... Continuação dos capítulos anteriores postados aqui no Recanto.
A lenda de Hiphitusi
25. A passagem
Após entrarem um grande salão submerso se abriu a frente deles.
Vanuzia acariciou uma das paredes lisas, sem emendas, aparentemente de um tom cinza abaixo da camada de algas que a tornava a distância um pouco esverdeada.
Após olharem com mais atenção encontraram num dos cantos próximos ao teto, na parede a frente, uma pequena saliência em forma de quadrado. Este local estava mais limpo, como se aparentemente não estivesse por tantos anos exposta às ações do tempo, e no seu centro havia um botão redondo e da cor das paredes.
Roi não pode deixar de pensar que isso poderia ter alguma ligação com os mecanismos que eles acionaram no Lar da Pedra do Peru.
Kedaf encontrou do lado oposto, no canto direito, uma outra saliência idêntica com o mesmo botão no centro. Ficou claro que estes botões seriam a chave para continuarem.
Nos cantos inferiores existiam também outras duas saliências, cada qual com seu botão.
Se reuniram no centro e ao se comunicarem através de sinais, decidiram fazer um teste. Os escolhidos foram Roi e Vanuzia, por se moverem mais rapidamente na água. Ambos seguiram cada um para os cantos superiores e olharam para Kedaf que deu um sinal. Apertaram juntos os botões.
Nada aconteceu, somente uma luz vermelha se acendeu em cada botão, mas cerca de 10 segundos depois essas luzes se apagaram. Kedaf fez um gesto com as mãos para eles que indicava que teriam que acender as quatro luzes.
As paredes tinham cerca de vinte metros de altura por 30 de comprimento. Seria uma tarefa difícil de cumprir devido a distância e não queriam envolver mais ninguém, pois não tinham idéia do que de fato iriam descobrir e quanto menos pessoas envolvidas melhor.
Roi, como sempre criativo, sugeriu uma manobra para a exploradora, que imaginou que poderia dar certo. Ficaram com as nadadeiras próximas aos botões dos cantos inferiores, de costa para a parede. Ao sinal de Kedaf, cutucaram com o calcanhar os botões e nadaram rapidamente até os cantos superiores, conseguindo apertar a tempo os outros botões.
Novamente nada aconteceu.
Kedaf cronometrou o tempo e percebeu que os quatro botões permaneceram acesos por aproximadamente vinte segundos, sugerindo em sua mente que eles tinham que continuar a tarefa. Sinalizou essa informação para ambos, que retornaram a posição inicial.
Novamente apertaram os dois primeiros botões, depois os dois de cima, retornaram para baixo e apertaram outras vez os botões inferiores que mudaram para um tom alaranjado e ao olharem rapidamente para Kedaf, este pediu que continuassem. Subiram e apertaram os de cima que também mudaram de cor e retornaram para baixo e os pressionaram, agora mudando para cor verde e continuaram nesse ritmo.
O falso príncipe notou que quando os quatro botões ficaram alaranjados, uma pequena passagem circular surgiu no centro da parede e uma nova parede começou a subir atrás dele vagarosamente, fechando a entrada do local.
Podia ser uma armadilha, pensou, mas podia também ser a única chance que eles teriam. Quando todos os botões ficaram no tom verde, a passagem ao centro tornou-se um pouco maior, do tamanho de uma bola de basquete. Dava para notar um ambiente iluminado através da passagem. Kedaf se aproximou lentamente enquanto os outros agora mudavam a cor dos botões inferiores para azul e subiam para os outros dois.
A nova parede da entrada já estava quase no teto quando Kedaf começou a seguir pela passagem com os braços estendidos e quando os botões todos ficaram azuis ele conseguiu passar o corpo e desapareceu pela passagem.
Assim que ele passou, uma oscilação na água chamou a atenção de Roi e Vanuzia que já estavam nadando novamente para baixo. Pararam assustados e perceberam que o nível da água baixava rapidamente, sendo escoada por cavidades que se abriram junto às paredes laterais. Procuram por Kedaf e não o encontraram em lugar nenhum, e assim que a água baixou toda, os deixando em pé e fatigados pelo esforço do trabalho, perceberam que a porta principal desaparecera atrás de uma nova parede e as cavidades que serviram para sugar a água também sumiram, deixando para trás um clique alto.
Deu tempo ainda de verem uma pequena passagem no centro que diminuía, enquanto as luzes dos botões passavam do verde para o laranja, até ela sumir de vez quando os botões alcançaram o tom vermelho e por fim se apagaram.
Retiraram as máscaras e a proteção da cabeça e se abraçaram. Juntos foram até a parede que agora bloqueava a saída e Roi retirou de sua mochila o Terceiro Quarto e o encaixou no seu lugar, num relevo prateado que existia no centro da parede.
Riu e falou debochadamente.
-- Bom, só faltam as outras três partes!
Como que para confirmar as palavras dele, um quarto da parede na parte inferior esquerda se iluminou e ganhou uma tonalidade verde, depois começou a se apagar muito lentamente.
Verde esperança! – Pensou Vanuzia enquanto a parede voltada a sua cor original, de um cinza sem vida.
Clique abaixo para ler a continuação:
26. Sozinhos
http://www.jgcosta.prosaeverso.net/
A lenda de Hiphitusi
25. A passagem
Após entrarem um grande salão submerso se abriu a frente deles.
Vanuzia acariciou uma das paredes lisas, sem emendas, aparentemente de um tom cinza abaixo da camada de algas que a tornava a distância um pouco esverdeada.
Após olharem com mais atenção encontraram num dos cantos próximos ao teto, na parede a frente, uma pequena saliência em forma de quadrado. Este local estava mais limpo, como se aparentemente não estivesse por tantos anos exposta às ações do tempo, e no seu centro havia um botão redondo e da cor das paredes.
Roi não pode deixar de pensar que isso poderia ter alguma ligação com os mecanismos que eles acionaram no Lar da Pedra do Peru.
Kedaf encontrou do lado oposto, no canto direito, uma outra saliência idêntica com o mesmo botão no centro. Ficou claro que estes botões seriam a chave para continuarem.
Nos cantos inferiores existiam também outras duas saliências, cada qual com seu botão.
Se reuniram no centro e ao se comunicarem através de sinais, decidiram fazer um teste. Os escolhidos foram Roi e Vanuzia, por se moverem mais rapidamente na água. Ambos seguiram cada um para os cantos superiores e olharam para Kedaf que deu um sinal. Apertaram juntos os botões.
Nada aconteceu, somente uma luz vermelha se acendeu em cada botão, mas cerca de 10 segundos depois essas luzes se apagaram. Kedaf fez um gesto com as mãos para eles que indicava que teriam que acender as quatro luzes.
As paredes tinham cerca de vinte metros de altura por 30 de comprimento. Seria uma tarefa difícil de cumprir devido a distância e não queriam envolver mais ninguém, pois não tinham idéia do que de fato iriam descobrir e quanto menos pessoas envolvidas melhor.
Roi, como sempre criativo, sugeriu uma manobra para a exploradora, que imaginou que poderia dar certo. Ficaram com as nadadeiras próximas aos botões dos cantos inferiores, de costa para a parede. Ao sinal de Kedaf, cutucaram com o calcanhar os botões e nadaram rapidamente até os cantos superiores, conseguindo apertar a tempo os outros botões.
Novamente nada aconteceu.
Kedaf cronometrou o tempo e percebeu que os quatro botões permaneceram acesos por aproximadamente vinte segundos, sugerindo em sua mente que eles tinham que continuar a tarefa. Sinalizou essa informação para ambos, que retornaram a posição inicial.
Novamente apertaram os dois primeiros botões, depois os dois de cima, retornaram para baixo e apertaram outras vez os botões inferiores que mudaram para um tom alaranjado e ao olharem rapidamente para Kedaf, este pediu que continuassem. Subiram e apertaram os de cima que também mudaram de cor e retornaram para baixo e os pressionaram, agora mudando para cor verde e continuaram nesse ritmo.
O falso príncipe notou que quando os quatro botões ficaram alaranjados, uma pequena passagem circular surgiu no centro da parede e uma nova parede começou a subir atrás dele vagarosamente, fechando a entrada do local.
Podia ser uma armadilha, pensou, mas podia também ser a única chance que eles teriam. Quando todos os botões ficaram no tom verde, a passagem ao centro tornou-se um pouco maior, do tamanho de uma bola de basquete. Dava para notar um ambiente iluminado através da passagem. Kedaf se aproximou lentamente enquanto os outros agora mudavam a cor dos botões inferiores para azul e subiam para os outros dois.
A nova parede da entrada já estava quase no teto quando Kedaf começou a seguir pela passagem com os braços estendidos e quando os botões todos ficaram azuis ele conseguiu passar o corpo e desapareceu pela passagem.
Assim que ele passou, uma oscilação na água chamou a atenção de Roi e Vanuzia que já estavam nadando novamente para baixo. Pararam assustados e perceberam que o nível da água baixava rapidamente, sendo escoada por cavidades que se abriram junto às paredes laterais. Procuram por Kedaf e não o encontraram em lugar nenhum, e assim que a água baixou toda, os deixando em pé e fatigados pelo esforço do trabalho, perceberam que a porta principal desaparecera atrás de uma nova parede e as cavidades que serviram para sugar a água também sumiram, deixando para trás um clique alto.
Deu tempo ainda de verem uma pequena passagem no centro que diminuía, enquanto as luzes dos botões passavam do verde para o laranja, até ela sumir de vez quando os botões alcançaram o tom vermelho e por fim se apagaram.
Retiraram as máscaras e a proteção da cabeça e se abraçaram. Juntos foram até a parede que agora bloqueava a saída e Roi retirou de sua mochila o Terceiro Quarto e o encaixou no seu lugar, num relevo prateado que existia no centro da parede.
Riu e falou debochadamente.
-- Bom, só faltam as outras três partes!
Como que para confirmar as palavras dele, um quarto da parede na parte inferior esquerda se iluminou e ganhou uma tonalidade verde, depois começou a se apagar muito lentamente.
Verde esperança! – Pensou Vanuzia enquanto a parede voltada a sua cor original, de um cinza sem vida.
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26. Sozinhos
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