Prólogo.

Era só mais uma vez. Diferente das outras só havia a bebida. O que poderia ser um sinal de que até Aline se encontrava exausta. E talvez por ser Aline quem executava a ação, esta foi mais profunda que o normal. Adormeceu logo depois, dor e sono juntos, como sempre seria. No dia seguinte, desnorteada, nem ao menos se lembrou do que havia feito até olhar seu pulso, ou melhor, todo o seu ante-braço, pernas, garganta. Realmente, longe demais. Sorte sua o tempo ter virado tão depressa. Blusas de frio com o calor que estava seria abusar da burrice alheia. De qualquer maneira, de problemas já bastavam os que não lhe pertenciam e mesmo assim carregava. E ainda havia aquela confusão do dia anterior, o que era mesmo? Não tinha muita certeza. Gostaria de se mover, mas a verdade é que estava apreciando em demasia ficar ali, parada. Pelada, sem coragem de olhar para o lado e ver se estava acompanhada. Bobagem, ela sempre estava acompanhada... engraçado... sempre que pensava assim ela sentia um arrepio, por que não dessa vez? Gabriella... só poderia ser obra de Gabriella, o bom senso e a frieza que tomavam conta de Aline, com certeza, não lhe eram típicos. E quando sentiu uma vontade repentina de chorar (obra de Amélie, apostou) percebeu que já começava tudo a se misturar novamente, elas voltavam, Gabriella, Amélie, Aline... quem era ela afinal? Sua cabeça rodava, doía, latejava, explodia. "Não, eu não sou nenhuma dessas". Respirando fundo, se contendo o suficiente, decidiu que não queria descobrir quem era (ou eram) a responsável pelos problemas da noite dessa vez. Uma hora, de certo, uma delas piraria.

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Lembretes de sempre: isso é F-I-C-Ç-Ã-O, eu não quero seus beijos de luz, eu não quero comentários "auto-ajuda" e não quero saber se você não gostou também.

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Texto antigo, nem sabia da existência até encontrá-lo em uma folha amassada dentro de um caderno.

Eduarda Daibert
Enviado por Eduarda Daibert em 14/06/2011
Código do texto: T3034134
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