RUA DA MADRUGADA
Nossa mente é um brinquedo que uma vez posto em movimento não se desliga pela simples vontade da pessoa. É um mecanismo que trabalha a vida toda sem descanso. Só muda de conformações. De dia domina a parte consciente, à noite, dormindo ou sonhando acordado, manda o inconsciente. É isso que sou neste momento. Massa inconsciente de nervos músculos e carne andando pela rua da madrugada. A Rua João parece aquela estrada lenta em que os caminhos se fundem, do soneto do Drummond. Comprida rua que não acaba nunca mais. Rua vazia, sem vida.
Até parece que o mundo se acabou. No número 48 morou uma japonesinha bonitinha que eu gostaria de ter namorado, mas não consegui. A família não deixou. Me chamavam de Gaijin. Na época não sabia o que significava, hoje sei, mas de que adianta agora essa sabedoria? A japinha sumiu, não sei por onde anda, e se soubesse também de que me serviria essa outra sabedoria?
Parou o tempo ou as casas petrificaram? Antigamente elas faziam fofocas de seus donos. “ Aqui mora fulano de tal, que não dá no couro e por isso a mulher dele embarca em qualquer cantada”. “ Aqui mora aquele cara que passou a mão na grana da prefeitura e comprou uma mansão no Guarujá.” “O careca corno que compensa os chifres comendo aquela moreninha da Diogo Oliver mora aqui.” Antigamente a gente escutava esses papos quando passava de madrugada por essas ruas e olhava as fachadas das casas. Mas hoje elas estão todas mudas. Parece que a noite mitigou todos os sons deixando só a minha voz interna para me atazanar. O mundo está vazio surdo e mudo. A noite comeu a vida. A noite um é minotauro que exige sacrifícios. O poeta tinha razão. É preciso sacrificar à noite. Poetas, pagai tributo à noite, para que ao menos vós sejais poupados!
Mas quem souber que me diga por que esses semáforos idiotas são tão sérios. Trabalham a noite inteira sem necessidade. Dá pena ver a sintonia a regularidade e a responsabilidade com que fazem o seu inútil trabalho de tentar deter os homens. Vermelho: trinta segundos. Amarelo: quinze. Verde: um minuto. Se alguém obedecesse a esses comandos ainda valeria a pena... Maternidade da Mãe Pobre. Custa dez contos fazer um parto ai. Meu salário por ano não chega a tanto...
Pensamentos que vão e voltam como uma bolinha de ping- pong. A Rua São João é o Patmos e a prancha do pirata. No fim desta rua terei que pular ou pedir perdão. Isso se não vier a Revelação ou os Quatro Cavaleiros para acabar com tudo de vez.
Algemado à minha origem
E algumas roupas compradas a crediário
Subo a São João sem qualquer afeto.
Sem dinheiro ou novidades
Me despeço da noite
Sem fazer qualquer reivindicação.
Há perspectiva de uma parada
Na padaria do Seu Joaquim.
Aberta às cinco da manhã
Faz o pão que vou comer às onze,
Quando o corpo a língua e o fígado
Estiverem plenamente recuperados
Desta fadiga desnecessária
Que os meus hábitos de boêmia
Vivem teimando em lhes impor.
O último rabo – de – galo tomo sozinho.
Tomei seis com o Xexéu olhos – de – peixe,
Incorrigível filósofo de botequim.
Como é fácil ser boêmio aos vinte e pouco
Quando não se tem responsabilidade e reumatismo.
Chego á minha casinha na Rua Marechal Floriano. Meu quarto, quadradinho de três por três, só cabe a minha cama e meu guarda-roupa. Também para que preciso de um guarda-roupa? Só tenho umas três mudas. Poderia bem pendurar tudo em pregos. Vou pensar nisso quando acordar. Chuto os sapatos úmidos para baixo da cama. Finalmente despido, mas ainda ligado, o sono, aquele amigo que nos faz esquecer um pouco de nós mesmos teima em não chegar. Não adianta chamá-lo. Ele não ouve, ele vem quando quer. O cigarro, esse outro bom e tão mal falado amigo só consegue embrulhar ainda mais o meu estomago. Abro a janela e olho o céu. A Aurora, surgindo no horizonte, parece um sorriso de mulher. Deixo meu corpo na cama e salto pela janela pequenina. Estou voando de encontro à ultima estrelinha que ainda resiste à invasão do sol. Ela é, na verdade, um pequeno aste-róide. Sento-me nele, faço posição de pensador. Sinto-me o próprio Pequeno Príncipe. Olho a cidade, milhões de metros abaixo dos meus pés.
Deste sítio vejo as luzes. Milhares,
Milhões de pequeninos vagalumes,
―Uma luz para cada homem
―Nenhuma delas com meu nome!
Será obrigatória a escuridão?
Ainda a pouco quase trombei num cometinha.
Certo não é luz que se prenda numa tocha
Mas é uma luz em que se pode cavalgar.
Mas quem precisa de um cometa?
Eu só quero um cavalo branco
Que se destaque na escuridão.
Não para fugir a galope na noite imensa
Mas para abrir a parada necessária.
E porque uma parada?
Quem deseja seguidores?
Quero só uns poucos amigos
Que fiquem calados ao meu lado
Mas mostrem muita solidariedade.
Amigos, cujas faces determinadas
Sejam capazes de morrer por uma flor.
Olhem que não peço muito.
Basta que cheguem na hora certa
E não sejam inapetentes
Para sorver comigo o vinho
As mágoas e as confidências.
Sentado no asteróide miro meu corpo, estirado na cama. Tenho pena de mim. Não voltaria para mim se não tivesse um contrato com a vida para cumprir. De onde estou posso amassar barro e fazer outro corpo. Imagino um arquétipo. Dizem que o homem foi feito à imagem e semelhança de um arquétipo celeste chamado Adão Kadmon. Ouvi isso de um sujeito que se dizia cabalista. Não sei que diabo é isso, mas ele me mostrou um desenho de homem feito pelo Leonardo da Vinci onde todas as partes do corpo do cara guardavam geométricas proporções entre si. Achei o molde perfeito. Faço o molde e cozinho o barro num forno de fogo vivo. Pronta a obra sopro nas narinas dele. O sopro é um vento que traz a chuva. De novo a chuva. A chuva encharca o barro e ele se torna uma massa de lama sangue e sal. O vento sopra forte e a massa liquida salgada e sangrenta ruge e encapela. Eis que eu estou escorrendo, como enxurrada, pelas ruas desertas. Rua São João, Paulo Frontin, Dr. Deodato, Barão de Jaceguai, Rua Brás Cubas, Avenida Voluntário Pinheiro Franco. Sou vento, noite, chuva, rio, orvalho, neblina, rio e pássaro.
Há um instante e mais outro
Em que tentas recompor os traços
Daquele que pensas ser teu desenho.
É um instante fulgurante
Em que a vida, como num flash,
Te parece presa num retrato.
É rápida a visão do sonho.
O instantâneo enquadrado
Não mostram os gênios maléficos
Que nas sombras se ocultam
E retornam quadruplicados
Para te pegar desprevenido.
Torturam-no e escarnecem de ti.
Riem dos teus sonhos de Prometeu.
E formas, que de Dante se esconderam
A ti se mostram na plenitude
Usando rostos que se parecem com teu pai.
Ai de mim que busquei intimidade com a noite. Tenho que encarar seus espectros e suportar os escárnios deles. O sono ainda pesa nas pálpebras, mas eu vejo nas sombras do quarto a invasão de uma réstia de luz. Escuto o tamborilar da chuva no telhado. Há uma goteira no meu quarto. Alguém colocou um balde no chão. Um pingo cai, depois outro e mais outro e aquele verso do Drummond zumbe no meu ouvido como se fosse um incomodo pernilongo. “A chuva pingando desenterrou o meu pai.”
Andei na chuva por enfado.
Aquela chuva que desenterrou
O pai do meu poeta preferido
Desencavou também o meu.
Eu o vi levantar-se, nada disse.
― Porém seus olhos....
Tentei abraçá-lo, perguntar a que vinha
Onde andara e o que fizera.
Talvez pudesse dizer as coisas que não sei
As coisas que procurava,
Na rua, depois da chuva.
Meu abraço só cercou o vácuo,
Mas meu coração o ouviu dizer
Que não há nada na noite
Além dos fantasmas que a mente libera
Quando se dorme martirizado.
O sol feriu-me o rosto entrando pela pequenina janela aberta.
No relógio, os ponteiros marcavam doze horas de um domingo qualquer. Olhei para fora. A chuva passara. Escutei o frigir de alguma coisa na pequena cozinha que ficava ao lado do meu quarto. Olhei de relance para o retrato do meu pai, pendurado na parede suja, desbotado pelo tempo e pelo esquecimento. Meu olhar ousou no pequeno buraco no telhado, por onde uma restiazinha de sol entrara e encapsulara partículas de poeira em suspensão.
Minha cabeça rodava e minha língua era uma amargura só.
―Que droga, murmurei.
No número cento e oitenta e nove
Da Rua Marechal Floriano
Um garoto atirou a pedra
Que quebrou aquela telha.
A chuva penetrou no quarto
E desbotou o retrato do meu pai.
Salvaram-se os olhos
Que me perseguem por toda parte.
Minha mãe, fritando pimentões verdes
Não notou o amarelo do meu rosto.
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DO LIVRO NOITE, VENTO E CHUVA- CRÔNICA DA CIDADE AMADA, PUBLICADO PELA EDIGRAF, SÃO PAULO, 1986 ( ESGOTADO)
Nossa mente é um brinquedo que uma vez posto em movimento não se desliga pela simples vontade da pessoa. É um mecanismo que trabalha a vida toda sem descanso. Só muda de conformações. De dia domina a parte consciente, à noite, dormindo ou sonhando acordado, manda o inconsciente. É isso que sou neste momento. Massa inconsciente de nervos músculos e carne andando pela rua da madrugada. A Rua João parece aquela estrada lenta em que os caminhos se fundem, do soneto do Drummond. Comprida rua que não acaba nunca mais. Rua vazia, sem vida.
Até parece que o mundo se acabou. No número 48 morou uma japonesinha bonitinha que eu gostaria de ter namorado, mas não consegui. A família não deixou. Me chamavam de Gaijin. Na época não sabia o que significava, hoje sei, mas de que adianta agora essa sabedoria? A japinha sumiu, não sei por onde anda, e se soubesse também de que me serviria essa outra sabedoria?
Parou o tempo ou as casas petrificaram? Antigamente elas faziam fofocas de seus donos. “ Aqui mora fulano de tal, que não dá no couro e por isso a mulher dele embarca em qualquer cantada”. “ Aqui mora aquele cara que passou a mão na grana da prefeitura e comprou uma mansão no Guarujá.” “O careca corno que compensa os chifres comendo aquela moreninha da Diogo Oliver mora aqui.” Antigamente a gente escutava esses papos quando passava de madrugada por essas ruas e olhava as fachadas das casas. Mas hoje elas estão todas mudas. Parece que a noite mitigou todos os sons deixando só a minha voz interna para me atazanar. O mundo está vazio surdo e mudo. A noite comeu a vida. A noite um é minotauro que exige sacrifícios. O poeta tinha razão. É preciso sacrificar à noite. Poetas, pagai tributo à noite, para que ao menos vós sejais poupados!
Mas quem souber que me diga por que esses semáforos idiotas são tão sérios. Trabalham a noite inteira sem necessidade. Dá pena ver a sintonia a regularidade e a responsabilidade com que fazem o seu inútil trabalho de tentar deter os homens. Vermelho: trinta segundos. Amarelo: quinze. Verde: um minuto. Se alguém obedecesse a esses comandos ainda valeria a pena... Maternidade da Mãe Pobre. Custa dez contos fazer um parto ai. Meu salário por ano não chega a tanto...
Pensamentos que vão e voltam como uma bolinha de ping- pong. A Rua São João é o Patmos e a prancha do pirata. No fim desta rua terei que pular ou pedir perdão. Isso se não vier a Revelação ou os Quatro Cavaleiros para acabar com tudo de vez.
Algemado à minha origem
E algumas roupas compradas a crediário
Subo a São João sem qualquer afeto.
Sem dinheiro ou novidades
Me despeço da noite
Sem fazer qualquer reivindicação.
Há perspectiva de uma parada
Na padaria do Seu Joaquim.
Aberta às cinco da manhã
Faz o pão que vou comer às onze,
Quando o corpo a língua e o fígado
Estiverem plenamente recuperados
Desta fadiga desnecessária
Que os meus hábitos de boêmia
Vivem teimando em lhes impor.
O último rabo – de – galo tomo sozinho.
Tomei seis com o Xexéu olhos – de – peixe,
Incorrigível filósofo de botequim.
Como é fácil ser boêmio aos vinte e pouco
Quando não se tem responsabilidade e reumatismo.
Chego á minha casinha na Rua Marechal Floriano. Meu quarto, quadradinho de três por três, só cabe a minha cama e meu guarda-roupa. Também para que preciso de um guarda-roupa? Só tenho umas três mudas. Poderia bem pendurar tudo em pregos. Vou pensar nisso quando acordar. Chuto os sapatos úmidos para baixo da cama. Finalmente despido, mas ainda ligado, o sono, aquele amigo que nos faz esquecer um pouco de nós mesmos teima em não chegar. Não adianta chamá-lo. Ele não ouve, ele vem quando quer. O cigarro, esse outro bom e tão mal falado amigo só consegue embrulhar ainda mais o meu estomago. Abro a janela e olho o céu. A Aurora, surgindo no horizonte, parece um sorriso de mulher. Deixo meu corpo na cama e salto pela janela pequenina. Estou voando de encontro à ultima estrelinha que ainda resiste à invasão do sol. Ela é, na verdade, um pequeno aste-róide. Sento-me nele, faço posição de pensador. Sinto-me o próprio Pequeno Príncipe. Olho a cidade, milhões de metros abaixo dos meus pés.
Deste sítio vejo as luzes. Milhares,
Milhões de pequeninos vagalumes,
―Uma luz para cada homem
―Nenhuma delas com meu nome!
Será obrigatória a escuridão?
Ainda a pouco quase trombei num cometinha.
Certo não é luz que se prenda numa tocha
Mas é uma luz em que se pode cavalgar.
Mas quem precisa de um cometa?
Eu só quero um cavalo branco
Que se destaque na escuridão.
Não para fugir a galope na noite imensa
Mas para abrir a parada necessária.
E porque uma parada?
Quem deseja seguidores?
Quero só uns poucos amigos
Que fiquem calados ao meu lado
Mas mostrem muita solidariedade.
Amigos, cujas faces determinadas
Sejam capazes de morrer por uma flor.
Olhem que não peço muito.
Basta que cheguem na hora certa
E não sejam inapetentes
Para sorver comigo o vinho
As mágoas e as confidências.
Sentado no asteróide miro meu corpo, estirado na cama. Tenho pena de mim. Não voltaria para mim se não tivesse um contrato com a vida para cumprir. De onde estou posso amassar barro e fazer outro corpo. Imagino um arquétipo. Dizem que o homem foi feito à imagem e semelhança de um arquétipo celeste chamado Adão Kadmon. Ouvi isso de um sujeito que se dizia cabalista. Não sei que diabo é isso, mas ele me mostrou um desenho de homem feito pelo Leonardo da Vinci onde todas as partes do corpo do cara guardavam geométricas proporções entre si. Achei o molde perfeito. Faço o molde e cozinho o barro num forno de fogo vivo. Pronta a obra sopro nas narinas dele. O sopro é um vento que traz a chuva. De novo a chuva. A chuva encharca o barro e ele se torna uma massa de lama sangue e sal. O vento sopra forte e a massa liquida salgada e sangrenta ruge e encapela. Eis que eu estou escorrendo, como enxurrada, pelas ruas desertas. Rua São João, Paulo Frontin, Dr. Deodato, Barão de Jaceguai, Rua Brás Cubas, Avenida Voluntário Pinheiro Franco. Sou vento, noite, chuva, rio, orvalho, neblina, rio e pássaro.
Há um instante e mais outro
Em que tentas recompor os traços
Daquele que pensas ser teu desenho.
É um instante fulgurante
Em que a vida, como num flash,
Te parece presa num retrato.
É rápida a visão do sonho.
O instantâneo enquadrado
Não mostram os gênios maléficos
Que nas sombras se ocultam
E retornam quadruplicados
Para te pegar desprevenido.
Torturam-no e escarnecem de ti.
Riem dos teus sonhos de Prometeu.
E formas, que de Dante se esconderam
A ti se mostram na plenitude
Usando rostos que se parecem com teu pai.
Ai de mim que busquei intimidade com a noite. Tenho que encarar seus espectros e suportar os escárnios deles. O sono ainda pesa nas pálpebras, mas eu vejo nas sombras do quarto a invasão de uma réstia de luz. Escuto o tamborilar da chuva no telhado. Há uma goteira no meu quarto. Alguém colocou um balde no chão. Um pingo cai, depois outro e mais outro e aquele verso do Drummond zumbe no meu ouvido como se fosse um incomodo pernilongo. “A chuva pingando desenterrou o meu pai.”
Andei na chuva por enfado.
Aquela chuva que desenterrou
O pai do meu poeta preferido
Desencavou também o meu.
Eu o vi levantar-se, nada disse.
― Porém seus olhos....
Tentei abraçá-lo, perguntar a que vinha
Onde andara e o que fizera.
Talvez pudesse dizer as coisas que não sei
As coisas que procurava,
Na rua, depois da chuva.
Meu abraço só cercou o vácuo,
Mas meu coração o ouviu dizer
Que não há nada na noite
Além dos fantasmas que a mente libera
Quando se dorme martirizado.
O sol feriu-me o rosto entrando pela pequenina janela aberta.
No relógio, os ponteiros marcavam doze horas de um domingo qualquer. Olhei para fora. A chuva passara. Escutei o frigir de alguma coisa na pequena cozinha que ficava ao lado do meu quarto. Olhei de relance para o retrato do meu pai, pendurado na parede suja, desbotado pelo tempo e pelo esquecimento. Meu olhar ousou no pequeno buraco no telhado, por onde uma restiazinha de sol entrara e encapsulara partículas de poeira em suspensão.
Minha cabeça rodava e minha língua era uma amargura só.
―Que droga, murmurei.
No número cento e oitenta e nove
Da Rua Marechal Floriano
Um garoto atirou a pedra
Que quebrou aquela telha.
A chuva penetrou no quarto
E desbotou o retrato do meu pai.
Salvaram-se os olhos
Que me perseguem por toda parte.
Minha mãe, fritando pimentões verdes
Não notou o amarelo do meu rosto.
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DO LIVRO NOITE, VENTO E CHUVA- CRÔNICA DA CIDADE AMADA, PUBLICADO PELA EDIGRAF, SÃO PAULO, 1986 ( ESGOTADO)