O Reflexo da Verdade

Em um mundo remoto, onde a luz raramente alcança sobre as densas florestas, vivia uma civilização antiga, todos sobreviviam da terra pura e fértil, não era uma terra comum, mais uma terra habitada por homens e seres fantásticos, mais assim como existia luz, havia também escuridão, uma civilização constantemente ameaçada por uma sombra maligna. Havia um rei corajoso que sempre lutou para o bem de seu povo, mais ele já foi jovem e imponente, e hoje ele era apenas um velho que fazia companhia a sua mulher, e para ele já não era possível tomar conta daquele reino e lutar contra a escuridão daquele mundo de criaturas e homens de coração ruim, como o rei se preocupava, ele resolveu passar o seu dever para um de seus três filhos, para herdar tudo, tanto a riqueza como as dificuldades, pela tradição ele nomearia rei o mais velho de seus filho, o rei tinha três filhos: o mais velho se chamava angus, angus era sempre mais educado e racionalista, um verdadeiro cavaleiro, O do meio era arkell, parecia mais com a mãe, estava sempre estudando as duvidas sobre o mundo, além de ser um ótimo guerreiro assim como seu pai, o caçula, Iago, era o mais imponente de todos, era habilidoso, astuto, porem muito teimoso.

O rei queria fazer uma escolha justa e correta entre os seus filhos, pois ele queria saber que quando fosse embora para os céus, teria deixado o reino em boas mãos, então ele sugeriu aos seus filhos uma proposta, a proposta seria que a decisão dependeria de uma votação, cada um de seus filhos iria propor algo ao seu povo, e teria que comprovar que seria capaz de cumprir tal promessa, e assim se foi, o reino foi reunido em frente ao palácio, e cada um de seus filhos recitou sua proposta, assim como um poeta recita uma poesia, o mais velho propôs uma vida digna com mais proteção,moradia e educação as crianças, já o seu segundo filho do meio, prometeu conhecimento, mais produção e direitos iguais, o ultimo filho, o caçula, prometeu dias de festas, mais casas aos moradores, diversão e comida. Essas foram as proposta de cada um, todas as propostas agradaram o povo, mais rei logo os impôs a tal prova, a prova que iria revelar se eles eram dignos de sentar em seu trono. A prova que o rei propôs era arriscada, ambos seus filhos teriam que achar a mãe da verdade, que se localizava no bosque das almas perdidas, o lugar proibido, habitado por criaturas estranhas, onde muitos homens entraram, e poucos tiveram a sorte de sair, logo na manhã seguinte, bem cedo quando o sol se levantava, ambos os príncipes se despediam de suas donzelas, partindo para a floresta, ambos decidiram se separar, seguir caminhos diferentes para encontrar a tal mãe da verdade, sobre os súbitos sussurros , cada um seguia seu caminho sozinho, argus caminhava com sua espada empunhada, atento a qualquer movimento, caminhando sobre os galhos e folhas secas, que acabavam denunciando seus passos, argus foi surpreendido por um satiro, uma criatura metade homem, metade bode, argus empunhou sua espada, mais a criatura dirigiu a palavra a argus, procurando apenas conversar, o satiro começou a dizer coisas para argus, o satiro apontou o quanto argus tinha inveja de Iago, o satiro estava certo, argus era o filho mais velho, mais Iago sempre foi apontado como o melhor filho diante de argus, já que recebia toda a atenção, argus ameaçou o satiro, mais o satirou apenas queria ajudá-lo e então concedeu um desejo para que pudesse capturar a verdade, argus então pediu uma caixa para prender a verdade, então o satiro lhe concedeu a verdade, argus o deixou para trás, mais argus ainda pode escutar a voz do satiro que o mandou ter cuidado sobre o seu irmão Iago que deveria armar algo, argus continuou sua caminhada até a caverna da colina, onde deveria viver a verdade, como seu pai havia dito. Em outra parte do bosque, havia outro jovem que caminhava em enfado, arkell estava cansado, arkell para e descansa embaixo de uma árvore, de repente ele percebe uma enorme serpente que se aproxima, arkell levanta sua espada, a cobra pede para ele “baixar a espada”, arkell fica surpreso pela serpente falar, então arkell pediu que ela fosse embora, mais a cobra disse que apenas queria ajudá-lo, e mentiu, dizendo que seus irmãos estavam armando para ele, e que quando encontrassem a verdade, eles o mataria, arkell não acreditou, mais não descartou a possibilidade, e prometeu a arkell um desejo para que pudesse capturar a verdade, arkell desconfiou, mais mesmo assim fez um pedido, arkell pediu um espelho de mão, a serpente não entendeu, mais lhe concedeu o desejo, arkell partiu enquanto a serpente tomou o caminho contrário. Iago era um dos irmãos mais disntante da verdade, entre seus passos Iago notou algo que o seguia, olhando para trás ele viu uma enorme pantera negra, sem nenhuma ação, Iago ficou parado, então a pantera o “perguntou se sentia medo dela?”, Iago afirmou que ela que deveria ter medo, a pantera se aproximou, e sugeriu que Iago matasse seus irmãos pois eles pretendiam eliminá-lo, pois se eles morressem, Iago ficaria com tudo, seria herdeiro absoluto, além de ser dono da verdade, Iago compreendeu, mais iria fazer o que bem entendesse, então a pantera disse que tinha algo para presenteá-lo, e lhe entregou uma pedra que brilhava diante da mentira.

Cada irmão seguia seu caminho, o primeiro a chegar na caverna da colina foi argus, que logo na entrada se assustou com um enorme dragão, que o chamou pelo nome, argus logo concluiu que deveria ser a verdade, e abriu a caixa que sugou o dragão para dentro da caixa, argus comemorou como dono da verdade, logo após chega o irmão arkell, que havia presenciado a captura da verdade, os dois irmãos puxaram a espada e encararam um ao outro, de repente Iago chega ofegante, presenciando os dois irmãos, e os três ameaçam lutar, ambos escutam uma voz, a voz da verdade, então aparece um dragão enorme, argus não entendia pois havia prendido a pouco tempo, o dragão explica que a verdade não pode ser presa, pois estar em qualquer lugar, lado a lado com a mentira, onde houver mentira haverá verdade, o dragão acusa argus de querer matar seu irmão mais novo, assim como Iago queria matar seus irmãos e tomar o trono, arkell ouvindo tudo aquilo se revolta com os irmãos, pois estava confuso enquanto o que a serpente a havia dito, mais a própria verdade estava acusando, a verdade perguntou se argus queria matar seu irmão, argus disse que não, mais a pedra de Iago brilhou diante da mentira, então Iago avançou e matou argus com sua espada, a morte perguntou a Iago se ele seria um bom rei, ainda sujo com o sangue de seu irmão, Iago afirmou que sim, então o dragão o devorou, a verdade se virou para arkell e perguntou se ele seria um bom rei, arkell pegou o espelho e mostrou a verdade sua própria imagem, e então a verdade desapareceu, arkell voltou para o reino, como um herói. Na chegada de arkell ao reino, o perguntaram se ele havia capturado a verdade? Mostrando o pequeno espelho de mão ao povo, ele respondeu “que a verdade e apenas um reflexo, assim como nossas vidas é um reflexo de nossos atos”.