Doce Cotidiano Angustiante

De repente a cadeira de aço frio, madeira quente queimou, Druggy nela sentado correu até a varanda, na parede escalou, olhou o jardim, as flores lilás com laranja contrastavam com as avuletas verde-neon, preto-cinza.

Aquele tomate rubi na bancada do comedor fez “trim-trim”. Ele atendeu: - Hey? Responderam: - Manda uma pizza de anchovas sem anchovas, com pouca cebola e muito açúcar! Druggy entediado logo vociferou: - Com ou sem sandálias? Marta, sua mãe, calou-lhe num palavrão: - Seu bola murchas! E ele desligou.

Naquela calçada xadrez: preto e pink, um TOC lhe angustiava:

- Merda! Porque tantos rosas e nenhum laranja?!

Ao trabalho havia um mês que não levava as calças jeans azuis, por lá Sofia sempre o esquerdo lhe saltara, enfim, todas têm um maior que o outro, mas, nem todas usavam essa calcinha de renda vermelha-sangue e rasgava-lhe a samba-canção durante a cesta plebéia.

Novamente entediado, refletia-lhe a face o doce laranja-levemente-rosado sol sonolento, água-de-coco a parte, buzinavam a todo lado, e logo estressado jogou-se no mar. Roupas boiavam, crianças choravam, policiais logomente espancavam-no, e Druggy para a caverna-doce-caverna inxado dormia.

Frido Duarte
Enviado por Frido Duarte em 27/02/2010
Código do texto: T2110996
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