Cruzes! Em Castelo de Areia Sorrio
Amanhã já é hoje. Incrível quando parecera ser ontem, mas já fora amanhã...
E os fogos de artifício pipocavam em desenhos e cores, eram tão belos vistos do rio, principalmente sob os arcos da ponte, que ligava o castelo à outra margem, nos tempos em que tudo parecia distante, inclusive a cidade de Barcelos, bem ao norte de Portugal. Ibericamente onde tudo tivera seu histórico e geográfico começo, que para muitos parecia o início do fim.
Mais acima, daquele estrato de deslumbramento e fogo, em comemoração à Festa das Cruzes', o clarão interestelar parecia não assustar as nuvens que pensavam: O ar está a ser carbonizado, há tanto oxigênio a ser consumido, mas convenhamos deixemos isto para logo mais, hoje é festa, amanhã lembraremos das crizes, não, ou seria cruzes? Sim a Festa das Cruzes…
Foi lá na areia, que o rio reunira afetos transformados em amizades, que logo seriam amor, quem diria?
Mas elas, as nuvens, sabiam que o castelo estaria lá, pois é medieval, pedra sobre pedra, imponente, poderoso, uma fortaleza. Ali, certa vez, alimentaram sonhos, e não fora uma só, seriam tantas e tão memoráveis que mesmo sendo fantasias seria impossível esquece-las.
Panorama que lembra o povo, lembra os contos de fadas. Memórias de um sonho lindo quase acabado, mas apenas quase, porque acaba sempre por se renovar, valendo para todos os que pensavam que era o fim, transitório como todos aqueles desenhos e imagens a trovejar nos céus, em plena festa, a festa que era como pulsar rítmico de um coração, tempo eterno que durou minutos, de pirotecnia. Percussão de brilho e luz de todas as cores, momento límbico para aqueles que acreditam, que têm fé…
E quando a música afinal toca na outra margem, que supostamente poderia ser a do rio, aparece uma outra nuvem a espreitar o espetáculo, dizendo: Também estou aqui, não era isto que querias?
In: 'Cruzes! Em Castelo de Areia Sorrio' prosa de Ibernise.
Barcelos (Portugal), 29JUL2011
Núcleo Temático Educativo. (Série Festejos e Tradições de Barcelos/PT).
Amanhã já é hoje. Incrível quando parecera ser ontem, mas já fora amanhã...
E os fogos de artifício pipocavam em desenhos e cores, eram tão belos vistos do rio, principalmente sob os arcos da ponte, que ligava o castelo à outra margem, nos tempos em que tudo parecia distante, inclusive a cidade de Barcelos, bem ao norte de Portugal. Ibericamente onde tudo tivera seu histórico e geográfico começo, que para muitos parecia o início do fim.
Mais acima, daquele estrato de deslumbramento e fogo, em comemoração à Festa das Cruzes', o clarão interestelar parecia não assustar as nuvens que pensavam: O ar está a ser carbonizado, há tanto oxigênio a ser consumido, mas convenhamos deixemos isto para logo mais, hoje é festa, amanhã lembraremos das crizes, não, ou seria cruzes? Sim a Festa das Cruzes…
Foi lá na areia, que o rio reunira afetos transformados em amizades, que logo seriam amor, quem diria?
Mas elas, as nuvens, sabiam que o castelo estaria lá, pois é medieval, pedra sobre pedra, imponente, poderoso, uma fortaleza. Ali, certa vez, alimentaram sonhos, e não fora uma só, seriam tantas e tão memoráveis que mesmo sendo fantasias seria impossível esquece-las.
Panorama que lembra o povo, lembra os contos de fadas. Memórias de um sonho lindo quase acabado, mas apenas quase, porque acaba sempre por se renovar, valendo para todos os que pensavam que era o fim, transitório como todos aqueles desenhos e imagens a trovejar nos céus, em plena festa, a festa que era como pulsar rítmico de um coração, tempo eterno que durou minutos, de pirotecnia. Percussão de brilho e luz de todas as cores, momento límbico para aqueles que acreditam, que têm fé…
E quando a música afinal toca na outra margem, que supostamente poderia ser a do rio, aparece uma outra nuvem a espreitar o espetáculo, dizendo: Também estou aqui, não era isto que querias?
In: 'Cruzes! Em Castelo de Areia Sorrio' prosa de Ibernise.
Barcelos (Portugal), 29JUL2011
Núcleo Temático Educativo. (Série Festejos e Tradições de Barcelos/PT).