Luísa e os Jardins
Percorrendo o jardim de folhas secas, Luísa sonhava sem estar dormindo. Seus pensamentos corriam por passados que não eram o seu, e que ela nunca houvera presenciado.
(ouvira falar de um novo jeito de curar as flores mortas...mas não conseguia se lembrar...)
Uma breve melodia contrastava, em sua mente, com todos aqueles sorrisos e locais aos quais ela nunca pertencera, com aquela vida que não era a sua, com o desejo incontrolável de não mais desejar coisa alguma, de nunca mais desejar ninguém.
(engraçado como a maioria das pessoas gosta do som de folhas secas esfarelando-se sob seus pés)
Luísa tirou os sapatos e sentiu a areia fria entre seus dedos, e naquele momento, sentiu que era hora de esquecer os passados, seu e alheio, e ganhar este infinito chamado futuro.
(as vezes, os jardins só precisam ser regados para florecer novamente).