Desbravadores do Universo - Capitulo 3

Desbravadores do Universo

CAPITULO 3 – O FLORESCER DE UMA AMIZADE

- Você tem um nome? – Perguntou Richter.

- Não! Você ainda ao me deu um nome! – insinuou a loba.

- Nunca dei um nome a alguém, quanto mais a uma loba! Ou melhor, à minha raiva.

Richter começou a pensar em um nome para a loba , passou a madrugada inteira tentando achar um nome para sua nova companheira, afinal, aquela loba nunca iria deixar Richter sozinho, a solidão de Richter tinha chegado ao fim com a aparição da loba. Richter não olhava mais para a loba como se ela fosse uma estranha, estava começando a gostar da companhia dela, pela primeira vez depois da tragédia que matou seus pais, Richter não estava se sentindo sozinho, mas um sentimento estava começando a brotar em seu coração.

- Lyncie! – disse Richter repentinamente.

- Lyncie? – refletiu a loba – ADOREI! – exclamou a loba num tom feminino que Richter ainda não tinha visto.

Lyncie no inicio parecia ser um ser chato, mandão, insuportável, mas na verdade era como uma menina de catorze anos, mas bem mais por dentro dessa menina havia uma guerreira incrivelmente forte.

Richter e Lyncie conversaram até o amanhecer, quando o sol começou a aparecer por traz das arvores eles começaram a caminhar rumo ao noroeste.

Depois de uma longa caminhada por dentro da floresta, os dois viajantes encontraram um lago com muitas pedras, e ali se banharam de baixo da cachoeira relaxando os músculos, a floresta era muito grande e ao olhar para frente não dava para ver o final dela. Durante a caminhada Richter e Lyncie encontraram uma pequena área da floresta onde as arvores não cobriam o céu, e dava para ver muito bem o céu azul sem nenhuma nuvem, e ali ficaram conversando e brincando, quando cansaram, Richter se deitou na grama e Lyncie numa pedra que havia ao lado.

- Richter! – chamou Lyncie

- Sim Lyncie.

- Eu preciso lhe perguntar uma coisa.

- Pergunte!

- O que vamos fazer quando sairmos desta floresta?

Nesse momento o coração de Richter começou a bater numa intensidade tão forte que seus olhos tremiam, Richter havia esquecido o propósito de sua jornada, mas já estava ciente outra vez e com uma voz seca e firme ele respondeu à pergunta de Lyncie.

- Matar os assassinos de meus pais.

As estrelas já começavam a tomar conta do céu, as três luas de Zix já estavam aparecendo ao noroeste do céu. As noites em Zix são as noites mais lindas do universo, porque o planeta Zix é o único planeta que fica no meio de sete constelações, e suas luas, Arlete, a lua azul, Dália, a lua rosa e Lia, a lua vermelha, essas três luas dão uma coloração nas noites meio que violeta avermelhado. Muitas vezes, por causa da atmosfera de Zix, as estrelas parecem estar amarelas que juntas com as luas formam um arco-íris noturno, é uma beleza sem igual.

Richter se levantou repentinamente, o suficiente para fazer Lyncie pular, respirou fundo...

- Vamos Lyncie! É hora de sairmos daqui. – disse Richter decidido.

Richter e Lyncie eram como um só ser, Richter não precisava mais se preocupar com comida, porque Lyncie saía todas as noites para caçar e sempre trazia carne para a noite e a manhã seguinte. No meio da madrugada Richter e Lyncie acharam uma abertura na vegetação, era o fim da floresta, os dois amigos se olharam, um ar de confiança pairava entre os dois, então se colocaram a caminhar pelas areias do deserto indo rumo ao oeste, onde havia uma cidade a dois dias de caminhada, Richter estava sentindo um cheiro que nunca havia sentido antes, seus olhos pulsavam de tal maneira que chegava a lacrimejar algumas vezes, isso acontecia quando Richter se lembrava de seus pais, e a raiva batia outra vez, quando isso acontecia os olhos de Lyncie ficavam vermelhos e vivos como brasa.

Lyncie e Richter eram uma única mente, uma única alma, o como isso aconteceu? Ainda estava longe de se descobrir.

Continua....

George Santana
Enviado por George Santana em 24/05/2011
Código do texto: T2990992
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