O quarto Escuro
O sono não vem, e na calada da noite ouço o som do vento batendo nas folhas das árvores lá fora.
A insônia é uma parceira fiél, e lá dento d mim uma dor intediante, uma dor interminável e intolerante.
Sentada sob a cama em frente ao espelho, noto nos olhos algumas feridas no peito, é um canal dos olhos que dá acesso ao coração.
Todos já foram dormir, e a busca apressada de um alívio para todo tédio é sem fim.
No vidro da janelas escorrem as primeiras gotas da chuva que caem, os reflexos dos raio invadem o meu sombrio e escuro quarto.
Por alguns minutos encaro meu rosto no espelho e percebo a semelhança entre o abismo dos meus olhos e a escuridão que aqui me cerca.
Com as mãos na cabeça, e a cabeça entre os joelhos escorrem da minha face lágrimas que molham o colchão.
No peito batimentos fortes e respirações ofegantes...
Desencosto minhas costas da parede em um movimento lento, saio da cama descalço e caminho em direção a janela, o chão está frio!
Chego até a janela, passo as mãos no vidro embaçado e tento daqui observar o céu, está tudo roxeado e tão bonito.
Encosto minhas mãos na janela e meu rosto levemente ao vidro, as gotas no vidro embaçadas misturam-se com as lágrimas do meu rosto.
Em uma mão fechada uma foto, na garganta... Um grito, No peito? um espinho, e no olhar muitas lágrimas.