ANJOS
Por motivos, que não se sabe bem quais, os anjos da guarda de todos os seres vivos ou semivivos, poderiam ser vistos. Eram seres opalescentes, superiores, divinais. Obedecendo a uma nova tendência, sairam de seu aparente ostracismo para exporem suas lindas asinhas.
Em um programa de televisão foi entrevistado o protetor do mais popular e querido ator do mundo, fazendo muito mais sucesso do que o seu dono. Sim porque para a humanidade, viraram bichinhos de estimação, uns sendo até algemados e acorrentados. Voltando, despertou a ira do artista,
que numa atitude insana, rompeu os laços com a entidade, sem defesa astral, foi vitima de uma emboscada e morreu de susto. Sem eufemismo.
O céu resolveu investir nas suas reciclagens. Nada daqueles anjos sisudos, cafonas, educados por séculos para evoluírem espiritualmente, enquanto o nosso mundo era e sempre foi puramente material, carnal. Foram então, postos à prova, para que, mesmo em condições adversas, ainda demonstrassem fidelidade e respeito ao Criador. Passaram a ser figuras, não figurinhas ( pois soa pejorativo ) fáceis na mídia. Todos eram belos, cultos, educados, e despertavam o desejo e a cobiça dos motais.
Muitos pediam paz, outros simplesmente conforto, o abraço do seu amigo incondicional. Outros questionavam os anjos sobre o que haveria realmente depois que os seres desencarnavam. Outros pediam conhecimento absoluto. Mas algo era sabido por todos: jamais poderiam intervir nos acontecimentos, pois tudo está traçado e os fatos se encaixam perfeitamente como num incomensurável quebra-cabeças, onde cada vida cumpre sua missão em favor do conjunto. Tudo é sinergia. Fatalismo? Destino? São apenas nomenclaturas que não definem uma lógica superior, muito distante do que "supõe a nossa vã filosofia".
Um dia, um homem se aborreceu e matou o seu anjo a facadas. Quando saiu de casa, desintegrou-se na frente dos passantes. Deve ter ido para o inferno, ou ter sido condenado a proteger outra vida. Videntes disseram que foi escoltar uma tartaruga marinha pelas bandas de Fernando de Noronha e seu "corpo" estava coberto de corais.
( continua )
Escutem meus áudios musicais! Beijos!
Por motivos, que não se sabe bem quais, os anjos da guarda de todos os seres vivos ou semivivos, poderiam ser vistos. Eram seres opalescentes, superiores, divinais. Obedecendo a uma nova tendência, sairam de seu aparente ostracismo para exporem suas lindas asinhas.
Em um programa de televisão foi entrevistado o protetor do mais popular e querido ator do mundo, fazendo muito mais sucesso do que o seu dono. Sim porque para a humanidade, viraram bichinhos de estimação, uns sendo até algemados e acorrentados. Voltando, despertou a ira do artista,
que numa atitude insana, rompeu os laços com a entidade, sem defesa astral, foi vitima de uma emboscada e morreu de susto. Sem eufemismo.
O céu resolveu investir nas suas reciclagens. Nada daqueles anjos sisudos, cafonas, educados por séculos para evoluírem espiritualmente, enquanto o nosso mundo era e sempre foi puramente material, carnal. Foram então, postos à prova, para que, mesmo em condições adversas, ainda demonstrassem fidelidade e respeito ao Criador. Passaram a ser figuras, não figurinhas ( pois soa pejorativo ) fáceis na mídia. Todos eram belos, cultos, educados, e despertavam o desejo e a cobiça dos motais.
Muitos pediam paz, outros simplesmente conforto, o abraço do seu amigo incondicional. Outros questionavam os anjos sobre o que haveria realmente depois que os seres desencarnavam. Outros pediam conhecimento absoluto. Mas algo era sabido por todos: jamais poderiam intervir nos acontecimentos, pois tudo está traçado e os fatos se encaixam perfeitamente como num incomensurável quebra-cabeças, onde cada vida cumpre sua missão em favor do conjunto. Tudo é sinergia. Fatalismo? Destino? São apenas nomenclaturas que não definem uma lógica superior, muito distante do que "supõe a nossa vã filosofia".
Um dia, um homem se aborreceu e matou o seu anjo a facadas. Quando saiu de casa, desintegrou-se na frente dos passantes. Deve ter ido para o inferno, ou ter sido condenado a proteger outra vida. Videntes disseram que foi escoltar uma tartaruga marinha pelas bandas de Fernando de Noronha e seu "corpo" estava coberto de corais.
( continua )
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