ANO 5735 - O DESFECHO (Natal Celestial) Parte 14 – DESFECHO NO AZUL
ANO 5735 - O DESFECHO
(Natal Celestial)
Parte 14 – DESFECHO NO AZUL
Saiu uma Luz do Portal, apenas uma luz. Parecia mais a chama de uma vela do que um sol. Parecia mais o estouro de uma biriba do que uma bomba de hidrogênio. Era um colibri e não um condor, mas era uma Luz. Luz que não afetava os olhos, Luz que irradiava algo inexplicável e todos choravam.
No Azul todos se curvavam
Em Uchi todos se curvavam
A Luz era a mesma nos dois planetas era como se ela estivesse na passagem de dois cômodos, parada sobre a ombreira de uma porta e as pessoas que estavam num cômodo não conseguissem ver quem estava no outro cômodo, mas a luz se movia de maneira eqüidistante da ombreira em direção a todos os seres.
E todos que participavam desde evento sentiram se tocados.
“Mestre, que saudades!”
Lúcifer mal fala isso e Miguel com sua espada na mão voa em direção a ele.
“Basta!”
A ordem vinha da Luz o odor característico de sândalos era evidente a todos e todos olharam para a Luz no mesmo momento.
“Lúcifer não há por que ter saudades bastava você ter me cultivado em seu coração. Você crê realmente que minhas criaturas me vêem pessoalmente a todo o momento? Não seja tolo querido filho, eu admirei os humanos, pois eles foram capazes de me aceitar sem nunca terem me visto, isso me cativou. Eles sabem que eu sou tudo, então sou eu e você e sempre estarei em você, basta você procurar em você.”
Miguel espumava de tanta ira que ele tinha contra o irmão.
“Miguel, você não aprendeu nada? Nada ocorre sem o meu consentimento querido filho, como poderia um australopithecus chegar a nezumi se não fosse pelo meu filho Lúcifer?”
“Todos vocês pensem, o que faz a argila ser moldada? A inércia ou rotação? Eu coloquei a argila no mundo e ao assoprá-la dei a vida com o livre arbítrio, ou seja, dei a mão do obreiro que mexe na argila, a raça humana podia deixar essa argila parada ao sol, mas onde ela estaria? Se um num instinto o humano não tivesse comido carniça ele jamais teria a quantidade de proteína suficiente para desenvolver o seu cérebro. Miguel e Lúcifer vocês foram à rotação que tiraram a argila da inércia, vocês foram idéias na cabeça do operário e graças a vocês e vi meus filhos crescerem. Como seria a raça humana se esta não conhecesse a escuridão, a dor e o medo? Com certeza viveriam num Paraíso material, mas jamais estariam alcançando um paraíso espiritual.”
“No universo nada ocorre sem que eu saiba, uma estrela não nasce sem que eu não tenha soprado vida em seu pó, assim como um grão de areia não entra no olho de um nômade no deserto”
“Miguel, você evoluiu sendo a luz, sendo integro, mas poderia ter evoluído mais se no lugar de tiver combatido Lúcifer tivesse tentado através do amor trazido ele para a sua legião, pois quando lutamos com energia positiva todos saem ganhando. Lúcifer evoluiu ao saber esperar, pena Lúcifer que seu amor por mim é paixão e você ainda terá muito que aprender para saber que quem ama não aprisiona ou sente ciúmes“
“Lúcifer venha a mim tenho uma missão para você”
“Pai, mas eu estou sempre ao seu lado e luto por você.” Berrou Miguel.
“Miguel, para você e seus irmãos eu sempre sorri e sempre continuarei a sorrir vocês assim como todas as manifestações de Arcanjos sempre serão os generais que combaterão o mal, mas aprenda meu filho que a espada nem sempre é a melhor arma, que às vezes um sorriso e um abraço podem derrotar a maior inimigo”
Miguel naquele momento perdeu a razão do porque lutar e combater Lúcifer e num gesto mais humano do que celestial ele vai ao encontro de Lúcifer e o envolve num abraço.
Senchi-tashi e Denki estavam em pontos distantes do Azul, assim como todos olhavam para o céu e assistiam maravilhados a tudo. Enquanto desenrolava o episodio dos arcanjos uma força fazia com eles se movessem em direção um ao outro, era algo meio que magnético, eles apenas iam, quando perceberam estavam frente a frente e a voz dirigiu a palavra:
“Senchi-tashi e Denki meus filhos, em breve Aijou ira começar uma nova missão no universo preciso saber que vocês querem fazer: Estar com ele ou caminharem juntos com os nezumi?”
“Queremos ir com ele”
Ambos responderam ao mesmo tempo e numa rapidez, como se esta pergunta a muito a tivesse sido feita.
“Passem pelo portal e aguardem”
Neste instante um portal se abre próximo a eles e eles vêem Aijou caído ao lado de um Tenshi e a imagem era como se fosse uma foto antiga e sem olhar para traz eles passam pelo portal para dentro da foto em branco e preto.
A Luz fala:
“Bishoujo e Bishounen vocês vão querer seguir como seres separados ou serem um? Vocês são almas gêmeas, vocês se completam em um todo. Vocês serão dois em um, mas terão a consciência de apenas um. Vocês serão como o vento. Um vindo do norte o outro vindo do sul, ambos com a mesma intensidade, se encontram, fazem um rodamoinho, se completa e mudam de direção em busca de outros ventos, deixam de ser vento sul e vento norte para ser outro vento qualquer, mas o que eles foram dia esta ali guardado em sua corrente nas partículas de pó que trouxeram com eles. caso não queiram vocês poderão seguir a evolução coletiva de sua raça ou ir para o lado de Aijou”
Nunca antes tiveram que tomar um decisão tão importante, eles sabiam que eram um, mas imaginavam que por ser um teriam relações físicas, filhos, viveria uma vida e não se tornaria um. E com uma lágrima nos olhos e ao mesmo tempo eles falaram
“Sim aceitamos ser um!”
“Boa escolha meus filhos, passem pelo portal, vocês irão para outra dimensão da criação onde vocês buscaram a sua cara metade, pois lá há bilhares de filhos como vocês.”
O portal se abre e as duas crianças chorando não se sabem de alegria ou de medo passa pelo portal e duas almas se tornam uma e o brilho da fusão foi vista em todo o universo.
Assim foi ocorrendo com todos os habitantes do Azul, um a um, em pares, em grupos familiares, a Luz dirigia a fala de maneira amável e dava uma solução para cada individuo seja nezumi, ou seja, terráqueo. Foram fusões de almas, remanejamento para planetas mais ou menos denso, até que sobram Pedro, Platão e Pai André no Astral e ainda encarnados se encontram Shin e Mei.
Pedro ainda estava em estado de alucinação e os seres celestial apenas aumentavam a sua crença que estava alucinando graças à beberagem que tinha tomado e este ainda não tinha a consciência que tinha desencarnado
A Luz sopra em direção a Pedro que tinha um olhar vidrado, babava e emitia sons que lembrava um babuíno, a brisa sobrada veio em direção a Pedro e a impressão que deu a todos que este levou um choque despertando de um sonho ruim
“Pedro, seja bem vindo ao mundo da razão!”
A Luz parecia se divertir com suas criações assim como todos os seres celestiais apenas observavam encantados.
Pedro na mesma hora que houve a voz dele começa pedir desculpas e a chorar, pois entendia o que tinha acabado de fazer.
“Pedro meu filho, não há o que se desculpar caso você aceite você será a partir de hoje quero que você seja responsável por toda a flora desde planeta. A sua compreensão e estudos da flora desde planeta vêm desde que seu ânima aqui veio habitar, você terá pontos de consciência despertado para se comunicar com o mundo vegetal, assim como terá um equipe de anjos e arcanjos ajudando na evolução das plantas desde planeta”
Pedro apenas chorava e acenava a cabeça aceitando o cargo.
“Platão, meu amado filho ateu, agora que me vê acredita em mim?”
Plantão estava catatônico
“Você por sua lógica e razão e até mesmo por duvidar de mim aprendeu a respeitar e ensinar outros irmãos. Eu quero que você seja um mentor dos animais desde planeta, caso você aceite você será a partir de hoje responsável por toda a fauna desde planeta. Assim como Pedro você terá pontos de consciência desenvolvido, aprendera a se comunicar com cada animal seja um vírus, seja um elefante e ajudara a eles a encontrar o melhor caminho para a suas evoluções, você também terá uma legião de anjos e terá arcanjos que o ajudara em sua caminhada.”
“Senhor! E a minha alma gêmea?”
“Querido Platão não é você que não acreditava nela? E se você estiver sendo zelador da vida animal do planeta para aprender a ver que alma gêmea não é apenas para reprodução, isso seria corpo gêmeo, alma gêmea não tem gênero, pois na espiritualidade não há coito, somos energia. Meu querido Platão você terá muitos séculos para pensar e tenho certeza que ajudando os animais desde planeta quando nos encontrarmos na próxima vez você terá chegado à resposta”
“André, deixe o casal e venha até mim!”
“Mas Senhor, e se...”
“André eu estou aqui, você sendo pequenino em sua existência foi um dos maiores, não foi um Buda por que não quis reencarnar mais uma vez, não sei se puxo a sua orelha ou te pego no colo, mas a sua missão foi cumprida brilhantemente até o fim meu filho. André, sua missão neste planeta acabou você tem duas opções ser um dos três humanos terrestres que serão mestres reencarnando como Uma-Ushi em Uchi ou ir para uma dimensão que mais convenha com sua evolução”
“Mas e Shin e Mei?”
“Quero que pense apenas em você, meu filho é o seu livre arbítrio.”
“Vou para Uchi!”
“Passe pelo portal filho e aguarde!”
A Luz olhou para Shin e Mei, o casal apesar de tudo o que ocorria ao seu redor continuava sentados na falésia, a fraqueza era tal que estavam sentados ainda, pois um usava o outro como encosto.
“Despertem!”
Um bocejo, eles pareciam estar saindo de um transe induzido por alguma droga muito forte e a Luz esta parada bem diante deles
“Shin e Mei você serão a semente da evolução racional da próxima espécie dominante no Azul, vocês serão Eva e Adão, pois agora o azul tornou a ser o Paraíso e assim permanecerá desde que vocês assim o queiram.”
A Luz no Azul se apagou e no mar na altura do equador e na altura do tropico de capricórnio duas fêmeas de uma pequena raça de cetáceos entram em trabalho de parto e pouco tempo após o inicio do parto dois novos pequenos cetáceos nadam pelos mares do Azul, um macho e uma fêmea, por alguma razão inexplicável, todos os elementos de ambos os bandos param de nadar e caçar para ver os filhotes novos, que apesar de serem tão fisicamente parecido com qualquer outro cetáceo daquela espécie tinha no fundo do olhar um mistério que apenas após muitos milênios seria revelado.