... Continuação dos capítulos anteriores postados aqui no Recanto.
 
A lenda de Hiphitusi


24. O cemitério submarino
 

Os líderes adentraram imediatamente a Hiphitusi, deixando para trás um longo e rico trabalho de exploração submarina para o restante da tripulação. Toda a volta do templo esta repleta de diversos barcos, pequenos e de médio porte, antigos e modernos, um submarino, até uma nau conhecida como Knorr da época dos Vikings jazia intacta ali. Obviamente que a maioria destas embarcações se encontrava destruída, formando um grande cemitério, mas a sua exploração era obrigatória, por poder conter tesouros históricos de valor incalculável.
Antes porém de iniciarem esse trabalho, perderam várias horas recolocando o mini submarino em sua posição correta. Ele havia descido sobre o casco atravessado de um barco pesqueiro e com isso tombara. Tiveram que destruir uma parte desse barco para poder executar essa manobra, mas o máximo que conseguiram foi acertarem a sua posição, pois toda a instrumentação ainda se encontrava deficiente.
Não queriam admitir, mas o fato era que estavam presos ali embaixo por uma algum tipo de força magnética ou algo parecido. Mas nutriam a esperança que algum mecanismo existente dentro de Hiphitusi pudesse ser desativado, liberando-os para retornar à superfície.
Nas explorações que essa parte da equipe efetuou, foram encontradas ossadas de tripulações inteiras e muitas embarcações totalmente vazias. Foram recolhidos todos os tipos de documentos existentes, material que poderia facilmente ser transportado e que com certeza seriam suficientes para identificar muitos desaparecimentos recentes ainda sem explicação. Muitos destes documentos se encontravam a bordo do submarino.
Catalogaram todas as embarcações com suas características principais e relacionaram toda a documentação com suas respectivas origens.
De tudo que encontraram, um diário de bordo do submarino foi o material mais interessante recolhido, ao mesmo tempo que assustador. Essa era uma embarcação de guerra alemã que se perdeu por volta de 1943 ao seguir numa missão rumo a costa da América do Norte.
O diário de bordo fora redigido por um major que descrevia toda a mesma problemática enfrentada pela embarcação, desde a exploração que fizeram pelo local recolhendo boa parte da documentação existente, e o desespero de toda a sua tripulação quando se descobriram presos no fundo do oceano.
As páginas mais importantes foram reescritas abaixo, de forma resumida, sem toda a linguagem técnica utilizada pelo major, para uma melhor compreensão.
 
“Hoje passando transversalmente sobre a cordilheira submarina, todos os instrumentos deixaram de funcionar e esta embarcação foi sugada para o centro de uma área onde diversas outras embarcações já se encontravam há anos...”

“Por ordem minha com o intuito de ocupar a tripulação com algum tipo de afazer que mantivesse a disciplina, solicitei aos meus homens que fizessem uma busca na documentação das principais embarcações que se encontravam no que eu previa ser o nosso túmulo submarino...”

“Alguns homens retornaram de dentro da grande construção que nos abrira as portas, de onde nada de diferente puderam relatar. Descreveram o local como uma grande câmara com paredes lisas, sem qualquer tipo de acesso às outras partes. Tentaram destruir as paredes, mas estas foram feitas de algum tipo de material muito resistente e após esgotarem todas as possibilidades vieram prestar os devidos esclarecimentos ao seu superior...”

“Os homens estão inquietos, prevendo finalmente o destino que parece irreversível. Nossos suprimentos se esgotam rapidamente, inclusive o de ar, a enfermaria se encontra no limite, tenho receio que uma desordem sem precedentes aconteça nos próximos dias...”

“Creio ser o último homem ainda vivo ou lúcido dentro da embarcação, as reservas de oxigênio estão no limite, não me é possível mais raciocinar com clareza, havia me trancado nos últimos três dias dentro de minha cabine e hoje, aos vasculhar todos os compartimentos, com nenhum comandado me deparei. Esse é o meu último registro, espero que algum dia esse misterioso local seja descoberto e toda a minha tripulação retorne com honras ao seu país, para um descanso merecido às suas almas...”
 
Após terminarem de ler o diário, um princípio de tumulto surgiu entre os tripulantes do mini submarino, que logo foi parcialmente controlado pela pensamento de um deles.
-- Estamos sob o comando de três grandes exploradores que não acharam esse local ao acaso, é diferente de todos que vieram a parar nesse local por acidente, eles tem uma chave para entrar nessa construção e retirar todos os seus segredos, coisa que outros que por aqui estiveram não tinham e não faziam idéia de que algo assim pudesse existir.
A maioria se acalmou, mas um dos mergulhadores não pode deixar de olhar para Hiphitusi e pensar – Será mesmo?
 
 
Clique abaixo para ler a continuação:

25. A passagem

 
http://www.jgcosta.prosaeverso.net/
JGCosta
Enviado por JGCosta em 25/01/2010
Reeditado em 28/01/2010
Código do texto: T2049489
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.