A lei de Nakamura
PARTE I
Japão
Reza a lenda, que o espírito guerreiro da menina Nakamura,assombra as montanhas japonesas, fazendo justiça, e morte.
Por volta do ano de 1650, a família Nakamura, resolveu mudar-se para próximo das montanhas, onde seria mais viável, o trabalho para os homens, e o lago para as mulheres da família, lavarem suas trouxas, e roupas, e logo antes do topo, fluia a nascente cristalina.
Com o passar dos anos, a família foi diminuindo. Os velhos já haviam adormecido nesta vida.E sobrou somente Vadukka, e Tegushi, seu esposo.
Aconteceu que numa noite fria, e ventosa, Tegushi, não voltou para junto de sua esposa, sumiu misteriosamente, e nunca mais se ouviu falar.
Vadukka, descobriu que estava gestando a um mês, e não havia à quem recorrer.Sozinha nas montanhas, sobrevivendo com dificuldade.
Houve um certo dia, que um homem, pardo lhe bateu a porta,
pedindo poso, e dizendo estar perdido. Com fome, e sujo, implorando compaixão, Vadukka que tinha um coração bondoso, e uma alma pura,
se compadeceu do homem, que teve graça aos seus olhos.
Perguntou lhe o nome, e ele dissera: me chamo Pennay.
Passado uma semana, e visto que o homem tinha intenção de ficar,
Vadukka, lhe perguntou: o que desejas de mim, caro cavalheiro?
Ele sorriu e disse: és a dama mais bela, que já vi em toda a minha vida,
e está com cria para chegar, quero ficar junto de ti, e construir uma família.
Vadukka, que há tempos, varava a noite em pranto, cedeu ao moço.
E ficaram juntos. E meses depois nasceu um menino forte, e saudável, bonito, com os olhos de gato. E era Goy seu nome.
Passaram-se cinqüenta anos, e Goy já era homem feito, e tinha uma esposa dez anos mais nova, que lhe trazia a surpresa de aos quarenta anos, ter engravidado.
Mas numa noite, enquanto dormiam, ouviram passos ao derredor de casa, e Goy abriu os olhos, assustado.Pois naquele lugar não havia vizinhança, era um recôndito lugar.Levantou-se da cama, e foi caminhando em passos leves em direção à porta .. toc.. toc..
eram os passos no assoalho de madeira, e derrepente..
Foi surpreendido com quatro homens encapuzados de preto, chutando a porta, e gritando alto, fazendo acordar sua esposa Ikka.
E o homem que chefiava o bando, enfiou uma lança no crânio de Goy, que caiu de imediato ao chão goteirando sangue pela casa, com os olhos abertos, e no quarto um homem molestava sexualmente, Ikka que gritava as dores do parto, já era quase hora,da criança nascer, e os outros dois a seguravam forte, enquanto o outro saqueava os bens,na calada da noite.
E quando terminaram o furto, e o estupro, trancaram Ikka, no armário, pelo lado de fora. E foram embora.
Ikka estava esvaindo hemorrágica fraca, beirando para a morte, e deu a luz trancafiada no armário, juntamente com o seu último suspiro.
PARTE II
Reza a lenda, que os espíritos, da montanha, entraram na casa pelas laterais, iluminando com uma aurora multi-cores.
Nakamura cresceu, acompanhando os espíritos, que lhe ensinaram,
a sobreviver, e a lutar. Ela mudou-se para o topo, e a casa velha de seus antepassados, havia sido tombada, e transformada em pó.
Mas na menina era inesgotável a força, e a bravura, e a fervura nos olhos. Fez um forte, de pedras, e construiu uma pequena casinha, para si, e seus mestres. E acordava cedo, antes do galo, e ia buscar lenha, para manter-se aquecida, era bondosa, e meiga com os animais na floresta, e tinha um potro branco.
Seus cabelos eram negros, e grossos, sua pele era alva, seus olhos enigmáticos, e seu coração era parte pedra, parte carne.
Certo dia, quando estava no campo, com suas flores, e manhas,
teve uma visão, e ouviu vozes diferentes sussurando. Questionando sobre o passado da menina, que até então era guardado a sete chaves.
Correu o mais rápido que pode, assustada, com medo.
Pois desconhecia as vozes que diziam: "Quem é você?"
"Onde estão seus pais?","qualquer pessoa tem uma família."
Chegou a beira, do precipício e não tinha mais para onde correr,
foi naquela hora, que seus fantasmas apareceram, e lhe contaram sua história, a qual mantiam segredo, até o então momento.
E a menina Nakamura, encheu-se de ódio, e o céu fechou-se numa penumbra jamais vista na terra. E seus olhos eram brasas.
Correu até o forte, e o chão estremecia, ela era a alma, de seus antepassados reencarnados num só corpo.
Vestiu luto, e prendeu o cabelo com estacas finas e pontiagudas
de madeira.
Estava decidida a vingar o nome de sua família.
Mas não sabia quem eram os homens, que haviam barbarizado,
e assassinado sua família.
PARTE III
Partiu da montanha, montada em seu cavalo branco, pronta para fazer justiça, armada até os dentes, e com uma única intenção,
'vingança', e era um prato no qual ela, se deliciava e lambia os dedos.
Ficou por lá, durante alguns meses, infiltrada em uma pensão suja,
fedorrenta, ninho de ratos, e lagartos. Até que descobriu um nome,
Shukechan, o vilão maldito que tocara sua mãe.
E foi na bodega vagabunda, infestada, de homens barbados,
tarados, e bandidos de todas as espécies, que viu ele,
Shukechan, alma de enchofre, infernal, com os olhos malignos,
prestes a cometer o próximo ato profano..
Mas a garota Nakamura, foi mais esperta, em sua mente, já tinha traquinado um plano cruel. Arquitetado cada detalhe.
Fez com o dedo, chamando Shukechan, para conversar numa mesa,
deseja uma bebida moço belo?- perguntou ela com um sorriso,
fazendo cair da cadeira qualquer marmanjo.
Ele sacudiu a cabeça que sim, enquanto sacudia, as pulgas, e vermes,
que o seu corpo podre abrigava. Vamos para o meu quarto? -disse Nakamura.. ou melhor vamos para um local mais reservado?
Ele estava atônito, com todas as más intenções possíveis,
planejava agarra-la a força, e violenta-la, para sentir dor eternamente.
Da pior maneira como fez com sua pobre mãe.
Eram os instintos daquele psicopata maldito.
Sentir prazer na dor alheia.
Mas ele nem imaginava, a ligação, o grau de parentesco entre suas vítimas, e sequer recordava de suas maquiavélicas ações.
Venha disse ela, indo em direção ao matagal , já distante da vila,
tire sua roupas, hei de fazer um jogo contigo.
Usou de toda a sua coragem, para aguentar o cheiro daquele homem
que fedia a carne podre.
Ele depressa tirou a camisa,e as calças, e era repugnante,
os dias sem água e sabão.
Ela disse: coloque suas mãos para trás, vou amarrá-las e farei suas vontades, torturando-o de prazeres..
Mais que depressa ele colocou os braços, e ela amarrou forte,
e ele gostou da dor.
Então o céu fechou-se negro, e os trovões balançavam as casas,
e todo o povo correu para dentro de suas casas, em busca de abrigo,
e o vento atingia milhas, e os animais cercaram os dois,
e todos os olhos acenderam, e as almas, ressurgiram do pó,
a terra abriu uma fresta de fogo, e a família estava presente para o ato final, tirou as estacas afiadas, do cabelo pesado que caiu sobre os ombros, e disse num único tom de voz:
Honrarei o nome Nakamura, e farei justiça, como prova de vingança.
Encravou as estacas finas, e pontiagudas, no peito do homem, que morreu calado, aterrorizado, com as calças meladas, nu
logo após caiu na fresta o corpo, e a alma do mau,
e o céu abriu-se limpo, e as janelas, e tudo descansou,
até mesmo os espíritos na montanha..
Só não descansou a alma da menina Nakamura,
que passeia a cavalo, pelas cordilheiras, fazendo justiça,
e tremer a terra.. com seu espírito na montanha.
(( ficou ruim, e repetitivo , eu sei :D ))