Diarréia mental
Acordou no meio da madrugada passando mal. Precisou correr para o banheiro o mais rápido que pode antes que fosse tarde demais. Quando chegou lá quase nem teve tempo para abaixar as calças. Uma queimação tomava seus intestinos, seguidas por fortes dores que mais pareciam socos na barriga. Não há dúvidas, só pode ser diarréia. Cagou, limpou a bunda e foi dormir.
No dia seguinte foi para o trabalho. Que azar, de novo aquela dor voltou e agora? estava no meio de uma reunião importante com o chefe, não podia sair assim do nada. Tentou segurar. Achou que consegueria aguentar. Foi então quando percebeu que até os peidos mais inocentes estavam se tornando ameaças. Um cheiro podre já estava começando a tomar conta do ar, tinha que sair de lá antes que o pior acontecesse. Pensou- Que se foda!!!- e saiu discretamente da sala. Estava no trabalho e não podia sair correndo em disparada para os banheiros como se fosse um maluco, afinal tinha que manter a postura de empregado disciplinado. Quando chegou lá, desceu uma avalanche de bosta da sua bunda. A coisa tava tão feia, que nem o próprio dono conseguia olhar para merda que fez. Dava para sentir pena do faxineiro da empresa quando fosse limpar aquele banheiro. Pobre coitado.
Hora do almoço. Foi na farmácia comprar algo pra ajudar as dores infernais de estômago e a diarréia. Tomou o remédio, e por precaução, prefiriu evitar comer algo que desse continuidade à futuras diarréias incessantes. Voltou pro trabalho mais cedo que os colegas e comeu só uma barrinha de chocolate.
Passou o resto da tarde inteira trabalhando tranquilo, parecia que o remédio tinha surtido efeito. Parecia. Saiu do trabalho, pegou o carro e ficou preso no mesmo engarrafamento de sempre. Como se fosse sacanagem do próprio organismo, as dores voltaram. -PUTA QUE PARIU!!!- exclamou ele. De novo a bosta batia na portinha do cú e dessa vez veio com mais intensidade, talvez por causa do efeito que o remédio causou. Estava suando frio, tentando controlar a respiração para manter a calma. Foi quando um simples e insignificante peidinho, daqueles que não passam de um estalo, abriu as portas para a merda passar. Por sorte conseguiu se segurar antes que os intestinos saíssem também. Agora precisava pensar rápido e achar um lugar para cagar antes que seu carro ficasse cagado e impestiado com aquele cheiro de bosta de cavalo. Mas onde iria achar um lugar para cagar no meio de um engarrafamento? O tempo estava se esgotando, uma decisão precisava ser tomada. Eis que então, num desespero infame, arriou as calças, abriu a janela do carro, tirou o sinto de segurança e colocou a bunda para fora. A senhora que estava no carro ao lado quase desmaiou ao olhar para o carro à sua direita e ver um cara com a bunda para fora da janela, cagando. Mas não é dela que se deve sentir pena e sim daqueles motoboys que passam em meio aos corredores de carros nos engarrafamentos para ganhar tempo. Para o azar, um deles estava passando na hora. A sorte foi que ele estava usando capacete. Diferente do outro motoqueiro que vinha atrás, sem capacete. Depois que a merda está feita não há volta. Pegou o jornal no banco de trás do carro, limpou a bunda e jogou o jornal fora pela janela.
Chegou em casa com a cueca pesando, tendo que andar com aquela coisa pastosa entre as pernas. Estava se sentindo aliviado, parecia que já tinha colocado tudo para fora. Mas novamente a dor voltou, e dessa vez na hora em que iria começar seu programa predileto. Correu para o banheiro. Ficou lá por 2 horas. Quando voltou seu programa já tinha acabado. A simples e natural vontade de cagar já estava se tornando incoveniente e irritante.
Após uma semana inteira de diarréias, ele resolveu ir ao hospital. Chegou lá, conversou com o médico, disse que tinha uma dieta saudável, que já havia tomado remédios para a dor e nada. O médico então lhe disse que precisaria fazer um exame de fezes e deu um potinho. Foi até o banheiro do hospital, e como as diarréias vinham de hora em hora, era só uma questão de minutos até a vontade surgir. Mas... Não surgiu. Estranho. 30 minutos se passaram e nada. Sentiu uma coisa começar a se remecher, pensou que seria esse o momento, mas foi só um peido fedorento. Alarme falso. Já haviam se passado 50 minutos e nada, nem uma vontade se quer. Começou a ficar nervoso, irritado porque sua diarréia milagrosamente parou do nada, embora sentia que havia algo dentro dele. Talvez fosse preciso uma forçinha. Respirou fundo e pôs toda sua força para colocar para fora nem que fosse uma pelotinha de bosta. Tentou outra vez e dessa vez forçou mais ainda. Já estava todo suado de tanto flexionar o abdômen e usar todas suas forças para fazer um simples coco. O que era uma coisa simples, se tornou em uma batalha. Pegou o fôlego e colocou todas as forças que tinha. Sua cabeça já estava vermelha e suas veias estufadas de tanta pressão que colocava. Não dessistiu, continuou forçando o máximo que pode até sentir dor de cabeça. Com toda a pressão, as veias em sua cabeça romperam levando o à uma morte instântanea.
Seu corpo só foi encontrado mais tarde por uma enfermeira. Encontraram ele caido no chão do banheiro com sangue saindo pelos seus olhos, nariz, orelhas e boca, com as calças arriadas e todo cagado de merda.
Moral da História: A vida é uma merda!