!Hoje,eu vou morrer!...
Os.utilizei a palavra maiasica ,um neologismo relacionado a MAIA ilusão,natureza,aquela que revela,mas,oculta a presença de Deus.