ANO 5735 - O DESFECHO (Natal Celestial) Parte 12 – UCHI/AZUL E OS ARCANJOS

ANO 5735 - O DESFECHO

(Natal Celestial)

Parte 12 – UCHI/AZUL E OS ARCANJOS

Aijou desperta assustado. A sensação que ele tinha era que havia dormido muito, olha pela parede e vê ao longe um planeta verde, lembrava muito uma pedra que ele tinha estudado no Azul chamada Granada demantóide a mistura dos tons de verdes era incrivelmente bonita, com regiões de um verde musgo intenso e outras regiões de um verde muito claro que até parecia um branco.

As luas de Uchi eram lindas, elas ocupavam orbitas diferentes, elas não eram brancas como a lua do Azul, eram de coloração diferente, sendo que a mais distante de Uchi tinha tom negro, mas muito brilhante.

No Azul, varias crianças estavam doentes. A mortalidade da população idosa nunca esteve tão alta, os idosos apenas paravam de respiram como se eles estivessem brincando de prender a respiração. Cada dia que passava mais casos da doença e mais casos de óbitos entre os idosos. A população de pessoas encarnadas do Azul esta sendo reduzida rapidamente e ninguém sabia o que fazer.

O céu estava salpicado de carroças, pois à medida que seus usuários iam morrendo essas apenas seguiam as correntes de ar. Seria um espetáculo maravilhoso se não fosse tão triste.

Mal o menino abre a porta de sua oca encontra o Tenshi com quem ele tinha conversado demoradamente no dia anterior, ele parecia mais alto, mais brilhante e na sua fronte uma faixa de pele de coloração avermelhada era evidente.

“Aijou venha esta na hora de você presenciar um evento raro no universo. Você será nosso convidado de honra e não esqueça que a partir de agora todo pensamento seu irá causar um impacto grande em seu ânima.”

“O que esta acontecendo?” A curiosidade de Aijou era evidente em qualquer lugar do universo.

“Observe por enquanto pequeno, observe os portais de luz.”

O menino estava impaciente por informações, mas ao seu redor os lindos Tenshi transmitiam uma sensação de paz tão grande que Aijou preferiu conter a sua curiosidade.

As colônias astrais do Azul estavam todas as desfeitas, centenas de milhares de mentores e professores astrais apenas se reuniam para receber os recém desencarnados do Azul. Para os encarnados com maior sensibilidade era até possível notar uma mudança na cor azul do céu. Toda a população abaixo da puberdade estava em coma, apesar de que o ânima e corpo físico continuavam próximo como se nada estive ocorrendo.

Os pais, parentes e curadores já não sabiam o que fazer e cada vez mais estes entravam em catatonia, outros tiravam a própria vida praticando algum esporte radical sem os devidos cuidados de segurança. Em muitas partes do Azul já tinha mais nezumi, corpos aqui e ali se deterioravam ao sabor da natureza e animais e plantas se banqueteavam com cada habitante nezumi que deixava a matéria para trás.

Todo nezumi sabia que morte por anorexia ou procurar a morte propositalmente gerava um falha no padrão vibratório dos chakras e do ânima, mas mesmo assim a sensação de inutilidade imperava no planeta, e ao deixar os corpos físicos, os ânima dessas pessoas encontravam com sérios problemas, pareciam sem o brilho natural como uma folha desidratada. A equipe de mentores e professores do astral lutava para fazer essas pessoas voltarem à razão, muitos tinham expressões distorcidas...

Estavam todos mirando os portais, os Uma-Ushi já tinham retornado para a superfície do Uchi, levando em seus subconscientes informações valiosas para a evolução daquele povo. Os Tenshi apenas aguardavam, emanando uma aura de paz e calma, todos pareciam ser mais brilhantes que o normal e poucos tinham uma faixa de pele vermelha na testa, as ondas de paz que eles emitiam às vezes vinham na cabeça de Aijou com cantos ritualísticos dos povos pré-colombianos, que ele tanto admirava. Os humanos sejam na forma de terrestre, seja na forma de nezumi, apenas faziam silencio, este sendo apenas rompido por um suspirar aqui e ali.

No começo era apenas um portal que começou a mudar de cor, de uma transparência começou a ficar amarelado e foi se avermelhando e ali começa a sair seres alados, lembravam Uma-Ushi, só que bem maiores e alados, cabelos longos, nus em sua maioria e armados. O primeiro a sair e que dava a impressão de ser o líder, devia ter uns três metros, cabelos castanhos e muito rebeldes, chegavam à cintura, suas asas eram de um branco tão claro que chegava a doer os olhos a mirá-las, parecia ter um par de asas menores abaixo dessas, mas não tinha como ter certeza. Seu corpo era visivelmente musculoso, usava uma espécie de malha de metal. Em uma mão um aro cintilante e na outra uma espada e assim saiu legiões de oito portais, cada legião parecia ser liderada por um ser e todos estavam armados. Todos eles tinham o corpo com o aspecto de um Uma-Ushi, suas feições lembravam-se de maneira vaga aos nezumi e o brilho da pele aos Tenshi.

“Quem são eles?”. Aijou tremia tanto que sua voz saiu tremula, ele não sabia que isso era medo ou emoção.

“São os arcanjos do Senhor, para cada planeta há oito arcanjos e cada arcanjo comanda uma legião de anjos do Senhor”. Explicou o Tenshi.

“Achava que era lenda...”

“Sim pequeno, a sua cultura deixou de acreditar nos seres celestiais há muito tempo, um erro grande. Em cada planeta, esses Arcanjos têm aspecto do seu povo. Aijou o primeiro deles que se chama “Quem é como Deus” vem para controlar as heresias contra a vida. O segundo é “Homem de Deus” ele traz o raio da sabedoria para evolução da vida. Ali estão os outros, “Cura de Deus”, “Luz de Deus”, “Intercessor de Deus”, “Glorificador de Deus”, “Benção de Deus” e “Exaltação de Deus”. O oitavo dos Arcanjos é “O Caído por amor a Deus”.

“E Deus existe também?” Aijou estava cada vez mais intrigado...

No Azul os portais se abrem em numero de sete no céu, mas enquanto todos olhavam espantados para o espetáculo, um oitavo portal se abre ao nível do solo. Ali desde portal sai o mais lindo dos imortais. Alto, com cabelos tão negros que pareciam piche, pele tão branca que parecia porcelana e três pares de asas também brancas, a candura em seu rosto era cativante e logo que ele entra na claridade o brilho intenso que sua pele emitiu fez com que todos olhassem em sua direção. Vestia apenas um faixa de tecido branco ao redor do pescoço que descia ate abaixo do joelho. Ao se locomover a impressão que dava que tecido era como se fosse uma cauda.

“Agora posso tornar a chamá-los de irmão” falou a linda criatura olhando para os portais. No mesmo tempo aparece de cada portal uma linda criatura, mas nenhuma chegava ao pé da primeira em beleza, todas as criaturas vestiam apenas uma faixa de tecido muito fino de aproximadamente uns cinqüenta centímetros ao redor da cintura e cada um tinha uma jóia que mantinha a faixa presa. Eram as criaturas mais bonitas que qualquer ser vivo no Azul tinha visto.

Um enorme soldado de pele negra e com asas pretas. A jóia em sua cintura parecia ser um trevo feito com algum cristal ou diamante e no seu centro, uma pedra negra, como a hematita. Alem da jóia tinha em sua cintura uma linda espada sem bainha que mostrava uma lamina de um extremo azul e um cálice com pedras preciosas incrustada nele. Seu nome Miguel.

O segundo a aparecer foi o Rafael. Sua faixa de tecido era de um verde radiante e era presa por uma esmeralda lapidada em formada de um peixe, trazia nas mãos um cajado e uma vara que lembrava uma vara de pescar feita de bambu. Cabelos negros e lisos, asas esverdeadas e olhos rasgados lembrando os antigos terráqueos da raça amarela asiática.

No portal seguinte saia Gabriel, pele branca, cabelos amarelos cor de palha seca que tinham aspecto de rebeldes, lembrava os terráqueos da raça branca nos países nórdicos e a cor de suas asas era de uma gama muito grande de azuis. Sua faixa era azul presa por linda gema branca que parecia ser ágata ou opala lapidada no formato de um lírio. Trazia na mão uma espécie de clarinete e flores e na cintura parecia ter um livro.

Surge Uriel, vestindo faixa vermelha presa por uma estrela de nove pontas o aspecto inicial era diamante. Suas asas refletiam cores avermelhadas. Trazia na mão uma bola de fogo e amarrado em sua cintura uma infinidade de pequenos frascos, como se esses fossem medicamentos. Seus cabelos eram de um tom de cobre polido e sua pele muita clara era pontilhada por sardas que aumentava as suas feições joviais.

Em outro portal estava um jovem que lembrava muito os nativos americanos, pele avermelhada, cabelos escuros que chegavam até a cintura e lindas asas de um róseo. Usava uma faixa rosa, presa por linda turmalina rosa que parecia ser lapidada como se fosse uma rosa. Trazia em suas mãos lenços de múltiplas cores e flores brancas num bornal. Este era Samuel.

Um ser que lembrava a raça negra australiana aparece de outro portal, o tom negro característico em sua pele, cabelos negros muito crespos e o único que tinha na face duas faixas de coloração branca que se iniciava da região do terceiro olho indo até as mandíbulas. A beleza rude desde arcanjo impunha respeito por si só. Jofiel vestia uma faixa amarela que com o contato com a luz do sol parecia ser feita de ouro líquido, assim como as suas asas eram do mesmo tom. Trazia nas mãos uma esfera muito dourada, lembrava um pequeno sol e a cada movimento que este dava parecia que pequenos sinos toucavam uma sonata muito relaxante.

Do ultimo dos sete portais sai o mais baixo dos sete, enquanto todos deviam ter em torno de três metros, este devia ter uns dois metros. A musculatura de todos era tipicamente longilínea o desde era menos longilínea, era mais atarracado. Ele tinha o rosto redondo e devido à cor de sua pele lembrava uma lua cheia, uma bela lua cheia. Ezequiel era o seu nome. Suas asas e faixa eram de lindo tom de violeta, usa uma linda cruz de malta feito de ametistas de um brilho intenso. Usava em um dos braços um grande escudo triangular feito também de ametista com um grande diamante em seu centro. Desde diamante saia raios de tons diferentes formando o mesmo símbolo de seu broche. Na outra mão vinha com uma espada que sua lamina parecia ser feito de fogo, mas um fogo violeta.

Os setes vieram acompanhados de uma legião de outras criaturas aladas, pareciam feitas de água ou metal líquido. Todos eram alados e as cores das asas variavam conforme a cor preferencial de seus arcanjos, eles eram os Anjos em todas as suas categorias.

Assim que estavam os setes juntos Jofiel pergunta:

“Lúcifer o que faz aqui?”

“Caro Jofiel, já esqueceu o prometido pelo Pai?”

“O que foi prometido?” perguntou o jovem arcanjo com aspecto de asiático.

“Rafael foi prometido que quando os humanos acabassem eu voltaria a morar em sua morada, e estamos chegando neste ponto.”

Os lindos seres alados que lembravam centauros alados se reuniam parados do espaço com suas lindas asas

“Tenshi por que cada grupo tem uma cor diferente?” Aijou mesmo num momento tão importante nas mudanças universais dava vazão a sua curiosidade.

“De maneira rápida Aijou, o Arcanjo e anjos com tem asas de um azul intenso com raias brancas, dando aspecto metálico a eles, serão responsáveis pelos mistérios da fé, da força, do poder, da proteção e da Vontade Dele”

“No Azul também ocorre isso?”

“Sim pequeno, mas em seu planeta os Arcanjos e Anjos têm aspectos de vocês humanos, sejam terrestres ou nezumi, mas continuando.”

“Os de asas douradas são responsáveis pelos mistérios da sabedoria, da iluminação, do amor e da paz”

“Por que sempre fala de mistérios?”

“Mistério pequeno Aijou são todos os fenômenos que sabemos que ocorre, mas não sabemos explicá-los. Por que você sente afinidade por essa ou aquela pessoa? Por que temos idéias geniais e outros seres não às têm? E assim meu pequeno nezumi, agora posso continuar?”

“Desculpe!”

“Os de asas róseas são responsáveis pelos mistérios do Amor Divino, da reverencia e adoração, da beleza e da tolerância.”

“Pelos mistérios da pureza, das artes, da ascensão e da ressurreição são os Arcanjos de asas brancas”

“Asas de cor verde como Uchi com raias douradas, são responsáveis pelos mistérios da verdade, das curas, da dedicação, da concentração e da verdade”

“Como em todos os planos e todas as dimensões é necessária muita cura e paz, os de asas vermelhas com raias douradas são também responsáveis por estes mistérios assim como pela devoção e misericórdia”

“Asas de tom violeta, novamente amor, compaixão e misericórdia e também pelos mistérios das mudanças interiores e pelo desapego.”

“Por ultimo meu pequeno o oitavo grupo os de asas de branco sólidos são responsáveis pelas paixões, pois sem essas nenhuma civilização evolui, em seu planeta este grupo foi tão apaixonado por Ele que acabou indo contra todos os outros grupos. Este Arcanjo e seus anjos conseguem lidar com todos os mistérios da vida, mas de forma intensa, de maneira tal que sua irradiação faz com que você esqueça a razão e faça coisas impossíveis aos olhos mortais”

“Uau!” Aijou estava perplexo com seu novo aprendizado...