HAVIAM OUTROS VISITANTES NO CEMÍTÉRIO

Eu não gosto de ir ao cemitério em dia de finados, é muito desgastante físiscamente falando e ao mesmo tempo espiritualmente.

A comunicação é um canal aberto às pessoas especiais que possuem o dom da clarividência, e esse é o meu caso, eu vejo e ouço coisas que ninguém vê e nem acredita, de nada me adiantaria, tentar mudar esse fato, que para mim é um fato difícil de explicar e de se fazer acreditar, o maior exemplo disso é Chico Xavier.

A última vez que eu tive uma dessas experiências, encotraram-me caido no chão do cemitério diante de um túmulo.

Certa vez Uma legião de espíritos que estava lá, sugou-me como vampíros sedentos de sangue. Êles sabiam que naquele dia eu era o único que podia vê-los e ouví-los, então crivaram-me de perguntas sobre as suas dúvidas as a respeito dos mais diversos assuntos pertinentes a vida terrena e até sobre minhas visões passadas, presentes e futuras.

Os espíritos estavam todos alí diante de meus olhos de forma assustadora, cada um em seu corpo espiritual, conforme viveu aquí na terra cada um em sua geração, de acordo com a época de seus tempos.

Imaginem voces que na ocasião como era o dia de visitas interativas entre vivos e mortos, em cada túmulo havia dor e sofrimentro choros e lágrimas sendo derramadas nos dois sentidos.

O sentimento de perda era recíproco, a vontade de se veem e poderem se abraçar era de ambos os lados.

eu via e podia sentir esse sofrimento coletivo em dose dupla.

Ao meu lado no túmulo vizinho, uma mãe soluçava e aos prantos manifestava seu desejo em poder abraçar pelo menos mais uma vez seu filho que havia morrido fazia apenas uma semana.

eu podia ver o filho dela alí tentando acalmá-la confortá-la.

No outro, uma mãe que havia morrido dois dias atrás, estava aos prantos diante de seus filhos que igualmente choravam e rezavam pela sua alma.

Mais uma vez, entre as outras centenas, eu acordei num hospital lutando pela vida, tamanho o desgaste sofrido.

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