Desbravadores do Universo - Capitulo 4

CAPITULO 4 – FORASTEIROS

Após dois dias de caminhada, Richter e Lyncie chegaram aos portões da cidade de Larluce, uma cidade grande, uma das maiores de Zix, um lugar onde Richter e Lyncie iriam encontrar alguns problemas.

Larluce é uma cidade grande o suficiente para se perder com muita facilidade, muitos prédios, deslizadores. A cidade era totalmente suspensa, a superfície era habitada por pessoas que não tinham condições de ter uma casa na parte alta. Larluce era dividida em duas partes, cidade alta e cidade baixa. A cidade baixa era habitada apenas por bandidos que estavam foragidos, pessoas pobres que não tinham condições para comprar uma casa na cidade alta. Na cidade baixa, não havia muita luz devido à fumaça que pairava sobre a cidade. Foi por causa dessa fumaça, que os construtores de Larluce fizeram prédios extremamente altos. O acesso à cidade baixa só pode ser feito por duas maneiras, ou por cima, descendo da cidade alta, ou pelos portões que dão acesso para o deserto.

A cidade alta, pelo contrario da cidade baixa, é uma cidade muita iluminada, devido à altura dos prédios que ultrapassavam as nuvens baixas. Todas as atividades na cidade alta são feitas totalmente nas alturas, viver assim foi uma das maneiras encontradas de fugir da nuvem de poluição que apareceu a cinqüenta e seis anos em Larluce, o porquê? Ninguém sabe.

Para entrar em Larluce não é muito difícil, basta entrar pacificamente pelos portões pedindo permissão para os porteiros de Larluce.

- Olá! – Saudou Richter

- Olá forasteiro! – saudou o guarda

- Que cidade é essa?

- Quem gostaria de saber? interrogou o guarda com uma voz firme

- Richter Fiver. Desculpe-me pela indelicadeza.

- Prazer. – o guarda esticou a mão um sinal de cumprimento – Alluquim Sax Sou um dos porteiros da cidade, e respondendo à sua pergunta, esta é a cidade de Larluce. Desculpe-me pelo interrogatório, mas este é o meu trabalho, o que faz por aqui?

- Estou apenas de passagem para comprar comida e algumas coisas para viagem.

- E esse lobo, é seu? – perguntou o porteiro com receio de Lyncie, afinal, ela era grande.

- É uma loba, o nome dela é Lyncie, e respondendo a sua pergunta, sim, ela é minha. – respondeu Richter usando as mesmas palavras que o porteiro usou com ele.

- Tem domínio sobre ela? Porque eu não posso deixar um animal desses entrar na cidade, pode causar muita confusão, se é que me entende.

- Não se preocupe Sr. Sax, ela não vai causar problemas, dou minha palavra. – disse Richter com um olhar tão firme e decidido que espantou o porteiro.

- Você é bem transparente garoto, vou confiar em você. Não me decepcione!

Com um sinal com a cabeça, Richter assentiu, e o porteiro de Larluce deixou que ele entrasse com Lyncie.

Richter ficou impressionado com a cidade que estava vendo, construções que desapareciam em meio às nuvens. A cidade de Larluce na parte baixa tinha um tom verde-musgo, por causa das nuvens de poluição, Richter e Lyncie andavam pelas ruas e os moradores de Larluce olhavam para eles assustados por causa de Lyncie, afinal, não era algo comum em Larluce ver alguém com uma loba daquele tamanho andando por aí. Richter nunca havia estado em Larluce, não sabia onde ficava o mercadinho para ele comprar comida, ou um alfaiate para ele comprar roupas, Richter não conhecia nada pra dizer a verdade, e quando ele chegava perto de alguém para perguntar, esse alguém se afastava com medo dele.

- Lyncie, acho melhor encontrarmos um lugar para você ficar, se não, não vamos conseguir muita coisa aqui. – sugeriu Richter.

- Concordo com você Richter, mas, onde?

Richter olhou de um lado para o outro, e se fez a mesma pergunta, onde? Esconder uma loba de quase três metros de comprimento não iria ser algo fácil, mas então, Richter teve uma idéia e colocou em pratica imediatamente. Richter pediu para Lyncie se sentar e não se mexer, então Richter se aproximou de um dos moradores de Larluce sem que ele percebesse.

- Olá senhor! – cumprimentou o mais educado que conseguia ser.

- Ah! – sussurrou o homem com uma respiração rápida por causa do susto – Me desculpe, mas estou com muita pressa! – tentou se livrar de Richter mas não deu muito certo.

- Não vou te machucar se é isso que o senhor está pensando, eu só quero uma informação. – insistiu Richter.

- Sssse... se eu puder ... ajuda-lo? – o senhor tremia de medo.

- Onde posso comprar comida e onde posso encontrar lugar para dormir?

Richter nunca imaginou que poderia ser tão educado com alguém. Sempre teve problemas com educação devido a sua rebeldia.

- Na Little Square você vai encontrar um mercado, e na Angelis existe um hotel, talvez consiga alguma coisa lá.

Para evitar mais transtornos Richter nem perguntou como chegar às tais ruas, afinal, nunca estivera em Larluce, mas aproveitou a tática que usou para o senhor em outras pessoas e assim foi perguntando para as pessoas como chegar ao mercado e no hotel. Nessa brincadeira Richter foi conhecendo a Cidade Baixa de Larluce aos poucos, descobriu onde ficava a loja de armas brancas na Silis, sem querer descobriu uma alfaiataria, Richter já sabia onde encontrar roupas novas.

A noite chegou e Richter e Lycnie resolveram não se separarem. Encontraram um beco sem saída, e ali dormiram.

Em Larluce, era o frio que predominava a noite, Lyncie tinha muito pelo, o suficiente para aquecer Richter durante a noite, Lyncie protegia Richter como se fosse um filhote, como se fosse seu maior tesouro. Os dois dormiram um sono profundo que nem se incomodaram com a guarda noturna de Larluce que passavam pelas ruas todas as noites com sirenes tocando pausadamente. Richter e Lyncie podiam ficar tranqüilos enquanto estavam perto do portão da Cidade Baixa, porque a parte da cidade perto dos portões era um lugar seguro, mas a parte dos fundos da cidade era um lugar perigoso, com muitos ladrões, moradores mal humorados, não era um bom lugar para se ficar na rua à noite.

A Cidade Baixa de Larluce era o ultimo lugar onde o sol batia de manhã cedo, o ar ainda estava fresco e Richter e Lyncie já estavam de pé, Richter começou a ficar curioso, com um único pensamento no momento, “como faço para ir para a parte de cima dessa cidade?”.

Continua....

George Santana
Enviado por George Santana em 02/06/2011
Código do texto: T3008765
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