ANO 5735 - O DESFECHO (Natal Celestial) Parte 06 – CHIKYUU

ANO 5735 - O DESFECHO

(Natal Celestial)

Parte 06 – CHIKYUU

Num piscar de olhos todos estavam lá. A construção ficava num lindo jardim, com diversos tipos de árvores espalhados por todos os lados, flores em todas as direções, lagos, bancos e pessoas de todos os tipos circulavam e descansavam por lá. E no meio desde jardim encantado se via Chikyuu, uma estrutura colossal, lembrando para alguns um cacho de uvas, para outros, bolhas de sabão numa superfície lisa, mas era espantosa a construção. As suas cores eram suaves e parecia que cada bolha iria explodir a qualquer momento.

Do grupo apenas Senchi-tashi esteve lá inúmeras vezes, ela acessa de maneira constante o banco de informações do setor de mitologia e estudava cada ser imaginário que a raça humana inventou, sua aparecia e costume. Muitos desses seres apesar de não aceito, era dito como real, como era o caso dos seres angelicais, elementares e Deus. Para a menina nada era estranho mesmo que cada vez que ela estivesse ali tivesse uma surpresa.

“Oh!” todos projetaram tal admiração.

Próximo ao prédio materializava seres estranhos, altos com corpo fluorescente, ele parecia deslizar e não andar sobre o gramado. Era alienígena em missão no Azul e junto com estes havia algo parecido com centauros, mas a parte humana do centauro era ocupada por um ser no mínimo engraçado, lembrava um bovídeo ou algo similar. A curiosidade das crianças foi despertada e procuraram informações.

Próximo ali tinha um senhor que ainda usava cabelo, algo engraçada naquele tempo. Ele mais parecia tão humano terrestre do que um nezumi. Era impossível não fita-lo e medi-lo. O senhor devia ter no máximo um metro sessenta, pele bem negra, cabelos na cabeça e face, ambos brancos, estava sentado num dos muitos bancos do jardim, ao seu lado um bastão de madeira tosco, que mais tarde eles saberiam que era uma bengala, roupa branca muito simples.

“Com licença, o senhor podia nos informar quem são aquelas pessoas? Elas não parecem estar moldando seus corpos astrais? Elas parecem ser assim mesmo!”

O senhor pigarreou e começou uma explanação:

“Os seres altos e fluorescentes são chamados de Tenshi, eles são enviados do Altíssimo para proteger os seus filhos”. As crianças faziam caras e bocas, Altíssimo quem seria este, mas por mais que eles projetassem suas duvidas o velhinho continua:

“Os Tenshi são uma espécie de anjos, mas são seres encarnados, enquanto os Anjos são seres de outra dimensão. A muitos milênios de anos os Tenshi foram enviados para a Terra com o objetivo de nos estudar, e ajudar-nos de forma passiva. O planeta deles a muito foi destruído.”

“Senhor desculpa interrompe-lo” era Denki falando como o velho falava.

“Meu nome é Denki, qual o nome do Senhor? O Senhor se comunica como os nossos antepassados!”

“Podem me chamar de Pai André, eu sou de um grupo de pessoas que mora numa colônia espiritual chamada Aruanda. Gosto de manter os costumes de quando eu vivi no Azul, isso ocorreu numa época que os humanos usavam outros humanos para serviço escravo.”

Todas as crianças ficaram assustadas, escravidão! O absurdo dos absurdos.

“Pai como foi que os Tenshi foram enviados para cá?”

“Bem meu filho, para o Pai nada é por acaso, quando os Tenshi habitavam o Planeta natal deles, eles eram lindos seres alados, a estrela que fornecia luz para aquele Planeta era de um vermelho intenso, então muitos estudiosos daqui do Azul chamado o planeta de Púrpura. Os seus habitantes começaram a fazer vôos entre os planetas a aprisionar e a escravizar outros povos e no seu planeta natal a poluição estava cada vez pior. Quando o planeta já estava um caos devido à poluição. Ocorreu uma guerra e poucos habitantes que estavam em vôos escaparam. Com a morte do Púrpura seus ex-habitante ficou sem lar e numa inspiração Dele eles resolveram ajudar os povos que eles tinham prejudicado. Foram milênios de anos voando pelo universo, e a gravidade e consangüinidade os deixaram de lindos seres alados e coloridos para lindos seres longilíneos e fluorescente, Esta historia é tão antigas filhos que eles, os Tenshi, ajudaram a mudar a rota de um astro celeste para que os moradores de outro Planeta, Capela, pudessem fazer a limpeza deste e não ser destruída.”

Os alunos estavam absortos nas informações do negro velho.

“Quando o correu o processo de limpeza do planeta Terra eles estavam presentes, eles ajudavam os povos de maneira silenciosa e muitos dos habitantes achavam que esses alienígenas eram ficção. Eles fizeram parte da egrégora de reparação da Terra e da mudança do nome desde para Azul. Segundo falam eles tem contato direto com os anjos de Deus”

“O Senhor Pai André já viu um anjo?” perguntava Aijou.

“Vocês crianças são meus anjos, a geração que quer o bem e a caridade. Anjo de asas eu nunca vi, mas sei que eles, assim como os santos, Orixás e Deus existem”

“Como sabe disso?” Bishounen e Bishoujo fizeram a mesma pergunta ao mesmo tempo, nesta altura da conversa a muito eles deixaram de usar a projeção de imagens e conversavam como se estivessem em corpos carnais.

“Meus queridos filhos, vocês vêem o ar? Não, mas ele esta aqui ao nosso redor, basta vocês pararem de respirar um pouco para ter certeza que ele existe. E graças o ar o Azul tem vida. Assim é Deus. Ele é como o ar. Às vezes Ele pode estar estático, outras pode ser uma brisa em nossa vida ou outras ele pode ser um furacão, mas Ele nunca será algo que não seja para o nosso bem. Para Ele o tempo não existe então essa nossa conversa talvez tenha sido programada por Ele”

A conversa foi interrompida quando aparece o Professor Platão.

“Querido mestre!” O professor Platão se ajoelhava aos pés do velhinho e beijava a sua mão e o velhinho com dificuldade levanta e sorrindo para o professor e o abraça.

“Meu menino você perdido por aqui, veio fazer alguma pesquisa Chikyuu?”

As crianças não sabiam explicar o que estava ocorrendo, como pode um velhinho que parou na evolução ser mestre do mestre mais conceituado daquela época?

“Crianças!” falou o professor Platão de forma solene e não projetada. “Este é o Senhor foi um grande trabalhador para ajudar na evolução do Azul, ele traz com ele a consciência plena de todas as encarnações dele e mesmo assim decide usar uma que foi escravo sabem por quê?”

“Por que ele acha-a bonita ou exótica” falou Senchi-tashi.

“Não porque ele representa a humildade e isso apenas os evoluídos fazem. Mestre sobre o que falavam?” o professor tinha se tornado aluno novamente.

“Querido Platão, falávamos dos Tenshi, pois hoje há muitos deles aqui e estão acompanhando os Uma-Ushi, é sabido que uma mudança esta próxima de ocorrer. Eles vieram aqui para uma reunião, pois como ocorreu no passado, toda a história do universo será afetada, mas eu não posso falar mais que isso.”

“Crianças, devido ao prazer que vocês me deram encontrar o Mestre Pai André, não ficarei irritado com vocês, mas tenham um adentro, o nobre mentor acredita em Anjos e Deus, e eu acreditarei apenas quando encontrá-los de frente.”

“Plantão meu filho posso sugerir algo para o encerramento de sua aula?”

“Claro meu querido mestre.”

“Sugiro que revemos os conceitos por você criados quando era Platão filosofo.” Falou o velho rindo

“Essa não, as crianças vão ficar entediadas”

“Eu guiarei a aula para você filho”

As crianças nada entendiam

“Meus filhos conheço Platão desde muitos milênios atrás, eu era Sócrates e meu pupilo se Chamava Platão. Ele fez tratados em todos os assuntos da epoca.

Platão falava:

“Tinha duas realidade: a inteligível que é imutavel e a sensível que são coisas que mudam nosso sentido. Tambem pregava que um mudo material era um rascunho do mundo das ideias.” “ É sobre isso que eu queria que a gente falasse para terminar a aula e voces poderam rapidamente passear pelas instalações de Chikyuu.”

Um nó de dava na cabeça de cada criança. Idéias sendo projetadas, divagações incoerentes.

“Um por vez projete uma idéia e uma questão, menos você Platão” falou o velho rindo de sua própria piada.

Senchi-tashi na mesma hora projetou a imagem de um lago enorme e sereno no pôr-do-sol. “A matéria e idéia depende do ponto de vista?”

Denki projeta um espelho de água muito límpido e focava a imagem dele em ambos os lados em tal rapidez que era impossível saber quem era o real e quem era o reflexo. “a nitidez da idéia influencia na matéria?”

Um vazio total é projetado, um buraco negro, este começa absorver imagens criadas aleatoriamente. Fune lança a duvida: “idéias caóticas podem causar destruição da matéria? Bishounen e Bishoujo projetaram em uma fração de segundo uma paisagem de um homem pintando uma mulher nua, Bishounen se colocando no papel da modelo e Bishoujo no papel do pintor. “A realidade é a pintura ou é a modelo ou é a idéia de cada um deles?”

Todos olharam para Aijou, ele nada projetava.

“Filho projete o que quiser” estimulou Pai André

E o menino projeta um planeta totalmente diferente do Azul, e neste planeta estava pessoas que precisava de ajuda e fora do planeta vendo tudo tinha uma pessoa muito, mas muito maior que o planeta com textos para cada personagem do Planeta “Se somos tão evoluídos por que não ajudar aqueles que partiram, ou nossa evolução não passa de uma evolução material?”

Cada um com a sua duvida em breve você despertaram, vão meus filhos e se divertida e que despertem bem com as graças Dele.

Todos se despediram do bom velhinho e partiram em disparada, apenas Aijou ficou para trás com mais duvidas que resposta.