Perdão

Entre nós existe uma ponte. Uma ponte de estrelas. Enquanto eu vou caminhando lentamente em direção ao seu coração me distráio e perco o equilíbrio, mas não perco seu olhar estendido na imensidão do ceu entre as estrelas. A noite segue serena e eu sigo meu caminho cantando- sua música prefirida. Amargurando a desilusão por te esperar em vão. O que é aquilo? Me lembra a última vez que te vi, Quero olhar mais de perto. Me lembra seu fino e elegante semblante. Um passo após o outro até se aproximar, minha querida escorrega de meus dedos e agora permanece estática, perdida neste chão imundo, nosso mundo.

Não enchergo mais nada. corro o máximo que posso, até onde estas incapazes pernas deste ser infeliz não suportem mais. Reencontro aquele ar, aquele que um dia já me fizera tão bem. Ahh! como é bom voltar para casa. As portas se fecham as minhas costas.

E agora, já não me importa mais nada, pois já que meu coração vai molemente percorrendo nossa ponte, se distanciando nos braços de quem eu o entreguei. Incompleto, oco e renovado eu caminho rápidamente procurando meu caminho sobre esta manhã leve, que me faz parecer suspenso no ar.

Vamos logo com isto. Vai dar tudo certo.

Uma dor! Onde? Como? Quem está?

Não sei mais onde estou. Só me sinto leve, como a manhã.

Bergmann
Enviado por Bergmann em 02/10/2010
Reeditado em 06/11/2010
Código do texto: T2534486
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