A Cantoria que perfurou o Tempo

Antes de todos os tempos, a escrever o perfeito devaneio depois dos espaços, levando quase nenhum tempo para isso, uma cantoria se fez na janela desenjauladora...

Essa cantoria.

Tão duradoura era, que o Quase-nenhum-tempo resumiu-se a Nenhum-tempo.

O tempo não dura. Apenas nos endurece.

Certa cantoria nos floresce.

Nem um tempo para mim, nem outro tempo para outro você.

Nenhum tem tempos que param em mim. Nem outro tempo pára. Encontro o você.

É outro eu.

O tempo está à solta e os outros querem encontrar no seu outrar.

Num imanente altar.

O nenhum-tempo resumido do quase-isto, multiplica em altares do altar.

Estas são as estações. As polaridades queimam nos motores para velejar e atravessar a ponte de nuvens.

Volta o Trem Polar, os polos cantam-se no som... Vou trem, eu vou em tempo de outros polos.

Numa volta que damos sem voltar, num fabuloso espiralar.

Quem tem polaridades? Digo... Quem TemPo? Lar? Idades?

Quase-nenhum-tempo me chamo.

Quando voltei ao Lar.

É Lá! Há algum-tempo é muito Lá...

O tempo quer sempre alcançar... Mas chego apenas 'ao cansar'!

Então Ali o Lar, não é mais Lá, é bem Ali.

O pouco tempo é outro tempo.

Eita tempo pra chegar!

Quero que AquiloLá torne Aqui o Lar.

O tempo então é que fica é lá, pois estando Aqui estou Agora. É a hora...

Quase-nenhum-tempo me penso.

Quase-nenhum-penso me tempo.

Quase nenhum eu tenho, ou não tenho.

Nenhum trem polar forças tem, pra pular espaços, porque o tempo tem passos.

Antes de todos os tempos, a escrever o perfeito devaneio dos espaços, levando quase algum tempo para isso, uma cantoria sinto fluir na janela, já, ela é desenjauladora.

Desenhar em jaula, adora... A desenjauladora desenha a janela no muro e voa! O libertar estava dentro não da jaula, mas dela, e projetou então a janela, demonstrou ser ela a janela.

Era ela a própria Cantoria!

Um eterno criar que sentia.

Tão duradoura era, que o quase-nenhum-tempo resumiu-se a nenhum-tempo.

O tempo não dura. Apenas nos endurece.

Em muros e grades...

Antes dos tempos.

Quando o tempo pensar, quando o penso tampar a luz, tempar o tempo, tem par em duais polaridades, não fazer delas inimizades. Em pares de tempos completos o Ímpar se faz.

Depois dos tempos me antecederei a cantar a cantoria de liberdade.

Tão livre se fazia, que o quase-nenhum-tempo resumido a nenhum-tempo, cortando a corrente hifênica das palavras, tornou-se "nenhum tempo"... Mas permanecem ligadas em frase, ao menos nesta fase. Está fácil?

Tão livre é, que o nenhum tempo resumiu-se a nem um Nenhum, gerando um zerador...

Até que tão livre será, para zerar o gerador...

Re-sumiu-se a...

s u m i u a

(O texto não é o que é no tempo que lê ou escreve, mas no tempo-nulo de todo o espaço que também se anula!)

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