MASSA TRANSPARENTE
Massa de cinza cinzenta /
De grandeza aparente
Que não entende de Harmonia /
E quer viver quase inocente
Esfera de ser transparente /
Que vive a pedir, mendigos
Chora o choro contente /
Vive, a vida dos mingos
Massa esferosa e inocente /
Contente mendigos mingos
Harmonioso choro contentes /
De grande e quase chamingos
Palestras sobre o agora /
Choras, massas contentes
Orquestras musicais mora /
Em sua cinzas aparentes
Sinfônicas, idéias vãs /
Pedinte amiga e leal
Vive de gritos afãs /
Gritos que formam o real
Antigo morador de mim /
Meu jardim em cinzas antevê
Que mesmo que seja assim /
Eu não te quero por querer
Abaixo os intelectuais fúteis /
Abaixo as idéias fatais
Acima as massas úteis /
Que visam os nossos ideais/