No Ônibus

Estive pensando se realmente aquele homem estava fazendo o coisa certa. Ele mordia aquele ferro com tanto prazer que tal ato chegava a ser invejável. Seus dentes se quebravam e seus sangue coloria os cachos loiros de uma linda mulher sentada à frente. O contraste vermelho e dourado em seus cabelos me agradava. E o som, ah o som, da dor vinda do interior daquele homem que morde é imperceptivelmente estimulante.

Levantei-me, me abaixei e beijei um de seus dentes quebrados. Tinham gosto de vitória.