Ramalhete

Conta – se que uma mulher tinha um jarro de cristal muito bonito, mas não havia flores para nele colocar. Plantara uma roseira que florescera uma única vez e sua cor era branca, depois secara; vivia ela a contemplar o jarro sem viver.

Então um anjo visitou-a e lhe disse:

_ Por que estás triste?

_ Como podes falar comigo? Eu não existo!

_ É claro que existe; olhe tenho um presente pra você!

_ E se eu não gostar?

_ Vais gostar, é só olhar além de você.

_ Só vejo um jardim!

_ É pra você.

_ Onde vou colocar tantas flores? Meu jarro é pequeno.

_Não as colherá... é pra você cuidar.

_Não tenho curso de jardinagem.

_ O dono deste jardim, sabe, terás apenas que buscar água na fonte rega-lo e cuidar para que as ervas daninhas não sufoquem as flores.

_ È problemático, pois as arrancar as ervas daninhas posso espalhar grânulos de terra e ferir a sensibilidade das flores, serão como pedradas.

_ Não se preocupe... Elas entenderão.

_ E se eu for tentada a colher alguma?

¬¬¬¬¬¬¬_ Não devera desobedecer ao dono, fuja das tentações.

_ E se eu me cansar? Afinal um dia a fonte me parecerá longe.

_ Fale pro dono do jardim.

_ A mulher distraira-se ao contemplar o colorido do jardim, mas observara que faltava algo.

_Onde esta a rosa branca?

_ O dono a colheu para si.

_ E por que eu não os posso colher?

_ Não são pertença sua, você deverá apenas cuidar.

_ Quanto vou ganhar?

_ Muito mais que o dinheiro. Em cada desabrochar, em cada orvalhar de uma pétala verá o sorriso do dono estampado.

O anjo preparava-se para partir, quando a mulher o interrogou.

_Qual o nome da fonte?

_AMOR

_Onde fica?

_ No seu coração!

_Como faço para conversar com o dono?

_ A joelhe-se, eleve suas mãos para o céu e louve.

_Qual o nome do dono do jardim?

_DEUS.

Stéla Lúcia
Enviado por Stéla Lúcia em 10/04/2010
Reeditado em 26/08/2011
Código do texto: T2188672
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