ANO 5735 - O DESFECHO (Natal Celestial) Parte 01 - O DESPERTAR DA IDÉIA
ANO 5735 - O DESFECHO
(Natal Celestial)
Parte 01 - O DESPERTAR DA IDÉIA
O ano não importa qual seja. Há muito, os anos deixaram de ser contados com referencia ao nascimento de Jesus; como há muito, os anos deixaram de ser contado após o cataclismo global. O que importa na época atual era saber da nossa história para que não caíssemos nas asneiras de outrora e ajudar as outras criaturas do Azul.
O sol estava se pondo, quando a consciência do professor Platão entrou em sintonia com os alunos, meninos e meninas todos desdobrados para a sala e aula, todos tendo uma ligação mental compartilhando imagens. Cada qual no seu desdobramento vinha vestido como queria. De roupas de tecidos biodegradáveis da época a fantasias e alguns até na nudez total, já que o corpo humano ha muito deixou de ser visto como feio. E na sua maioria todos depilavam a cabeça num sinal de igualdade.
Naquele pôr-do-sol especifico a imagem projetada para todos pelo professor Platão de inicio foi de um homem de meia idade, vestindo calças de cor azul com tecido feito de fibra vegetal, camisa branca, lenço no bolso e carregava uma mala de metal ao lado e estava indo para um prédio, uma construção que a mais de 5.000 anos não se via.
“Quem pode dizer quem é este homem? Ou o que ele representa?”
E ali numa curva do circulo próximo a um carvalho um desdobrado que aparecia com um índio guarani projetou: “Zelador, pode ser usado como um adjetivo daquela pessoa que zela. Também pode ser usado como um Substantivo masculino significando, porteiro de edifício de apartamentos ou de escritórios. Mas esse a muito deixou de existir”
Todos os alunos e o professor emanaram irradiações de felicidades pela rapidez do pensamento de Aijou, o pequeno aluno de historia do Azul. Este tinha uma fixação pelo período de época de quando o grande Buda da Compaixão, Jesus Cristo, esteve entre os humanos e estes o elegeram como sendo um Deus ao invés de seguir os seus passos. Jesus tinha vindo para ensinar e não para fundar religiões. Para Aijou, não só os povos que conviveram com o Iluminado, mas também outros não citados nos relatos eram motivos de estudo. A memória cultural dos povos daquela época é motivo de paixão do pequeno Aijou, principalmente os povos pré-colombianos que habitavam uma região do planeta chamada de America do Sul.
Nisso é projetada uma palavra pelo professor Platão:
“Tirano, quem pode definir tal palavra?”
No mesmo instante, imagens apareciam e se apagavam, com uma paciência e rapidez, o professor Platão pede para outra idéia ser colocada:
“Bishounen!”
Todas as imagens pararam e a projeção dele foi desenvolvida:
“Amigos, para mim a palavra é um substantivo masculino que demonstrava homens com poderes absolutos sobre os povos, na historia pré-cristianismo foi definida pelos povos Gregos a muitos já extintos”
Cor fúcsia foi emanada pelo professor para elogiar tal interpretação.
“Bishoujo! Qual a sua interpretação para a palavra? Vamos ver se almas gêmeas tem idéias gêmeas!”
Cores mil apareceram nas telas mentais de tão engraçada que foi a piada do professor.
“Poderia mostrar lideres de épocas a muito esquecidas e até citar nomes como Hiparco, Nero, Maria Antonieta, Lideres espirituais com títulos de Papa, Heróis como Stalin ou Mao. Isso para mim e para o meu irmão seria fácil, mas, prefiro apenas mostrar apenas imagens.”
No mesmo momento, aparece uma linda criança em um pomar e um adulto vindo junto. A criança brincava com gravetos e pedras, até que numa mudança de coloração da paisagem o adulto, que em sugestão mental mostrava ser o pai da criança, começa a espancá-la.
“Isso ocorreu em uma vida que vivi ha mais de 4.000 anos atrás. Meu pai eu adquirimos dividas pelo amor doentio em outras vidas e nesta mostrada ele era tirano do próprio filho. Qualquer um que abusa da autoridade é tirano!”
O Professor emitia feixes de luz púrpura sobre os alunos, mesmo sendo seres muito evoluídos, ainda tinham muito das emoções humanas e compartilhar recordações dolorosas nem sempre era um processo fácil, pois podia trazer dores a muito esquecidas.
“Ótimo! agora quero que façamos uma ligação da imagem de Tirano e Zelador e veremos qual serão as nossas conclusões.” Instigou o professor.
Denki, um desdobrado nu que gostava de se pintar todo, levantou a mão, coisa que ninguém fazia naquela época, mas ele por ser “naturalista” gostava de gestos e movimentos e ainda usava em suas projeções palavras ditas e pensadas, mesmo que estas fossem mais lentas do que as palavras mentais.
“Fale Denki!”
Denki, ou melhor, sua projeção nua, que estava pintada de tons de azul, levantou de maneira teatral e foi ao centro. Desligou-se das conexões mentais de todos os alunos e do velho professor, forçando a todos a usarem os olhos, parte a muito não mais usada em desdobramentos.
“Nós, somos zeladores do planeta Azul, quando deixamos de usar o nome Terra para o nosso planeta e passamos a usar o nome Azul, começou um processo de limpeza do Planeta. Onde antes viviam tiranos, querendo dominar outros povos, seja por causa de sua cor, religião ou status social, seja por atos tão brutais como a violência a uma pessoa especifica, por esta ser diferente ou mais fraca. Hum... Quando finalmente aprendemos a viver, deixamos de ser tiranos e passamos a ser zeladores... De impositores passamos a ser cuidadosos, de egoístas passamos a ser altruístas e o mundo evoluiu.”
“Parabéns, Denki! Agora podemos começar a aula de hoje.