O quarto Escuro

O sono não vem, e na calada da noite ouço o som do vento batendo nas folhas das árvores lá fora.

A insônia é uma parceira fiél, e lá dento d mim uma dor intediante, uma dor interminável e intolerante.

Sentada sob a cama em frente ao espelho, noto nos olhos algumas feridas no peito, é um canal dos olhos que dá acesso ao coração.

Todos já foram dormir, e a busca apressada de um alívio para todo tédio é sem fim.

No vidro da janelas escorrem as primeiras gotas da chuva que caem, os reflexos dos raio invadem o meu sombrio e escuro quarto.

Por alguns minutos encaro meu rosto no espelho e percebo a semelhança entre o abismo dos meus olhos e a escuridão que aqui me cerca.

Com as mãos na cabeça, e a cabeça entre os joelhos escorrem da minha face lágrimas que molham o colchão.

No peito batimentos fortes e respirações ofegantes...

Desencosto minhas costas da parede em um movimento lento, saio da cama descalço e caminho em direção a janela, o chão está frio!

Chego até a janela, passo as mãos no vidro embaçado e tento daqui observar o céu, está tudo roxeado e tão bonito.

Encosto minhas mãos na janela e meu rosto levemente ao vidro, as gotas no vidro embaçadas misturam-se com as lágrimas do meu rosto.

Em uma mão fechada uma foto, na garganta... Um grito, No peito? um espinho, e no olhar muitas lágrimas.

Beatriz Uyara
Enviado por Beatriz Uyara em 03/03/2010
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