Desbravadores do Universo - Capitulo 5

DESBREVADORES DO UNIVERSO

CAPITULO 5 – CAMINHANDO NUM FORMIGUEIRO

Richter não parava de olhar para cima tentando enxergar o pico dos prédios, mas as nuvens esverdeadas não deixavam. Richter queria muito subir nesses prédios, porque para ele, as respostas para suas perguntas estavam lá em cima.

Havia uma lanchonete bem no centro da Cidade Baixa, muitas pessoas freqüentavam essa lanchonete durante o dia, dizem que ela começou há pouco tempo, mas, devido ao crescimento da clientela, o dono foi obrigado a aumentar a lanchonete, hoje, ela é a maior da Cidade Baixa, o lugar tinha um movimento tão grande que Richter ficou curioso ao extremo para saber que lugar ao passar do outro lado da rua.

- Lanchonete Lukkard! Deve ser legal. – pensou alto Richter.

Mas Richter olhou para Lyncie, depois olhou para a lanchonete, voltou a olhar para Lyncie...

- Lyncie! Acho que você não vai poder entrar aqui também. – lamentou Richter.

- Não tem problema Richter, pode ir, eu me viro aqui fora.

- Prometo que eu trago algo pra você comer.

- Não se preocupe comigo Richter, eu me viro aqui fora. – garantiu Lyncie.

- Tem certeza Lyncie? E se não tiver o que caçar aqui em Larluce?

- Aí eu aceito algo para comer.

- Ok! Cuida-se Lyncie! Mas como eu te encontro? – Quis saber Richter.

- Não se preocupe Richter, eu encontro você.

Richter entrou na lanchonete, que por um “acaso” estava lotada, alguns ficavam encarando Richter, porque já tinham visto ele com Lyncie. Muitos tinham medo de Lyncie ou do que Richter poderia fazer com uma loba daquela ao seu comando, mas havia algo que ninguém sabia, Richter era quem comandava Lyncie, e era Lycnie quem comandava Richter.

Richter sentou no banco do balcão, mas nenhum dos atendentes veio lhe atender, Richter chamava e eles faziam de conta que não tinham escutado, mas Richter era um observador de primeira, reparou que um senhor que estava sentado no ultimo banco também estava com dificuldades de ser atendido, então, puxou um tufo de notas de laxsis e imediatamente um atendente veio atendê-lo, Richter ficou bravo por essa atitude, mas como não tinha outra maneira e ele estava com fome, puxou do bolso duzentos laxsis e ficou observando os atendentes, em segundos, um atendente olhou para a mão dele e seus olhos brilharam e então, ele veio atender à Richter.

- Pois não? - atendeu o balconista.

- O que tem para comer? – perguntou Richter com uma fome imensa.

- Pode escolher qualquer um daqueles lanches ali em cima! – o balconista apontou para um painel em cima do balcão onde havia a relação de todos os lanches e seus preços que eles faziam.

Richter escolheu o maior lanche e pediu dois, sua fome era enorme, afinal de contas, fazia dias que Richter não tinha uma boa refeição. Aqueles dois lanches serviram como um almoço e tanto para Richter, isso tudo lhe custou quarenta e dois laxsis.

Enquanto isso nos guetos da Cidade Baixa de Larluce, uma caçada implacável, Lyncie achou um tipo de gato nos fundos de um terreno, foi o suficiente para atiçar sua fome, mas este gato não era igual aos outros animais que Lyncie estava acostumada a comer na floresta, este gato era esperto, estava dando um baile enorme nela, mas Lyncie não cansava, para ela quanto mais difícil uma presa, mais saborosa era a recompensa. Lyncie correu atrás desse gato durante uma hora e meia, por pelo menos oitenta quilômetros, encurralou o gato num beco e ali, com um único bote, abocanhou o gato e o saboreou como se fosse a melhor presa do mundo. Depois de uma boa refeição, Lyncie estava descansando no mesmo beco onde almoçou, Lyncie ficava observando as construções à sua volta pensando “como será que é lá em cima?”, até que ouviu duas vozes de homens que vinham do outro lado do muro, curiosa como Richter, se levantou e começou a seguir as vozes que estavam numa conversa que muito lhe interessava.

- ... queria tanto saber como é lá em cima, Dinger!

- Eu também queria Laier, mas infelizmente os que não têm dinheiro para se registrar na Cidade Alta, são obrigados a ter que ficar nesse lixo de lugar. – disse o outro homem, injuriado.

- Dizem que a Cidade Alta é tão bela, que pra quem não é nascido lá, quando sobe os elevadores da cidade, fica até sem fôlego de tão belo que é aquela cidade.

- Será que existe outro meio de ir até lá que não seja com muito dinheiro ou nascer lá em cima?

Laier ficou pensando alguns segundos, olhou para Dinger e depois balançou a cabeça negativamente.

- Não não não não! – disse Laier começando a se apavorar – Nem pense nisso!

- Ah Laier! Poderíamos tentar. O que temos a perder?

- Esqueça os dutos dos elevadores, todos os que tentaram subir até a Cidade Alta por ali terminou numa cova. Esqueça! – Laier estava decidido, sabia que não era uma boa idéia – É mais fácil você ser preso e ir a julgamento. Só assim para você poder subir para a Cidade Alta.

- E porque não? – disse Dinger com um ar de sarcasmo.

- Pare com essa idéia agora, seu idiota! E vamos logo porque estamos atrasados, o patrão vai matar nós dois...

Lyncie ouviu a conversa toda, e ficou pensando durante alguns momentos, evitou sair correndo atrás de Richter para não matar ninguém de susto. Uma idéia floresceu na mente de Lyncie que começou a “bolar” os detalhes para dar uma idéia completa para Richter para que ele não tenha chance de desistir.

Ao anoitecer, Richter foi ao encontro de Lyncie para levar algo para ela comer.

Continua...

George Santana
Enviado por George Santana em 21/06/2011
Código do texto: T3048862
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.