Tela de Jim Warren
O SINAL
Éramos muito amigos.
Luiz e eu trabalhávamos na mesma empresa, ele diretor, eu o gerente administrativo e financeiro.
Participávamos de muitos eventos e festividades, em vários Estados, na região e em nossa pequena e próspera cidade.
O cara era um bom cristão, quase entrara para a ordem dos Maristas, eu?... um cético, agnóstico e contestador.
Por vezes discutíamos sobre nossas divergências.
Certo dia fizemos um pacto: "aquele que morrer primeiro dará um sinal ao outro de que existe algo após a morte."
Selamos o pacto macabro com um brinde e um aperto de mão.
Tres meses e alguns dias após, Luiz faleceu repentinamente de um aneurisma cerebral.
Todos sentimos muito a perda daquele garoto risonho de 48 anos.
Bem, muito tempo se passou...
No início da semana passada viajei ao litoral, queria ficar a sós por alguns dias.
Aluguei uma casa n'um local ermo, cercada por belíssima vegetação nativa com uma vista lindíssima para os rochedos e o mar.
Na madrugada de ontem acordei-me com o uivar de cães.
E, alguém batia insistentemente na porta.
Quem seria?
Estranhei pois eram 3 horas da madrugada, não haviam vizinhos por perto, sequer rua pública, eu havia trancado o portão da isolada moradia.
Por precaução, não acendi luzes e cauteloso levantei-me, preocupado.
Afastei levemente a cortina da sala e espiei.
Suor frio cobriu-me o rosto.
A lua cheia lançava seu brilho sobre o mar e as cercanias.
Silêncio profundo na calmaria.
De repente o farfalhar intenso das folhagens, o frio percorrendo meu corpo, e, a inusitada visão, o flash do rosto de meu amigo que balançava a cabeça afirmativamente.
Seria o sinal?
O SINAL
Éramos muito amigos.
Luiz e eu trabalhávamos na mesma empresa, ele diretor, eu o gerente administrativo e financeiro.
Participávamos de muitos eventos e festividades, em vários Estados, na região e em nossa pequena e próspera cidade.
O cara era um bom cristão, quase entrara para a ordem dos Maristas, eu?... um cético, agnóstico e contestador.
Por vezes discutíamos sobre nossas divergências.
Certo dia fizemos um pacto: "aquele que morrer primeiro dará um sinal ao outro de que existe algo após a morte."
Selamos o pacto macabro com um brinde e um aperto de mão.
Tres meses e alguns dias após, Luiz faleceu repentinamente de um aneurisma cerebral.
Todos sentimos muito a perda daquele garoto risonho de 48 anos.
Bem, muito tempo se passou...
No início da semana passada viajei ao litoral, queria ficar a sós por alguns dias.
Aluguei uma casa n'um local ermo, cercada por belíssima vegetação nativa com uma vista lindíssima para os rochedos e o mar.
Na madrugada de ontem acordei-me com o uivar de cães.
E, alguém batia insistentemente na porta.
Quem seria?
Estranhei pois eram 3 horas da madrugada, não haviam vizinhos por perto, sequer rua pública, eu havia trancado o portão da isolada moradia.
Por precaução, não acendi luzes e cauteloso levantei-me, preocupado.
Afastei levemente a cortina da sala e espiei.
Suor frio cobriu-me o rosto.
A lua cheia lançava seu brilho sobre o mar e as cercanias.
Silêncio profundo na calmaria.
De repente o farfalhar intenso das folhagens, o frio percorrendo meu corpo, e, a inusitada visão, o flash do rosto de meu amigo que balançava a cabeça afirmativamente.
Seria o sinal?