Meu Cunhado é o Bicho

Cheguei em casa tarde da noite. Um gato preto, assustado, cruzou a minha frente, parou por alguns segundos e me olhou fixamente com aqueles olhos brilhantes, como se quisesse me dizer algo. Entrei sem fazer muito barulho, minha irmã e meu cunhado estavam passando uns dias em casa. Passavam por momentos difíceis e eu tinha que ajudá-los, estavam desempregados há algum tempo. Nunca fui muito com a cara do meu cunhado, afinal de contas se cunhado fosse bom, não começava com “cu” e nem comia a minha irmã, mas enfim, o fato é que eles estavam juntos.

Subi as escadas, escutei uns sons estranhos, que não os habituais de um casal fazendo sexo, fui olhar. Ao abrir a porta do quarto, deparei-me com a cena mais horrenda que já vi. Meu cunhado comendo a minha irmã. Ela já sem um braço e uma perna, tinha o ventre dilacerado. Meu cunhado estava com uma feição horrível, com dentes e garras enormes. Arrancava-lhe nacos sangrentos de carne. Devorava-lhe prazerosamente. Sai de fininha. Eu sabia, aqueles pelos que brotavam do nariz e de dentro das orelhas dele não eram normais.

Gerson Balione
Enviado por Gerson Balione em 24/01/2010
Reeditado em 05/02/2010
Código do texto: T2048088
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