A hora da mudança. ( pequeno conto).
Aqui já não é como antes,
nada ficou igual,
houve muitas avalanches,
quedas de muitas pontes.
A chuva que nos fez sonhar,
também nos faz chorar,
com sua torrente,
levaram flores, canteiros, casas, abrigos,
a morte a muita gente.
Sonhos, lembranças, até esperanças;
aqui a desequilíbrios, falta de amor,
de respeito, está tudo do avesso,
ninguém se entende mais;
às vezes faz frio e calor,
chuva e sol ao mesmo tempo, as estações
misturaram-se variaram o planeta ta mudando,
Está se transformando.
O por do sol está diferente, a poesia, ficou triste,
as aves ressentidas revoaram buscando outros lugares,
os animais buscam abrigos lugares ricos e tranqüilos
com campos verdes e águas cristalinas: procuram sobreviver.
A paisagem está desfigurada,
com cara de monstro de ira de guerra,
há choro e ranger de dentes;
até parece o fim do mundo.
O céu chora com suas nuvens negras
prenunciando fatalidades, com noites sem estrelas,
sem luar, sem sonatas; só o som do trovão
com línguas de fogos.
Ou são as trombetas dos anjos anunciando que
é hora de mudança, como as aves alçar voos
seguir a intuição, o instinto dos pássaros,
procurar um novo lugar para morar se a natureza
nos aceitar e entender que aprendemos e estamos prontos,
conscientes para respeitar o planeta onde devemos morar.
Cláudio D. Borges.